segunda-feira, 18 de março de 2013

Hackers derrubam site de CartaCapital

   O site de CartaCapital ficou quase 12 horas fora do ar na quarta-feira 13 provavel- mente devido a ataque de hackers ligados à Te- lexFree, nome fantasia da empresa Ympactus Comer- cial Ltda. Um dia antes, a página eletrônica da revista havia publicado um texto do jornalista Luis Nassif sobre supostos golpes aplicados pela empresa no Brasil. O site de Nassif e outros veículos que republicaram o artigo também ficaram fora do ar.

A suspeita é que os servidores desses sites tenham sido alvo de um ataque de “DOS” (Denial of Service), que consiste em forjar o envio de milhares de solicitações de nova conexão a um destino, fazendo com que o serviço fique lento e consumindo recursos computacionais até extrapolar a capacidade máxima do sistema.

No mesmo dia, o artigo de Nassif recebeu mais de 60 mil acessos, embora o site estivesse fora do ar. O texto mostrava em detalhes como a TelexFree conseguiu angariar mais de 300 milhões de reais em um esquema online do golpe da pirâmide. O gole, segundo o jornalista, foi montado em 2009 pelo capixaba Carlos Wenzeler por meio de um site denominado Disk à Vontade. Para entrar no jogo, o usuário pagava até mil dólares e colocava publicidade em sites dos serviços de VoIP (telefonia pela Internet) da TelexFree. Por cada publicidade colocada, receberia 20 dólares. “Acontece que toda a remuneração dos primeiros da fila era bancada pelos últimos que entravam – como em toda pirâmide, levando ao estouro da boiada depois de algum tempo”, escreveu Nassif. O esquema chegou aos Estados Unidos, onde Wenzeler se tornou sócio de uma pequena empresa de VoIP. A partir de 2002, quadrilhas atuaram para vender o negócio em sites como o Youtube. A estratégia consistia em exibir vídeos com participantes que enriqueceram rapidamente. A Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda informou que a “oferta de ganhos altos e rápidos proporcionados principalmente pelo recrutamento de novos entrantes para a rede, o pagamento de comissões excessivas, acima das receitas advindas de vendas de bens reais, e a não sustentabilidade do modelo de negócio desenvolvido pela organização sugerem um esquema de pirâmide financeira”.

O caso foi encaminhado para a Polícia Federal e ao Ministério Público.

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