PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
Barracas de manifestantes na área externa da Câmara Municipal de Belo Horizonte |
A segunda ocupação da Câmara Municipal de Belo Horizonte em menos de um mês completa neste domingo (4) quatro dias com um manifestante em greve de fome e há dois dias sem receber assistência médica.
Participantes dizem que o objetivo da manifestação é pressionar pela liberação de informações sobre os custos do transporte público na capital mineira.
O rapaz em greve de fome, que se identifica como Jesus, passa o tempo sentado e deitado no chão da galeria do plenário do Legislativo municipal. Manifestantes dizem que ele tem tido febre. Chegou a desmaiar na sexta-feira (2) e foi assistido por um médico da própria Câmara.
De cabelos longos e barba, Jesus diz que encerra a greve se o presidente interino da Casa, vereador Wellington Magalhães (PTN), assinar a ata da reunião que manteve com um grupo de manifestantes na sexta-feira (2). O vereador, que não foi localizado pela reportagem neste domingo (4), se recusou a assinar o documento.
Antes dessa reunião, contudo, a greve de fome já havia sido anunciada por dois manifestantes. Ana Silva, porém, sentiu-se mal por duas vezes e voltou a se alimentar no sábado (3). O Samu chegou a ser chamado.
A mulher, que não revelou a idade, disse ter ficado 50 horas sem comer. A reportagem não conseguiu contato com representantes da Câmara para informações sobre atendimento médico aos manifestantes.
A ocupação contava com cerca de 50 pessoas na tarde deste domingo, e alternava momentos com mais e menos manifestantes.
Na ocupação anterior, que durou nove dias no começo de julho, cerca de 200 manifestantes deixaram o prédio no último dia 7 após uma comissão ter se reunido com o prefeito Marcio Lacerda (PSB) e conseguido a redução da passagem em R$ 0,15 --baixou de R$ 2,80 para R$ 2,65.
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