sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Sem poder ir ao banheiro, aluno faz cocô dentro da sala de aula em SP

                                    Eduardo Schiavoni
Do UOL, em Americana (SP)  
Uma criança de 11 anos fez cocô na calça após ter sido proibida de ir ao banheiro durante a aula em uma escola estadual em Santa Bárbara d'Oeste (a 135 km de São Paulo). O caso ocorreu na quarta-feira (7) e foi registrado pela avó da criança, que possui a guarda dele, no Conselho Tutelar e em boletim de ocorrência na Polícia Civil, que investiga o caso.
A avó, uma costureira de 53 anos, contou que o garoto está no 5º ano do ensino fundamental e tem histórico de epilepsia. Segundo ela, a criança já havia relatado que sua professora de geografia não permitia que ele fosse ao banheiro durante a aula.
  Na quarta, por volta das 11h30, ele pediu para ir ao banheiro e a professora solicitou que o aluno esperasse um colega de classe retornar. "Ele disse que não dava, que estava muito apertado, mas ela pediu que ele esperasse. Ele voltou a falar com ela outras duas vezes, mas a resposta sempre foi a mesma. Até que ele não aguentou e acabou fazendo nas calças", disse a avó.
Ainda segundo o relato, o menino foi ao banheiro depois e tentou limpar as calças. "Mas sujou e ficou com cheiro. Ele ficou muito nervoso, chegou em casa chorando e eu fiquei muito revoltada com essa situação ", contou.
 
A avó foi até a escola e falou com a diretora, que teria dito que tomaria as providências necessárias. A avó pediu uma cópia formalizada da reclamação, o que a diretora teria se negado a fazer.
Logo depois, a costureira procurou o Conselho Tutelar, onde foi orientada a registrar um boletim de ocorrência. "Quero que eles façam alguma coisa. Isso não pode acontecer dentro de sala de aula. Meu neto disse que nem quer voltar para a escola com medo do que os colegas vão dizer", afirmou. Procurado, o Conselho Tutelar diz que está analisando o caso.

Resposta

A Diretoria Regional de Ensino de Americana, que responde pelas escolas em Santa Bárbara, informou em nota oficial que vai enviar representantes à Escola Estadual Professora Gemma Vasconcelos Camargo Capello nesta sexta (9) para uma reunião com a família do aluno e a direção da escola.
"É importante ressaltar que, desde o momento da matrícula do estudante, por nenhum momento, a unidade foi informada sobre qualquer problema de saúde do adolescente", diz a nota. "Além disso, a professora que estava em sala de aula desconhece que o aluno tenha evacuado, o que também não foi percebido por qualquer outra pessoa na escola".

A diretoria diz também que o revezamento dos alunos na hora de ir ao banheiro "é uma decisão da própria escola para que não haja prejuízo ao andamento das aulas".


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