Por Laerte Braga
Em fins de 1967 um atropelamento no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro, resultou na morte da vítima. O editor do jornal LUTA DEMOCRÁTICA (do ex-deputado Tenório Cavalcanti) mandou um repórter e um fotógrafo ao local, precisava da foto de um cadáver para a primeira página.
A dupla foi lá e cumpriu a missão.
O jornal O DIA (à época do ex-governador Chagas Freitas) tomou conhecimento do atropelamento com algum atraso e quando repórter e fotógrafo chegaram o rabecão já havia levado o corpo da vítima.
O repórter não pensou duas vezes, deitou-se no asfalto e “tomou posição de morto”. O fotógrafo fotografou.
No dia seguinte, a dupla de jornais disputava aquele que mais sangue jorrava quando espremido, a LUTA saiu com o atropelado e morto negro e O DIA, com a vítima branca.
Que nem a vaca de VEJA que dava leite sabor baunilha.
É possível até, quem sabe, que um caminhão de FOLHA DE SÃO PAULO tenha se perdido no trajeto e desovado algum corpo de vítima de torturas da ditadura no local do acidente.
O fato é que os telejornais de quarta-feira, dia 20 de outubro, noticiaram o incidente envolvendo o candidato José FHC Serra em Campo Grande, Rio de Janeiro.
A pantomima que levou José FHC Serra a sentir tonturas, náuseas e dores de cabeça.
À exceção do JORNAL NACIONAL, todos mostraram que José FHC Serra foi atingido por uma bolinha de papel. Já o JORNAL NACIONAL, paladino da moral, da verdade e dos bons costumes, deu dimensões de bomba atômica ao objeto que “vitimou” José FHC Serra.
Vá mentir assim, distorcer desse jeito, no raio que os parta! Os caras não têm nenhum compromisso com a verdade, com a dignidade, sequer resquício de caráter ou ética jornalística.
Está lá para quem quiser ver. São imagens e não mentiras, distorções ou montagens. E um detalhe. O médico que atendeu José FHC Serra (alô Conselho Regional de Medicina/RJ) foi o ex-secretário de Saúde do governo do ex-prefeito César Maia.
Isso é negócio de bandido. O cara é preso, dá um chilique, desmaia, simula um trem qualquer e ao invés de ir para a cadeia, lugar de José FHC Serra acaba no hospital.
Dizem que José FHC Serra é um sujeito “preparado”, “inteligente”. Sei lá, duvido. Um cara que usa esse tipo de expediente barato, vulgar, que se presta a isso, se for preparado é para a mentira e a bandidagem. Se for inteligente é preciso rever o conceito de inteligência.
Um Jânio falsificado. O original era inteligente e preparado, consciente de seu caráter sou, mas quem não é.
O jornal O GLOBO, edição de quinta-feira, 21 de outubro, estampa na primeira página que quebra de sigilo fiscal está ligada a Dilma. Todos os outros mostram que Amauri Ribeiro Júnior montou o dossiê contra José FHC Serra a pedido de Aécio Neves, em plena disputa dentro do ninho tucano sobre quem seria o candidato presidencial.
José FHC Serra deixou claro a Aécio, nas linhas e entrelinhas, que iria bombardeá-lo acusando-o de usuário de drogas.
Foi aí que Aécio saiu do páreo, queimou no golpe, sumiu para a Europa, recusou a vice e ficou em silêncio na campanha mineira, permitiu que suas bases apoiassem como apoiaram Dilma.
Hoje, a dupla vive de amores, reconciliação sem vergonha. Tem quem goste.
Na comparação entre a matéria do JORNAL NACIONAL (mentira) e do SBT (os fatos reais), se percebe que José FHC Serra colocou as mãos à cabeça depois que recebeu um telefonema e não no momento que a bolinha de papel bateu em seu cocuruto.
Coisa de bandido mesmo.
Tudo bem e aí? Quem pagou a tomografia?
É só dar uma olhada lá em
Um cara desses, sem vergonha, corrupto, quer ser presidente da República e tenta se impor desse jeito. Mentira, golpes baixos, cumplicidade com a mídia podre padrão FOLHA DE SÃO PAULO, JORNAL NACIONAL, VEJA.
Só falta agora relembrar os velhos tempos de LUTA DEMOCRÁTICA e O DIA e mandar ver uma farsa como a que aconteceu àquela época. E, diga-se de passagem, criativa (vá lá) e de boa fé. Não machucou ninguém, exceto a barrigada do jornal.
Já as de José FHC Serra implicam em vender a PETROBRAS, o BANCO DO BRASIL, ITAIPU e privatizar a previdência.
A propósito, que tal a Comissão de Valores Mobiliários dar uma olhada no esquema de lançamento de ações da PETROBRAS e em quem comprou e vendeu em uma baixa momentânea para a qual contribuiu a FOLHA DE SÃO PAULO com um noticiário destinado a forçar essa baixa? Foi leve, mas suficiente para a turma ganhar milhões, pagar a conta do evento com FHC em Foz do Iguaçu, pagar a FOLHA, contribuir para a campanha de José FHC Serra e ainda levar algum para casa? Que tal, olhar num faz mal a ninguém.
Uma espécie assim de “brinde” para a turma sentir a possibilidade de ganhos no Brasil na hipótese (cada vez mais remota) da eleição de José FHC Serra.
É tanta grana em jogo que os tucanos estão perdendo o controle, no desespero, vendo as pesquisas mostrarem que estão longe da vitória.
A propósito, lembram-se do confisco de Collor de Mello? Será que alguém investigou quem tirou dinheiro dias antes da posse do então presidente e escapou do tal confisco?
Duvido que algum amigo do senador e engolidor de sapos Itamar Franco tenha perdido alguma coisa, ou sofrido algum confisco.
O vídeo no endereço acima mostra a mentira da GLOBO e a realidade.
A comédia, a pantomima tucana (sem ofensa às pantomimas, muitas delas agradáveis).
José FHC Serra e tucanos e DEM, essa gente, mais JORNAL NACIONAL, FOLHA, VEJA, etc, essa gente, repito, é caso de Polícia.
Em 1976, Jimmy Carter, presidente dos EUA e candidato à reeleição, disputou e perdeu para Ronald Reagan (o ator), ofereceu um almoço a vários jornalistas, mais de cem, numa propriedade de sua mãe nos bosques de Plains. Peixes fritos foi a piece de resistence.
Dias depois Reagan fez o mesmo no seu rancho Del Cielo, nas montanhas de Santa Inez, negócio de 150 quilômetros de Los Angeles.
O candidato republicano e ator antes de aparecer se preparou “adequadamente”. Calça jeans, botas e um chapéu “stetson”. Entrou em cena e disse a um cameraman – “ESTOU PRONTO, À SUA DISPOSIÇÃO CB”.
Referia-se a Cecil B. de Mille, o célebre diretor com o qual trabalhara algumas vezes. E mostrava a consciência que estava apenas representando.
Mac Luhan, o primeiro a falar em aldeia global, diz que Hitler só foi possível por conta do rádio. Era o veículo de comunicação predominante à sua época.
“A simples possibilidade de ter existido politicamente um Hitler já é uma conseqüência direta do rádio e dos sistemas de sonorização”. Foi o que afirmou. E mais. “O rádio simplesmente permitiu a primeira experiência de massa da implosão eletrônica”.
Foi mais além, “o rádio é um médium quente”.
Vamos dar um salto e chegamos ao tempo da televisão.
O JORNAL NACIONAL e a mídia podre tentam fabricar um arremedo de Hitler num político corrupto e comprometido com o que há de mais perverso, a venda do País e seu patrimônio, as privatizações, tenta se impor gerando o medo.
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