sábado, 19 de março de 2011

Você sabe Português? (5)

39 Estava “paralizada” de medo. O s existente entre duas vogais no substantivo também está presente no verbo: Estava paralisado (de paralisia) de medo. Igualmente paralisante, paralisação/ Vamos analisar (de análise) os resultados/ Carro com catalisador (de catálise polui menos/ A moda agora é alisar (de liso) os cabelos.

40 Vamos “organizar” a festa É izar a terminação que indica ação de fazer e se agrega a um adjetivo ou substantivo terminado em r, l, n ou vogal:Vamos organizar a festa? Ouros exemplos: horror, horrorizar; banal, banalizar; cânon, canonizar; cota, cotizar; suave, suavizar; escravo, escravizar.

41 Relacione todas as “excessões”. O certo é exceções. Veja outras grafias errada e, entre parênteses, a forma correta: “beneficiente” (beneficente), “xuxu” (chuchu), “cicoenta” (cinquenta), “zuar” (zoar), ‘frustado’  (frustrado), “advinhar” (adivinhar), “benvindo” (bem-vindo), “ascenção” (ascensão), “pixar” (pichar).
42 Não admito “previlégios”. A palavra escreve com i: Não admito privilégios. Outros usos do e ou i: empecilho (e não impecilho); calcário (e não  calcaréo), mexerico (e não “mixirico”), aborígene (e não aboregene), despendido (e não dispendido), prevenir (e não previnir).
43 Ela não sai do “cabelereiro”. Relacione palavras para evitar erros. Ela não sai do cabeleireiro (de cabeleira)./Era um encontro prazeroso (e não  prazeiroso – vem de prazer),  Atenção , vamos maneirar (e não manera” -  vem de  maneiro).
44 “”Porisso. Duas palavras, por isso,  como de repente e a  partir de.
45  Recusa-se a fazer “hora-extra”.  Não existe hífen: Recusa-se a fazer hora extra. Também não tem hífen: meio ambiente, peso pesado, ponto de vista, guarda mirim bom humor, mau cheiro, fim de semana, salário mínimo.
46 Havia falta de “matéria prima”. Existe hífen: Havia falta de matéria-prima. O sinal aparece também em:  mão-de-obra, infra-estrutura, primeira-dama, vale-refeição, terceiro-mundista, mato-grossense, mal-estar, alto-astral, seguro-desemprego, sem-terra, cara-pintada, posto-chave, público-alvo.
47 Esbanjava “tranquilidade”.  O u pronunciável depois de q e g e antes de e e i exige trema (o sinal não foi revogado):  tranqüilidade, tranqüilo, conseqüência, lingüiça, agüentar, Birigui, eqüinio.
48 Não “pode” vir ontem. Pôde, passado, recebe circunflexo para não se confundir com pode (pôde): Não pôde vir ontem. O mesmo ocorre com pôr (por causa de por,  preposição):  Vamos pôr tudo em pratos limpos./ É hora de pôr a mesa.
49 Ele não para nunca. Pára, do verbo parar, tem acento:  Ele não pára nunca. Igualmente: pára-quedas, pára-lama. Veja outros acentos diferenciais: pêlo e pêlosI (cabelo, cabelos), péia (substantivo- bola no jogo – ou forma verbal), pêlo (verbo pelar) , pólo e pólos.
50 Foi de (Itú) para “Jau”. Palavra oxítona termina em u tem acento apenas se houver vogal do u: Foi de Itu para Jaú. Outros exemplos: Pacaembu, Tambaú, Mundaú, Jacus, Crateús.
51 Chegou de “Jacareí”. A regra anterior vale também para o i ou o is: Chegou de Jacareí. Outros exemplos: pareci, Jundiaí, saí, ergui, Tucuruvi, caí.
52 Seu “prejuizo” foi elevado. Nas palavra paroxítonas, o i isolado na frase e seguido ou não de s leva acento agudo: Seu prejuízo foi elevado. Também: sa-í-da, ate-ís-mo, suíço, ruína, Paraíba, caíram, raízes, incluído, atraía, países.
53 Tinha muito boa “saúde”. A regra anterior também se aplica ao u: Tinha muito boa saúde. Igualmente:  A-ra-ú-jo, balaústre, saúva, miúdo, fei-ú-ra, reúne e conteúdo.
Veja também SINGULAR/PLURAL, os erros de CONCORDÂNCIA, REDUNDÂNCIAS  e no uso dos PRONOMES

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