Este impactante vídeo acima, La
surconsommation (consumo excessivo) clique aqui paraassistir, que rebatizei de A nova "cadeia"
alimentar, por motivos óbvios que comentarei mais adiante, foi indicação via
e-mail do professor Robert Betito, do IFRS Campus Rio Grande, RS, Brasil.
La surconsommation é um
curta-metragem que mostra de forma avassaladora, através da força das imagens,
esta nova "cadeia" alimentar em que os animais, dito irracionais,
estão cada vez mais confinados, para ganhar peso e serem abatidos numa moderna
linha de produção, enquanto os humanos, e ditos racionais, ora são consumidos,
ora consumidores... Consumidos pelo estresse das grandes cidades, pelo modelo
consumista de ter mais do que ser, do individualismo, da busca pelo lucro fácil,
pela fortuna instantânea que tem colocado o próprio planeta em desequilíbrio
socioambiental. Uns cada vez mais ricos, outros cada vez mais pobres.
Citando Albert Einstein:
"O homem que não tem os olhos abertos para o mistério passará pela vida
sem ver nada."
E precisamos abrir os olhos,
ver, rever, debater, discutir, refletir e pensar um novo modelo civilizatório,
mais calcado na coletividade do que na individualidade, mais no compartilhar do
que no competir, mais nas ações que visem o bem comum e não apenas os bens
materiais de alguns incomuns mortais, cada vez mais donos do mundo, como certos
conglomerados econômicos, que são mais ricos que muitos países (as empresas
transnacionais).
A cena final do vídeo fecha o
círculo vicioso deste modelo nocivo a todos os seres vivos deste planeta.
Enfim, já ficou mais do que
provado e comprovado de que com este nível excessivo de consumo, seria
necessário mais de três planetas, embora boa parte da população viva sob
condições subumanas, que nem alguns animais, confinados em guetos, favelas,
invasões de terras, por não terem onde viver, morar dignamente. São todos
sobreviventes deste progresso...
Certa vez li matéria de jornal
que dizia que estudos das Nações Unidas indicavam que se toda a riqueza
produzida no mundo fosse dividida igualitariamente (uma utopia!), cada um dos 7
bilhões de habitantes do planeta teria uma renda per capita de cerca de quatro
mil dólares. Não haveria ricos nem pobres, certamente, mas também de nada
adianta dividir, redistribuir renda sem uma nova tomada de consciência global,
uma nova matriz social, pois a Terra não suportará por mais tempo este consumo
excessivo. O que é preciso a mudança cultural que leve em conta a
sustentabilidade e a continuidade da vida no planeta.
José Antonio
Klaes Roig
joseroig7@hotmail.com
Educador,
escritor e poeta. Doutorando em Letras / História da Literatura (FURG-2012).
Mestre em Letras / História da Literatura (FURG-2010). Especialista em História
do Rio Grande do Sul: sociedade, política e cultura (FURG-2006); especialista
em Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) na Promoção da Aprendizagem
(UFRGS-2007) e especialista em Mídias na Educação (IFRS/FURG-2010). Bacharel em
Direito (FURG-1990). Graduado em Letras/Português e suas Literaturas(Unopar-2011).
Assessor jurídico na área da educação (2001-2002); coordenador do Núcleo de
Tecnologia Educacional (NTE) Rio Grande/18ªCRE (2005-2007, 2010-11).
Multiplicador em informática educativa, no NTE Rio Grande/18ª CRE (2005-2011).
Integrante da Academia Rio-Grandina de Letras e da Comissão Editorial da página
da ARL, publicada no Jornal Agora (Rio Grande-RS). Autor do livro de contos
Realidade Virtual (KroArt-RJ-2004), escrito em 2000 (quando nem imaginava
trabalhar com informática educativa). Editor de diversos blogs individuais e
colaborativos.
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