Já a pneumologista Neiva Damaceno, chefe do Ambulatório de Fibrose Cística da Santa Casa de São Paulo, disse que Marcelo, portador da doença, fazia tratamento no hospital a cada seis semanas, sempre acompanhado de um dos quatro familiares envolvidos na tragédia. Conforme a médica, o menino tinha uma rotina diária de fisioterapia respiratória aliada a duas a três sessões de inalação.
"Era um menino muito educado, afetuoso, sorridente", relatou a médica, que se disse "confusa e assustada" ao ter recebido a notícia da chacina e da suposta autoria atribuída a seu paciente.
"Para mim, ele era uma doce criança. Como se pode atribuir um fato tão horrível a essa criança?", questionou. "Esse é o maior desafio que eu já vi. É como se amanhã eu acordasse, pegasse um revólver e saísse promovendo uma chacina", concluiu, sobre a versão apresentada pela polícia.
O delegado do DHPP toma nesta semana mais depoimentos que ajudem a esclarecer a motivação dos crimes. Também durante a semana, o policial deve receber uma resposta da Polícia Científica sobre laudos realizados sobre o caso.
Um deles, por exemplo, é o que tentará traçar a sequência e o horário das mortes. Nesse sábado (10), reportagem do SPTV revelou que legistas acreditam que o sargento da Rota tenha sido assassinado cerca de 10 horas antes dos demais familiares.
Até então, a polícia afirmava que a hipótese mais provável era a de que o PM tivesse sido o primeiro a ser morto, com um tiro na nuca, seguido da mulher e das duas idosas, que dormiam em uma casa ao lado.
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