Voltamos ao Rabino rsrsrs “a transmissão mal intencionada de informações” vulgarmente conhecida como fofoca, é uma das redes mais importantes de preservação e transporte de rancor, e é algo tão corriqueiro no dia-a-dia fica quase impossível distinguir entre uma informação maliciosa, de um fato verdadeiro e isto se deve, segundo Bonder aos 3 tipos que compõe essa intrincada rede:
  • O “repassador de histórias” que é a sombra da má-lingua(quando em compania dos outros diz: “fulano fez isso, Sicrano fez aquilo outro…”),
  • O má-lingua – que é aquele que transmite uma informação verdadeira, mas com o intuito de difamar (“Quem diria que fulano seria o que é hoje…” ou “nossa não quero nem lembrar do que ele/ela já fez… vixe se eu fosse contar…”) , e
  • O caluniador, que é aquele que simplesmente espalha uma mentira em relação a outra pessoa com o intuito de difamar.
Esse papo de fofoca é tão sério, que consta uma clara proibição em Levítico 19:16: “não andarás repassando histórias entre o teu povo.” Foi parar até na bíblia, ou na Torá se preferirem…
Ainda segundo o Rabino Bonder, o Rabino Israel Meires esboçou um pequeno manual de NORMAS (pra ver como a coisa é feia, tem horas) para que possamos filtrar a poluição de rancores e malícias contidos no desejo de criticar alguém. Isso nos ajudará a termos certeza de que nossa intenções ao relatar algo é para o bem comum, para o alerta de um amigo, em suma se tem intenções mesmo positivas:
  1. As evidências de desonestidade ou da falta cometida devem ser obtidas pela própria pessoa que critica e não através de rumores que tenha ouvido.
  2. A pessoa que critica deve ser cautelosa e refletir sobre o assunto intensamente, para poder certificar-se de que se trata de um caso em que realmente houve uma atitude incorreta.
  3. Deve então censurar a pessoa que cometeu o erro reservadamente, sem alarde e de maneira a não ameaça-la, demonstrando expectativa de que modifique a sua conduta. Se isto não ocorrer,  então sim, poderá tornar o caso público.
  4. Não deve, no entanto, fazer a ofensa parecer maior do que é.
  5. Deve tentar entender seus próprios motivos e certificar-se de que não esta censurando o outro por razões pessoais, mas que o faz de boa-fé e com o objetivo de ser construtivo.
  6. se existir qualquer outra forma de evitar a difamação do outro, deve recorrer a tal método primeiro.
  7. Como resultado de sua ação, não deve trazer ao indivíduo criticado punição maior do que aquela que a ele destinada por uma corte, caso fosse julgado.




  • Além de tudo isto, uma pessoa que publicamente difama alguém deve ela mesmos ser honesta e não culpada do mesmo tipo de crimes ou faltas que censura no outro… Deve também se certificar de que as pessoas para quem denunciam o fato não sejam elas mesmas culpadas de indulgência em práticas similares às praticadas.

















  • O fato é que notícias correm, o problema está justamente em separar o que é verdade, do que mentira, do que é realmente com boa intenção do que não é. O problema é que quando falamos sobre alguém para outro alguém é que aquela estória ou história pode ganhar vida própria e fugir do controle e instaurar uma grande confusão, trazer prejuízos para outro ainda que não tenhamos intenção de causar dano algum.
    Eu tenho medo de estórias baseadas em suspeitas, sem provas concrentras essas eu corto na hora, ma não pensem que eu não escuto porque eu escuto, anoto e observo pra ver se procedem ou não, apenas não permito que influenciem a minha opinião, para que eu não faça e nem profira julgamentos danosos sem o devido lastro. Na verdade muitas das vezes eu bem sei que aquilo lá tem um baita lastro, mas me calo, só me pronuncio se aquilo puder vir a prejudicar alguém.
    Não faço isso porque sou um anjo, mas porque eu já fui alvo de difamação sem o menor fundo de verdade e sabe de uma coisa isso doí até hoje. Porque passei por isso ainda bem jovem,  no final da adolescência e me lembro o dissabor e a dor que isso me causou, o quanto isso me machucou, o quanto isso me deu prejuízo emocionais de todas as ordens. E como quem já passou por isso, sabe que depois por mais que a verdade venha a tona, o seu nome já tá manchado e não terá nada que realmente remova a lama que te lançaram.
    Não me importo de ouvir, mas não gosto de repassar, o que eu escuto aqui, aqui morre. Prefiro assim, do que poder causar a alguém o estrago que uma vez já causaram a mim. Porque calúnia doí uma quantidade que só quem passou por isso sabe a dor que se tem e sabe o tamanho do estrago que isso provoca.
    Hoje quando vejo as pessoas que me caluniaram, eu vejo que elas não ganharam absolutamente nada com isso, mas me fizeram perder muito, principalmente no que tange a confiabilidade nas pessoas. Porque feridas de calúnia são feridas que nunca curam, nunca fecham.
    O mais irônico na calúnia que geralmente o caluniador ou acaba por ser alvo de calúnias ou geralmente tem um podre bem pior do que o que inventou  que acaba por vir a tona, mas o triste disso tudo que ainda assim isso não remove a dor, o prejuízo e o estrago que a língua dele causou.