terça-feira, 11 de outubro de 2016

Você sabe Português? (3)

21 O livro é para “mim” ler. Mim não lê, porque não pode ser sujeito. Assim: para eu ler, para eu fazer, para eu escrever.
22 Está tudo certo entre “eu” e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti. Está tudo certo entre mim e você./ Está tudo certo entre eles e ti.  
23 Deixei “ele” no serviço. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não devem ser empregados como objeto direto. Assim: Deixei-o no serviço./ Viu-a na festa./Mande-os voltar./ Encontrou-nos no lugar marcado.
24 Não “lhe” conheço. Lhe não pode ser usado com verbos diretos, pois substitui a ele, a eles, a você e a vocês: Não o conheço./ Nunca a deixarei. / Nós o convidamos./ O marido a largou. Dois exemplos com lhe: Pedi-lhe (a ele) favor./ Ficou contente e lhe (a ele) agradeceu.
25 A firma “daria-lhe” a promoção? Não usa pronome átono (me, te, se lhe, nos e lhes) depois do futuro do presente, futuro do pretérito (antigo condicional) e particípio. Assim: A firma lhe daria (ou dar-lhe-ia, forma rebuscada atualmente) a promoção?/ Eles afirmarão pela competência (e nunca “afirmarão-se”)./O colega nos fará (e não  fará-nos) o favor./ Havendo-me pedido... (e nunca havendo “pedido-me” ).
26 É claro que “trata-se” de engano. O que aí é pronome: É claro que se trata de engano. O mesmo ocorre com as negativas: Não o diga a ninguém/Nunca lhe revelei o fato./Ninguém nos procurou.

27 Quando “falava-se” dele... Quando e outras conjunções subordinativa (enquanto, embora, segundo, como etc.) atraem o pronome: Quando se falava dele.../ Enquanto o prestigiaram.../ Como lhe pediram.../ Embora se cuide... Segundo nos disseram...



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