Dia 06 passado, completa 100 anos que a cidade de Monteiro foi invadida por Augusto Santa Cruz. O fato, que marcou a história da cidade, é destaque em artigo escrito por Pedro Nunes Filho, autor do livro Guerreiro Togado, que relata todo o drama vivenciado no início de 1911.
Confira, logo abaixo, o texto na íntegra:
GUERRA POLÍTICA
Hoje, 6 de maio, aconteceu um fato inédito em Monteiro. Promotor público desta comarca, acompanhado de 120 homens, invadiu a cidade, quebrou as portas da cadeia, soltou todos os presos e encarcerou os policiais.
Achando pouco, avançou contra a cidade, venceu a resistência armado de seus moradores e aprisionou o prefeito, o promotor e mais três cidadãos destacados por sua influência na vida política da cidade. Em pânico, a população abandonou suas casas e a cidade ficou totalmente entregue aos sitiantes invasores.
O pânico foi total. Ninguém sabia o que estava acontecendo. No tiroteio, morreram algumas pessoas. Até agora, não houve nenhuma reação oficial do governo. Os invasores estão quebrando as portas das casas comerciais e saqueando suas mercadorias e bens de valor. Onde estão as autoridades da Paraíba ninguém sabe.
Esta foi a notícia que os jornais publicaram no dia 6 de maio de 1911, quando o Dr. Augusto de Santa Cruz Oliveira, para libertar da cadeia seu morador Firmino José da Silva (1887-1967), vulgo Peba, abriu fogo pesado contra sua própria cidade.
Toda essa história, que teve desdobramentos fantásticos, está muito bem contada por Pedro Nunes Filho, no livro GUERREIRO TOGADO, cuja segunda edição acaba de ser lançada em primeira mão aqui no VITRINE DO CARIRI. Trata-se de uma edição luxuosíssima, contendo 60 fotografias sangradas, comemorativa do Primeiro Centenário da guerra política que aconteceu em Alagoa do Monteiro em 1911.
Para conferir, o VITRINE DO CARIRI está mostrando os detalhes da capa desta edição preciosa que conta em detalhes parte da história de Monteiro, desconhecida de grande parte de seus moradores atuais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário