segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

PT promove uma queima de estoque de Lula e Dilma

 Adriano Vizoni/FolhaUm dia depois de dizer que iria “reencarnar como cidadão brasileiro” depois do Carnaval, Lula como que antecipou seus planos.
O ex-soberano foi ao Estádio 1º de Maio, em São Bernardo. Assistiu a uma partida entre o time da Casa e o Corinthians.
Lula envergava uma camiseta que denunciava a divisão que lhe consumia a alma.
Dedicou meio torso às cores do Corinthians. A outra metade, para o São Bernardo.
"Sou corintiano há muito tempo e também torço para o São Bernardo”, dividiu-se.
“Hoje, estou torcendo para que haja um empate, para que meu coração não perca”.
A partida terminou em 2 X 2. Para o coração de Lula, resultado pacificador. Para o Corinthians, um vexame hediondo.
O adversário, o próprio Lula reconhecera, “é um time novo, está na Série ‘A’ há pouco tempo”. Em verdade, o São Bernardo acaba de ascender à primeira divisão.
Antes que o placar final fosse conhecido, Lula falou sobre o próximo compromisso do Corinthians, às voltas com a ‘Libertadores’.
No último compromisso, em pleno Pacaembu, o time de Lula sucumbiu diante do colombiano Tolima. Tentará ir à forra na próxima quarta, em Ibagué, na Colômbia.
“Que não repita o fiasco que foi no Pacaembu”, Lula admoestou. A julgar pelo prenúncio de São Bernardo, a hipótese de um papelão não é negligenciável.
Para seguir na Libertadores, o Corinthians terá de vencer ou, no mínimo, empatar num placar com gols.
Se ficar no zero a zero, o revide contra o Tolima vai aos pênaltis. E o coração de Lula, em taquicardia paroxísmica, pode escapar-lhe pela boca.
Seja como for, não resta a Lula senão torcer. Algo que planeja fazer com afinco em sua fase pós-presidencial.
“Não sairei mais dos estádios”, disse ele na arquibancada do 1º de Maio –um estádio que, nos anos 70 e 80, foi palco de assembléias do Lula sindicalista.
Os organizadores do jogo deste domingo cogitaram atribuir ao torcedor ilustre a honraria do pontapé inicial. Entre risos, Lula refugou:
"Não vou dar o pontapé inicial, pois o Mano [Menezes, técnico da Seleção Brasileira] pode me convocar apenas por ele".
Que Neimar não ouça o ex-soberano. Do contrário, pode tremer nas chuteiras.

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