segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

RESPOSTA DE UM MINEIRO AO PEDIDO DE CARIOCAS NO "VETA, DILMA" SOBRE OS ROYALTIES DO PETRÓLEO

Recebo via e-mail do pesquisador científico Jardes Caiçara (foto) de Campina Grande, um texto instigante a cerca do estado de Minas Gerais no debate da nova divisão dos royalties do petróleo.
O texto é de um anônimo que se autointitula como o professor JOCA da cidade mineira de Januária. Na verdade é um rosário de lamúrias contra os políticos fluminenses (chega a mandar o governador, Sérgio Cabral, vá te catar!), mas perde na consistência.
Aécio curtindo o Rio
Em primeiro lugar, será o professor quer os políticos cariocas defendam o estado de Minas? Cadê os políticos mineiros que a tudo assiste impassível! E vejam que o estado é praticamente monolítico sob a liderança do senador Aécio Neves. Um bon vivant famoso, que vive mais na boêmia do Rio do que no senado federal ou no seu estado! Nenhuma vírgula sobre o bon vivant! Este que jamais levantou a voz para protestar pelo fato das sedes e as da VALE, usina de FURNAS e da CSN ficarem no Rio de Janeiro!
Outro lapso crasso do texto. Passa ao largo à decisão do ex-presidente Lula que decidiu que a nova divisão recursos do pré-sal se destine, em sua grande maioria, para a educação. Os políticos vivaldinos aliados à elite brasileira destoam o verdadeiro debate, levando-o para disputas regionais! Povo analfabeto é mais fácil fica no seu lugar de bucha de canhão. Se os recursos dos royalties de novas áreas de petróleo no país forem para a educação não veremos problemas que o professor levanta: “Acho um absurdo ver crianças de outras regiões mais pobres do Brasil estudando em salas de aula sem luz, sentadas duas ou três numa mesma cadeira, quando há cadeira, enquanto que a prefeitura de Macaé/RJ gasta, torra, esbanja, joga fora dinheiro pintando de cores berrantes passeios públicos!”. O professor berra muito, mas não sabe atirar!
E o professor Joca cai como um patinho! Desfila dados como “Depois veio o ciclo do minério de ferro, até hoje principal item da pauta de exportações brasileiras” o que não é mais uma realidade. Mais “quem estudou geografia sabe que Minas Gerais é a "caixa d'água do Brasil”, e a Amazônia que detém quase 30% da água doce do mundo?
E pelos ufanismos ele erra por falta de inteligência:Minas Gerais carregando o Brasil nas costas e, de vinte anos para cá, ajudada pelo Pará em razão das reservas de minério de ferro descobertas nesse Estado”. O mal do Brasil passa exatamente aí: exportação de produtos in natura! E além do mais não são os minérios em estado bruto que detém a maior receita de exportação.
   E o professor na sua verborragia olvida cabal- mente a nossa injusta tribu- tação. O impos- to de renda que cobra alíquotas dos mais pobres praticamente i- guais aos dos mais abastados.
Ou ainda o ICMS que obriga os estados consumidores a pagarem 7% deste imposto aos estados produtores. Este sistema cruel só existe no Brasil. Pelo que eu conheço os impostos de circulação de mercadoria é totalmente do estado consumidor. Calculem o quanto é canalizado de recursos, principalmente por São Paulo, para os estados produtores com esta taxação de 7%. Dinheiro que saem dos estados pobres para os mais ricos.

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