Presidenta da União Africana destacou iniciativas brasileiras e africanas para reafirmar que a segurança alimentar no continente é possível até 2025 |
Presidenta da União Africana destacou iniciativas brasileiras e africanas para reafirmar que a segurança alimentar no continente é possível até 2025
Apresidenta da União Africana, Dlamini-Zuma, destacou o sucesso da experiência brasileira e de outras iniciativas africanas de combate à fome para reafirmar o compromisso de que a África pode atingir a segurança alimentar até 2025.
“A experiência brasileira sob a liderança de Lula é um exemplo brilhante de que a fome pode ser combatida com comprometimento político”, disse Dlamini-Zuma no último dia do encontro sobre segurança alimentar na Etiópia. Hoje (1), está sendo realizado o encontro de chefes de estado. Quinze líderes africanos estão presentes, além de ex-presidentes e ex-primeiros ministros, ministros, acadêmicos e membros da sociedade civil africanos e internacionais. O encontro de alto nível está sendo organizado pelo Instituto Lula, pela FAO e pela União Africana.
Antes da abertura, Dlamini-Zuma e Lula tiveram um encontro privado, onde o ex-presidente a presenteou com uma camisa da seleção brasileira. “Fiquei até as 3 horas da manhã assistindo ao jogo”, brincou o ex-presidente.
Exemplos africanos
Outro ponto importante de seu discurso foram as ações já realizadas pelos africanos para desenvolver a agricultura. “O crescimento das economias africanas está muito ligado ao desenvolvimento da agricultura. Hoje 31 membros já assinaram o CAADP (plano de desenvolvimento agrícola da União Africana) e estão implementando planos de segurança alimentar.”
Muitos países africanos estão mostrando que é possível promover a segurança alimentar. Gana, por exemplo, reduziu o número de pessoas desnutridas em 75% de 1999 a 2004.
Dlamini-Zuma, também realçou que é preciso fazer mais. “Hoje, apenas 10 dos 54 países africanos atingiram a meta de investir 10% do orçamento no setor agrícola e somente seis atingiram um aumento de produtividade do setor agrícola superior aos 6%”, afirmou.
Mas apenas investir em agricultura não basta: “É preciso, também, diversificar a economia, criar empregos, fazer crescer a economia. Precisamos também preparar a nossa força de trabalho para os desafios do futuro, especialmente os jovens”, afirmou a presidenta.
Outro alerta feito por Dlamini-Zuma é a necessidade de reduzir o desperdício de comida na África. Hoje, mais de um terço produzida no continente é perdida. “Esse desperdício poderia alimentar 8 milhões de pessoas”, alertou.
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