sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O MEU CREDO


O meu credo

                                                                     Dórdio Gomes (pintor alentejano)


Creio em mim, peregrino na Vida,
 nesta espera de um céu, mas na terra,
 e na força do grão que germina
 concebendo o milagre do pão
 que ceifei, debulhei e moí
 e depois amassei com as lágrimas
 em que afogo a revolta do servo.
 Cada dia que nasce cá vou
 eu descendo aos infernos
 onde os servos extraem o pão
 que empaturra os senhores.
 Creio ainda no sol do amanhã,
 na certeza de mim,
 no homem livre,
 na justiça dos homens,
 no clamor da Verdade
 sobre a Terra.
 Assim seja!
*
José-Augusto de Carvalho
2 de Junho de 2001.
Viana * Évora * Portugal

sábado, 24 de novembro de 2012

Esclarecimento da NESTLÉ sobre e-mail falso de kits promocionais

  Em resposta à mensagem que nos enviou, gostaríamos de esclarecer que o e-mail que está circulando na Internet afirmando haver distribuição de kits Nestlé a internautas que replicarem a mensagem, não é de autoria de nossa empresa ou de qualquer um de seus funcionários. Essa informação pode ser verificada em nosso portal www.nestle.com.br que traz a seguinte chamada: A Nestlé esclarece os e-mails sobre os kits Nestlé.
  O autor da mensagem original se intitula gerente de marketing da Nestlé, mas não faz e nunca fez parte do quadro de funcionários da empresa. O endereço eletrônico indicado não existe.
A Nestlé há mais de 88 anos no Brasil e comprometida com seus consumidores, não tem por estratégia de divulgação, o tipo de ação citada na referida mensagem.

  Agradecemos o seu contato e gostaríamos de reiterar que nosso Serviço é um canal aberto para todos consumidores e suas manifestações são muito valiosas para a Empresa. Desta forma, permanecemos à sua disposição para qualquer outro esclarecimento e solicitamos que caso tenha encaminhado a mensagem original para alguém de seu relacionamento, envie também nossa resposta.

  Atenciosamente,

SERVIÇO NESTLÉ AO CONSUMIDOR

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Cachoeira é condenado a 5 anos de prisão, mas ganha alvará de soltura

Condenado a 5 anos no semiaberto, bicheiro conseguiu alvará de soltura.
Andressa Mendonça, mulher de Cachoeira, aguardou em frente a presídio.
O bicheiro Carlinhos Cachoeira deixou o presídio da Papuda, em Brasília, à 00h04 desta quarta-feira (21), beneficiado por um alvará de soltura expedido pela 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
 A mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, aguardou com advogados em um carro, na porta do presídio, a saída do marido. Ao ser perguntada o que diria a Cachoeira quando o visse, ela respondeu: "Vou dizer pra ele mais um 'eu te amo', de muitos que eu já disse".
Vou dizer pra ele mais um 'eu te amo', de muitos que eu já disse"
Andressa Mensonça, mulher de Carlinhos Cachoeira, que aguardava em um carro, na porta do presído, a saída do marido da prisão

O bicheiro deveria seguir para Goiânia, onde tem residência, para reencontrar os filhos. "Ele tem filhinhos, um de 9, outro de 12 anos, que não vê há nove meses. Então, há dimensão humana envolvida. Eu acho que começou a se fazer Justiça", disse mais cedo o advogado dele, Nabor Bulhões.

Antes da soltura de Cachoeira, Bulhões, conversou com a imprensa e negou que ele tenha cometido os crimes de formação de quadrilha e tráfico de influência. Segundo o advogado, que afirmou que vai entrar com recurso contra a condenação, o fato de Cachoeira já ter sido mantido preso preventivamente pode facilitar o cumprimento da pena imposta.
 
"Como ele já cumpriu cerca de seis meses (sic) de prisão, que corresponderia a praticamente um sexto da prisão imposta, ele não cumpriria prisão em regime semiaberto, mas em regime aberto", afirmou Bulhões.

Cachoeira estava preso desde o dia 29 de feveiro, acusado de comandar um esquema de jogo ilegal em Goiás e  no Distrito Federal. O bicheiro foi condenado a cinco anos de prisão no regime semiaberto e a 50 dias-multa. O valor da multa não foi informado pelo tribunal. Cabe recurso à decisão, e a defesa afirmou que recorrerá ao TJ.

O regime semiaberto é aquele no qual o réu pode trabalhar fora do presídio e dormir na cadeia. De acordo com o Código Penal, a pena de regime semiaberto deve ser cumprida em uma colônia agrícola ou industrial.

Pelo entendimento dos tribunais, quando não há vagas em estabelecimentos do tipo, o condenado pode ir para o regime aberto – quando o réu dorme em albergues. Se também não houver vagas, pode ser autorizada a prisão domiciliar.

Segundo a assessoria do TJ, o alvará foi expedido pela juíza Ana Cláudia Costa Barreto porque a prisão não é mais preventiva, uma vez que há condenação. A assessoria do tribunal não soube informar se a decisão prevê cumprimento imediato da prisão, com Cachoeira tendo que ir dormir no presídio, ou se ele será libertado para recorrer em liberdade.

Segundo o advogado de Cachoeira, Nabor Bulhões, o bicheiro será solto porque tem o direito de recorrer da decisão em liberdade até o trânsito em julgado da ação (quando não há mais possibilidade de recurso). A informação não foi confirmada pelo TJ.


 Carlinhos Cachoeira foi condenado, segundo o tribunal, por tentar fraudar o sistema de bilhetagem do transporte público de Brasília. Segundo a investigação, durante a Operação Saint Michel, da Polícia Civil do Distrito Federal, ele tentou forçar uma dispensa de licitação para a contratação de um sistema de bilhetagem de origem sul-corena.

Operações
A Saint Michel é um desdobramento da Operação Monte Carlo, que apurou o envolvimento de agentes públicos e empresários em uma quadrilha que explorava o jogo ilegal e tráfico de influência em Goiás.

Cachoeira foi preso em fevereiro devido às investigação da Monte Carlo. Já preso, foi expedido um novo mandado contra ele pela Operação Saint Michel. Em outubro, ele obteve um habeas corpus relacionado às investigações da Monte Carlo, mas continuou preso em razão do mandado expedido pela Saint Michel.


Cachoeira é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional, que investiga as relações dele com políticos e empresários. O relatório final da CPI deve ser apresentado nesta quarta (21).

Defesa de Cachoeira
O advogado Nabor Bulhões afirmou que com a soltura de Cachoeira, "começa-se a fazer Justiça". Ele afirmou crer que, na segunda instância, a decisão da condenação poderá ser revertida.

"A defesa vem sustentando que o decreto de prisão preventiva não se justificava porque se houvesse condenação, em razão da pouca gravidade do risco, não haveria risco. [...] Obviamente que a defesa espera que isso se reverta no tribunal. Espero reverter, estou absolutamente convicto."

 Felipe Néri Do G1 DF



Violência em SP mata mais do que conflito na Palestina, diz ministro

Finalmente SP aceitou parceria com governo federal, diz ministro
Ao destacar que morrem mais pessoas assassinadas em São Paulo do que no conflito na Palestina, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) defendeu na manhã de ontem que ações de combate à violência urbana devem ser partilhadas entre o governo federal e os Estados, tal qual a ação conjunta firmada com São Paulo.
"O passo que quero saudar é que finalmente houve a aceitação do governo de São Paulo dessa parceria com o governo federal. Todos temos a ganhar com isso, particularmente a população de São Paulo", disse Carvalho para, em seguida, afirmar que a escalada da violência em São Paulo não pode ser usada como arma política ou partidária.
Antes de ser firmada, há duas semanas, a ação conjunta do Ministério da Justiça e do governo paulista foi marcada por uma intensa troca de farpas dos dois lados.
Convencido de que o combate ao crime "não será fácil" e demanda tempo, o ministro afirmou que "a gente nunca deve vender ilusões": "O combate será o adequado, real, sem medidas fáceis, e sem soluções de mera repressão. Nós não teremos o resultado tão rápido quanto nós gostaríamos".


Heróis condenados

Frei Betto
Escritor e assessor de movimentos sociais
"Os últimos soldados da guerra fria”, livro de FernandoMorais editado pela Companhia das Letras (2011), teria suscitado inveja em Ian Fleming, autor de 007, se este não tivesse morrido em 1964, sobretudo por comprovar que, mais uma vez, a realidade supera a ficção.
Suponhamos que na esquina de sua rua haja um bar que abriga suspeitos de assaltarem casas do bairro. Como medida preventiva, você trata de infiltrar um detetive entre eles, de modo a proteger sua família. A polícia, de olho nos meliantes, identifica o detetive. E ao invés de prender os bandidos, encarcera o infiltrado...
Foi o que ocorreu com os cinco cubanos que, monitorados pelos serviços de inteligência de Cuba, se infiltraram nos grupos anticastristas da Flórida, responsáveis por 681 atentados terroristas contra Cuba, que resultaram no assassinato de 3.478 pessoas e causaram danos irreparáveis a outras 2.099.
 
Desde setembro de 1998, encontram-se presos nos EUA os cubanos Antonio Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández e Ramón Labañino. O quinto, René González, condenado a 15 anos, obteve liberdade condicional no último dia 7 de outubro, mas por ter dupla nacionalidade (americana e cubana) está proibido de deixar o país.
Os demais cumprem pesadas penas: Hernández recebeu condenação de dupla prisão perpétua e mais 15 anos de reclusão... Precisaria de três vidas para cumprir tão absurda sentença. Labañino está condenado à prisão perpétua, mais 18 anos; Guerrero, à prisão perpétua, mais 10 anos; e Fernando a 19 anos.
Os cinco constituíam a Rede Vespa, que municiava Havana de informações a respeito de terroristas que, por avião ou disfarçados de turistas, praticaram atentados contra Cuba, contrabandearam armas e detonaram explosivos em hotéis de Havana, causando ferimentos e mortes.
Bush e Obama deveriam agradecer ao governo cubano por identificar os terroristas que, impunes, usam o território americano para atacar a ilha socialista do Caribe. Acontece, no entanto, exatamente o contrário, revela o livro bem documentado de Fernando Morais. O FBI prendeu os agentes cubanos, e continua a fazer vista grossa aos terroristas que promovem incursões aéreas clandestinas sobre Cuba e treinamentos armados nos arredores de Miami.
Em 15 capítulos, o livro de Morais relata como a segurança cubana prepara seus agentes; a saga do mercenário salvadorenho que, a soldo de Miami, colocou cinco bombas em hotéis e restaurantes de Havana; o papel de Gabriel García Márquez, como pombo-correio, na troca de correspondência entre Fidel e Bill Clinton; a visita sigilosa de agentes do FBI a Havana, e o volume de provas contra a Miami cubana que lhe foram oferecidas por ordem de Fidel.
"Os últimos soldados da guerra fria” é fruto de exaustivas pesquisas e entrevistas realizadas pelo autor em Cuba, EUA e Brasil. Redigido em estilo ágil, desprovido de adjetivações e considerações ideológicas, o livro comprova por que Cuba resiste há mais de 50 anos como único país socialista do Ocidente: a Revolução e suas conquistas sociais incutem na população um senso de soberania que a induz a preservá-las como gesto de amor.
Em país capitalista, para quem, graças à loteria biológica, nasceu em família e classe social imunes à miséria e à pobreza, é difícil entender por que os cubanos não se rebelam contra as autoridades que os governam. Ora, quando se vive num país bloqueado há meio século pela maior potência militar, econômica e ideológica da história, da qual dista apenas 140 km, é motivo de orgulho resistir por tanto tempo e ainda merecer elogios do papa João Paulo II ao visitá-lo em 1998.
Em mais de 100 países – inclusive no Brasil – há médicos e professores cubanos em serviços solidários em áreas carentes. O número de desertores é ínfimo, considerada a quantidade de profissionais que, findo o prazo de trabalho, retornam a Cuba. E a Revolução, como ocorre agora sob o governo de Raúl Castro, tem procurado se atualizar para não perecer.
Talvez este outdoor encontrado nas proximidades do aeroporto de Havana, e citado com frequência por Fernando Morais, ajude a entender a consciência cívica de um povo que lutou para deixar de ser colônia, primeiro, da Espanha e, em seguida, dos EUA: "Esta noite 200 milhões de crianças dormirão nas ruas do mundo. Nenhuma delas é cubana.”

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Iluminação natalina do centro de João Pessoa é roubada, diz Prefeitura

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Iluminação ainda não havia sido inaugurada oficialmente
Foto: Reprodução/ Internet

Vanessa Silva Do NE10/ Paraíba
Equipamentos que compõem a iluminação natalina de João Pessoa, instalados no Parque Solon de Lucena, um dos principais cartões postais da cidade, vem sendo roubados no últimos dias. A informação foi repassada pela própria Prefeitura da capital paraibana, responsável pela decoração.

Segundo a assessoria de imprensa do órgão, foram roubados 64 refletores com as lâmpadas, 900 metros de cabo, 82 reatores para lâmpadas de 400 w, três reatores para lâmpadas de 250w, e três lâmpadas de 240 w. A Secretaria de Infraestrutura da capital (Seinfra) sentiu falta do material entre as últimas quinta (15) e sexta-feira (16).

Segundo a diretora de Manutenção da Seinfra, Vânia Franca, a instalação dos equipamentos natalinos da cidade começou no inicio deste mês. A previsão é de que o serviço seja concluído até o final de novembro e a iluminação de Natal acesa no dia 1º de dezembro.

A secretaria registrou dois boletins de ocorrência na 2ª Delegacia de Polícia, no Centro. O órgão vai encaminhar ofício à Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, solicitando reforço na segurança daquela área. Para evitar novos roubos, o secretário de Infraestrutura determinou que todo o material fosse retirado do local. O equipamento só será reinstalado um pouco antes da inauguração oficial da iluminação natalina.

Ele orientou O órgão informou, ainda, que a população deve informar a polícia caso presencie alguma atitude suspeita no Parque Solon de Lucena, para evitar novos prejuízos. As informações também podem ser repassadas à secretaria pelo número (83) 3214-7216.

domingo, 18 de novembro de 2012

Lula é indicado ao Nobel da Paz

O presidente Luis Inácio Lula da Silva está entre os candidatos ao Prêmio Nobel da Paz, de acordo com a agência EFE. O norueguês Stein Tonnesson, diretor do Instituto Internacional para a Investigação da Paz, teria confirmado a indicação de Lula. A divulgação dos premiados será em outubro.
 Em fevereiro, o jornal francês 'Le Monde' já havia antecipado a indicação de Lula, mas o Instituto Nobel, por tradição não divulga a lista oficial dos candidatos.

Nesta sexta-feira, o diretor do Instituto Nobel, Geir Lundestad, informou que há 165 personalidades e instituições propostas para o prêmio.

Stein Tonnesson afirmou ao 'Le Monde' em fevereiro que a vitória de um político sul-americano que luta contra as desigualdades sociais é muito provável. Principalmente se esse político for o presidente Luiz Inácio Lula da Silva..

A EFE informou que Tonnesson disse que Berge Furre, membro do Comitê Nobel da Paz, é um grande admirador do presidente brasileiro.

Época Online, com informações de GloboNews (Publicada em 9/09/2003 - EDIÇÃO Nº 278 ).

Hoje nosso herói internacional, o brasileiro mais conhecido lá fora: É Lula

Isso é resgate do meu sonho!
Fiquei um mês fora do Brasil, nos Estados Unidos, Canadá e República Dominicana, pude notar uma coisa: hoje nosso herói internacional, o brasileiro mais conhecido lá fora não é mais o jogador de futebol, como Pelé, Ronaldo… É Lula, é o Mr. President! Quer orgulho maior para um ex-comunista? Ver como o “operário no poder” deu certo? E o comportamento de nosso Itamarati na crise de Honduras?
Recentemente, tivemos o Presidente de Israel, pela primeira vez em 43 anos, visitando o Brasil. Shimon Peres, premio Nobel da Paz, veio conversar conosco por que o Brasil hoje tem um papel considerável a desempenhar na eterna crise do Oriente Médio. Com sua indiscutível liderança internacional, com sua imensa capacidade de negociação e autoridade política conseguida na prática da Presidência, Lula pode mediar qualquer litígio entre nações.
Com a continuidade do Governo Lula garantida pela futura eleição da Ministra Dilma me vem uma sensação de que não foi à toa minha militância juvenil. Me abriu a cabeça para entender o momento histórico que vivemos, a Revolução sendo desenvolvida no dia a dia, no voto, na Paz e, porque não dizer, no Amor. Afinal de contas alguém já viu um Presidente da República mais apaixonado pelo seu povo?
José de Abreu, ator intérprete de Nilo em "Avenida Brasil"


Esse Nobel da Paz era do Lula hein...

Ninguém trabalhou mais pela paz mundial nesse ano que o Presidente Lula, a diplomacia brasileira conseguiu conter a sanha imperial do império contra o Irã, ao menos por hora. Quebrou o consenso imposto pelos EUA a seus capachos sobre a necessidade de se criminalizar o Irã, preparando a coalizão que deveria se apossar das riquezas desse país, como foi feito com o Iraque.

Não podemos esquecer que essa guerra pode atingir proporções catastróficas para toda a humanidade, como já observaram diversos analistas, dentre eles Fidel Castro.

É bom lembrar que o vencedor do ano passado foi Barack Obama,  o mesmo que ao receber o Prêmio Nobel da Paz defendeu as guerras do Iraque e do Afeganistão, num fato inédito. Parece que a escolha do contemplado está sendo feita por uma comissão de técnicos do Pentágono.

Não  conheço a história do chinês premiado esse ano, é possível que sua luta seja justa, mas como ele há muitos em Guantánamo, ou nas prisões dos EUA, na Colômbia, na Arábia Saudita, etc. Esse prêmio é sob medida para os interesses imperialistas dos EUA, abafa a questão iraniana, pois se Lula tivesse ganho o Nobel o discurso pacifista ganharia força, e ficaria mais difícil arrasar o país persa. E de quebra dá mais uma cutucada na China, a grande potência rival do yankees.

Ao que tudo indica, o Prêmio Nobel está perdendo de vez sua credibilidade, converteu-se numa espécie de Oscar, atendendo mais aos interesses da grande indústria do que da arte, ou da paz.

 Texto de Altamiro Borges de 8 DE OUTUBRO DE 2010

PS: E ainda deram o Nobel de Literatura para o neoliberal Mário Vargas Llosa, tucano do Peru. Ano que vem eles dão pro Jabor.


sábado, 17 de novembro de 2012

Aconteceu na Tam!

Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar na classe econômica e viu que estava ao lado de um passageiro negro.
Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.
Qual o problema, senhora?, pergunta a comissária..
Não está vendo? - respondeu a senhora - vocês me colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra cadeira
Por favor, acalme-se - disse a aeromoça - infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível.
A comissária se afasta e volta alguns minutos depois.
Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe econômica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar na classe econômica. Temos apenas um lugar na primeira classe. E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:
Veja, é incomum que a nossa companhia permita à um passageiro da classe econômica se assentar na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável.
E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:
Portanto senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe...
E todos os passageiros próximos, que, estupefatos assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.
Se você é contra o racismo, envie esta mensagem aos seus amigos, mas não a delete sem ter mandado pelo menos a uma pessoa.
O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons...

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Os votos de Vanderley Caixe

por Francisco Frassales Cartaxo
Vanderley Caixe morreu em sua terra natal, Ribeirão Preto, onde exercia a profissão de advogado e desenvolvia atividades políticas como militante de esquerda no PT. Nem sempre ele foi do PT. Como candidato a deputado federal, Caixe obteve 83 votos em Cajazeiras na eleição de 1982. Os quase 14 mil sufrágios na Paraíba foram insuficientes para levá-lo a Brasília, mas o deixaram em honrosa suplência do PMDB.
Vanderley Caixe chegou à Paraíba a convite de dom José Maria Pires, aí pelos meados de 1970, depois de cumprir alguns anos de prisão, condenado pela prática de “ações subversivas”, segundo o linguajar da ditadura. Em João Pessoa, ele ajudou a fundar o Centro de Defesa dos Direitos Humanos, entidade ligada à Arquidiocese da Paraíba, e caiu em campo como advogado de gente lutadora, mal vista pelo regime militar, em particular, trabalhadores rurais espezinhados pelo latifúndio, sobretudo, na várzea paraibana. Zona onde se mantinha a tradição de explorar, perseguir, prender e matar camponês por motivação política, como registra a história das lutas populares no Nordeste, desde muito tempo, notadamente, nas agitadas décadas de 1950 e 1960, com a formação das Ligas Camponesas e de Sindicatos Rurais.
Vanderley Caixe, um paulista de Ribeirão Preto, veio mexer nessa caixa de maribondo. De início, ao abrigo do prestígio e da popularidade de Dom Pelé e, mais tarde, ao lado de outras forças políticas, quando se distanciou da Arquidiocese. Nessa época ele se filiou ao PMDB, a frente ampla que abrigava gregos e troianos da esquerda brasileira, naquele começo da conquista do estado de direito democrático, ainda capenga por causa dos “resquícios do entulho autoritário”, representado em particular pelas regras eleitorais aplicadas até à eleição de 1982. Com pouco tempo, Caixe migrou para o PT.
A eleição de 1982 teve caráter geral no sentido de abranger a escolha de candidatos a vereador, prefeito, deputado estadual e federal, senador e governador. Neste caso, pelo voto direto, o que não acontecia desde 1966. Eleição direta para presidente da república, como sabemos, só ocorreu mais adiante, pois a escolha de Tancredo Neves se deu no colégio eleitoral restrito. Infelizmente, quem tomou posse foi Zé Sarney, nas circunstâncias conhecidas de todos.
Em 1982, eu fui candidato a prefeito de Cajazeiras pelo PMDB, justo no ano em Bosco Barreto negociou com os Gadelha e Wilson Braga sua migração para o PDS, o partido que sucedeu à ARENA, braço partidário do regime militar. Naquele ano foram eleitos: prefeito, Epitácio Leite Rolim; governador, Wilson Braga; senador, Marcondes Gadelha. Eleito também Edme Tavares, candidato a deputado federal mais bem votado em Cajazeiras (6.932 votos), seguido de Ernani Sátyro e Burity. Em 13º lugar da lista aparece Vanderley Caixe, com 83 votos. O sétimo da legenda do velho PMDB. Não sei quem trabalhou para ele nem se esteve em Cajazeiras durante a campanha. Acho que não. Lembro-me bem do candidato a deputado estadual, Simão Almeida, (também do chamado Bloco Popular do PMDB) que conseguiu apenas 29 votos em Cajazeiras, onde disputavam 7 candidatos da terra, sem contar José Lacerda (1.703 votos) e José Dantas Pinheiro (256 votos), ambos da região. O professor Francisco Ferreira, do PT, alcançou 173 votos, quase os mesmos 190 sufrágios de Zé Maria Gurgel, candidato a prefeito. Naquele tempo o PT era um partido disciplinado e unido.
A notícia da morte de Vanderley Caixe me trouxe a lembrança desses episódios eleitorais, que ele viveu no velho guerreiro PMDB, antes de abraçar o Partido dos Trabalhadores.