sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Quem pariu Mateus que o embale


Acostumados a tratar o Brasil como país de segunda categoria por acatar sem pestanejar “os pedidos” do “irmão” todo poderoso, veio a rebordosa:   o governo do Brasil rejeitou um pedido do governo norte-americano para receber prisioneiros mantidos no campo de detenção de Guantánamo em 2005 conforme nova revelação de hoje da WikiLeaks dos documentos secretos da comunicação diplomática dos Estados Unidos.
Bem esclarecedores os telegramas confidenciais de diplomatas dos Estados Unidos, revelados pelo site WikiLeaks. Mostra a saudável independência da política exterior do Brasil no governo Lula, coisa nunca vista antes. Evidentemente que os americanos estranharam e não gostaram da nova postura. A oposição, no seu papel, e a mídia, fugindo ao seu precípuo papel de bem informar, levantaram críticas diversas vezes classificando a nossa política externa como antiamericana. Têm lá as razões, nossa política sempre tinha sido do amém.
Acostumados a tratar o Brasil como país de segunda categoria e disposto acatar sem pestanejar “os pedidos” do todo poderoso, veio a rebordosa:   o governo do Brasil rejeitou um pedido do governo norte-americano para receber prisioneiros mantidos no campo de detenção de Guantánamo em 2005 conforme nova revelação de hoje da WikiLeaks dos documentos secretos da comunicação diplomática dos Estados Unidos.
Num telegrama enviado pelo então embaixador em Brasília, John Danilovitch, em 17 de outubro de 2005, ele chorosamente  descreve a tentativa frustrada de conseguir que o Brasil aceitasse como refugiados prisioneiros uigures, minoria étnica de origem chinesa. O Itamaraty saiu pela tangente alegando que não podia “aceitar imigrantes de Guantánamo porque é ilegal designar como refugiado alguém que não está em solo brasileiro”.
Ainda segundos os documentos divulgados pela WikiLeaks que o Itamaraty agiu contrários aos americanos  quando o Brasil foi procurado para receber cubanos que fugiram do regime de Fidel Castro. Isto já em 2009, já durante o governo de Barack Obama.
O presidente Lula, que não manda recado, aproveitou para criticar a cultura brasileira anterior de sempre achar americanos são superiores aos outros para dar as suas estocadas: “Você vê o que está acontecendo agora com esses telegramas do governo americano... Estão desnudando uma sabedoria de que os americanos são melhores do que os outros. Fazem as bobagens que todo mundo faz", afirmou.

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