Apresentadora de TV fala verdades sobre o Carnaval
Rachel Sheherazade diz que festa virou “negócio para ricos”
A apresentadora Rachel Sheherazade, do jornal Tambaú Notícia, afiliada do SBT na Paraíba, criticou no ar o Carnaval. Segundo ela, o Carnaval não é uma festa genuinamente brasileira - é uma festa que surgiu na Europa durante a Era Vitoriana e se espalhou pelo mundo afora. Raquel disse ainda que o Carnaval não é uma festa popular. "Balela. O Carnaval virou negócio, e dos ricos. Que os digam os camarotes VIPs", critica. A apresentadora diz que fala "com conhecimento de causa" e não é "inimiga" da festa.
Rachel se disse surpresa com a repercussão “totalmente inesperada” do comentário, já que faz comentários há cerca de um ano, duas vezes por semana, em um telejornal “de público mais restrito”. “É um público bem específico, com entrevistas de política e economia, e mesmo assim repercutiu”, diz. Apesar da polêmica, ela garante ter recebido mensagens de apoio de leitores da Bahia e até do Rio Grande do Sul. “Teve gaúcho dizendo que essa festa não o representa, por exemplo. E é claro que muita gente gosta do Carnaval mais pelo feriado”, acredita.
Apesar do tom editorial do comentário, a jornalista afirmou que o conteúdo, “não discutido previamente” com a equipe de jornalismo com a qual trabalha, é restrito à opinião dela. De onde surgiu o mote para a crítica? “Na Paraíba se vive o Carnaval mais nas praias, sobretudo nas prévias carnavalescas - tanto que a ‘quarta-feira de fogo’, quando fiz o comentário, é nessas prévias. E a cidade, com comércio e repartições públicas, para; são muitos contratempos”, definiu, para completar: “Eu moro nas proximidades dos desfiles. Simplesmente você não consegue chegar em casa porque o trânsito congestiona, fora que é muito barulho. E não são queixas apenas minhas”.
Indagada sobre um modelo “ideal” de Carnaval, a jornalista resumiu: “Dá para ter uma festa organizada como a do Rio de Janeiro (onde o folião, no Sambódromo, para para assistir aos desfiles). O objetivo do meu comentário era despertar nas pessoas nuances que não chegam a público, e não destruir o Carnaval ou estabelecer uma fórmula. Quem sou eu para isso?”, questiona.
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