Novo Datafolha mostra que Marina segue em ascensão na corrida presidencial
Aécio, Joaquim Barbosa e Campos estacionam; testado, Serra tem desempenho similar ao de rival tucano
FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
perdida por causa das manifestações de rua em junho. Ainda assim,
continuaria sem vencer no primeiro turno se a disputa fosse hoje,
segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 7 a 9 deste mês, em todo o
país, com 2.615 entrevistas.
Entre os candidatos de oposição, o destaque continua sendo Marina Silva,
que tenta montar seu novo partido, a Rede Sustentabilidade. A
ex-senadora aparece novamente em segundo lugar, repetindo o movimento de
avanço gradual em sua intenção de voto.
Marina é a única candidata que manteve sua trajetória ascendente, mesmo durante os protestos de junho.
Outros dois candidatos de oposição, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB)
e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ficaram
estacionados ou registraram variações dentro da margem de erro, que é de
dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que não tem
partido e declara não ter intenção de se candidatar, também tem
oscilação negativa.
Em sua primeira aparição nas pesquisas para 2014, ex-governador paulista
José Serra, do PSDB, saiu-se melhor que seu companheiro de partido,
Aécio Neves. Serra tem 14% das intenções de voto,contra 10% de Aécio, no
cenário em que disputam com Dilma, Marina e Campos.
Sem espaço no PSDB, Serra estuda a possibilidade de sair para se candidatar a presidente por outro partido.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o nome testado pelo
Datafolha com melhor desempenho entre todos. Ele ganharia, com folga, a
eleição no primeiro turno se a disputa fosse hoje.
Dos sete cenários testados pelo Datafolha, o que é considerado hoje o
mais provável inclui Dilma, Marina, Aécio e Campos. Nessa simulação, a
petista tem 35% contra 30% no levantamento do final de junho.
Marina oscilou de 23% para 26%. Aécio deslizou de 17% para 13%. Campos
variou de 7% para 8%. Brancos, nulos, nenhum ou indecisos somam 18%.
Nesse cenário, Dilma enfrentaria Marina Silva no segundo turno.
A recuperação de Dilma foi especialmente robusta entre eleitores do
Sudeste, onde ela saiu de 22% para 29% das intenções de voto. E no Sul,
pulando de 27% para 33%. No Nordeste ela manteve a marca de 45%.
Se o candidato tucano é Serra e não Aécio, a presidente Dilma registra 32%.
Mas nesse cenário testado pelo Datafolha está incluído também Joaquim
Barbosa, cujo percentual é de 11%. Marina marca 21%. Eduardo Campos, 5%.
O melhor cenário para o PT é com Lula como candidato e pontuando 51%.
Os adversários, somados, ficam com apenas 36%: Marina (20%), Aécio (11%)
e Campos (5%).
Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados respondem em quem
pretendem votar sem ver uma lista de nomes, apenas Lula registra uma
melhora. Ele tinha 6% em junho e agora foi a 11%. Dilma ficou com os
mesmos 16%. Aécio oscilou de 4% para 3%. Marina foi de 2% para 3%.
Se no levantamento de intenção de voto o desempenho de Serra é
semelhante ao de Aécio Neves, a rejeição ao paulista é bem maior que a
do mineiro.
Para 36% dos entrevistados pelo Datafolha, Serra é um nome no qual eles
não votariam de jeito nenhum. Aécio é rejeitado por 23%. Dilma, por 27%.
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