quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Meu desabafo a esta obtusa... E seus inúmeros prosélitos!


"Já que existe no sul esse conceito
Que o nordeste é ruim, seco e ingrato
Já que existe a separação de fato
É preciso torná-la de direito
Quando um dia qualquer isso for feito
Todos dois vão lucrar imensamente
Começando uma vida diferente
De que a gente até hoje tem vivido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente"
Música de Bráulio Tavares/Ivanildo Vilanova
Dividir jamais, multiplicar eis o caminho! Mas, contudo, porém, todavia, como não tenho sangue de barata e, acima de tudo, tenho muito amor ao meu torrão, sinto-me impelido aos justos sentimentos de secessão, um Estado Nordestino independente. Não  irmãos nordestinos, nada teríamos nada a perder, igual situação aos dos irmãos sulistas que tem igual sentimento latente por justas razões
Meus amigos, meus irmãos nordestinos, o Brasil sustenta a  opulência da Região Sudeste, maiores produtores industriais da nação. E ainda temos que aguentar esta evacuação excrementicial (em português chulo: a estas cagadas), desta jovem  que pensa igual a milhões de paulistas que sugam a nação e ainda se acham os tais.
Meus amigos, meus irmãos nordestinos, de tudo o que importamos do sudeste vem embutido no preço um absurdo e injusto imposto (ICMs – imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) com uma alíquota de 7% ad valorem, ou seja uma transferência de nossas rendas neste valor, que não é pouco. Esta distorção tributária, que favorece enormemente ao Sudeste, não paramêtro no mundo. Ora ao importamos mercadorias e serviços deles e consequentemente geramos empregos e renda ao Sudeste, ainda  se vê  o absurdo de sermos penalizados em transferir recursos para eles, "os ricos".
Não é sem razão o movimento separatista dos nossos irmãos sulistas e muito menos para nós. Nos Estados Unidos ou na União Européia os produtos circulam entre os estados ou países sem nenhuma tributação. Exemplificando: se o estado da Florida recebe um produto do estado de Minnesota lá do norte não tem nenhuma tributação.
Mas este assunto não recebe o nihil obstat da censura midiática que temos no Brasil. Navega em brancas nuvens, é assunto tabu.
Outro belo exemplo ilustrativo, como o Sudeste, principalmente São Paulo, não é superavitário no campo de exportações de energia, então, facilmente dedutível que é a única circulação de mercadorias que a tributação é no destino e não na origem.
 

Um comentário:

  1. Caro Claudiomar,

    Como você também fiquei indignada, e mais, profundamente envergonhada com a postura da minha conterrânea. Sim, sou paulista. Paulista filha de mineiros, neta de imigrantes por um lado, índios e negros por outro, aquela mistura bonita do nosso povo. Então, não posso entender preconceito, como não consigo assimilar a idéia de viver num país separado por visões racistas, intolerantes, estúpidas.
    Você coloca com razão a questão fiscal, essa guerrinha tributária medíocre empreendida por alguns governos que não possuem uma visão macro da nossa economia e pensam apenas em seu próprio pedaço. A questão do pré-sal está aí, com estados brigando por royalties, compensações a estados produtores, quando temos um país imenso que pode se beneficiar, crescer, acabar com as distorções históricas. É uma briga boa para todos os brasileiros, pois todos seremos beneficiados em última análise.
    Agora, Claudiomar, não acredite que milhões de paulistas concordam com o que a mocinha abestada falou. Não é bem assim. São Paulo é o estado que tem mais nordestinos fora do nordeste, e ela representa uma fatia não tão grande e poderosa como possa se julgar, faz parte de um grupo que tem medo de perder ilusórios privilégios, um pessoal que vive na superfície e na aparência, sem conteúdo algum já que inteligência e cultura não é seu forte.
    Quanto à idéia de separatismo, se 32 não bastou como lição, se por aqui aparecer essa idéia absurda de novo, esteja certo que esse pessoal irá (como diz a garotada) quebrar a cara. Essa é uma idéia que volta e meia aparece, como solução mais fácil para problemas que não se quer enfrentar. Chega, né?
    Gostaria de conclamar aqui meus iguais nordestinos a travarmos a boa luta, juntarmos nossos corações e mentes para dar um basta a tudo que nos divide, nos apequena, amesquinha.
    Um forte abraço,

    Maria da Penha de Souza

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