É
imensurável o poder da Internet como meio de comunicação social. Ela não tem dono,
não é como os nossos meios de comunicações midiáticos, controlados por menos de
uma dezena de privilegiadas famílias, que dita os paradigmas brasileiros.
E
não é raro, corre na Net ideias sutilmente imposta pela mídia. Este e-mail é engraçado,
mas que aborda irresponsavelmente o sério problema do nosso injusto sistema
tributário. Diz a broma que um sujeito ao declarar seu imposto coloca milhões
de brasileiros como seus dependentes. Verdade parcial, afinal termina
proporcionalmente a classe média bancando os inúmeros processos de distribuição
de renda aos mais miseráveis do país. Injusto, sim; mas não podemos esquecer os
milhões de brasileiros que vivem na marginalidade ou na miséria.
Ora
não estão nos desvalidos a culpa pelos altos impostos que sofre a classe média. Mas no fundo que
financiam a sua ne- cessária manuntenção, eis o problema. Enquanto os grandes conglomerados em- presariais e
financeiros no- minalmente recolhem mui- to mais do que o imposto de renda
descontado no holerite da classe média, mas em termos percentuais é irrisório. Ou
seja, pesa para a classe média e é uma pluma para os mais abastados da nação.
Um
funcionário que ganhe um salário robusto sofre a penalização de um desconto do
imposto de renda por volta de 27,5% do seu ganho bruto, que re- presenta boa
parte do sa- lário. Enquanto um bi- lionário ou uma grande em- presa é taxado no
máximo nos mesmos 27,5% dos seus ganhos ou lucros. É um valor bem mais alto, o
que sobra é muito. É um tabu, ou mesmo é simplesmente censurado ou mal visto,
pela grande mídia que vive somente apregoando a injustiça que sofre a classe
média, sem jamais propor as verdadeiras soluções que seriam a elevação da
alíquota do imposto de renda à patamares que chegassem pelo menos a 50% dos
mais afortunados e redução das alíquotas dos pequenos “marajás”. Ou então a
regulamentação do IGV – Imposto sobre as Grandes Fortunas – que mofa na
Constituição desde 1988 sem jamais ser devidamente implantado por leis complementares
como foi previsto.
Ora
e porque culpa somente a mídia? Qualquer governo sabe que a grita seria grande
com argumentos sofísticos e derrubados por um congresso em que impera o
interesse dos privilegiados.
E
nós simples mortais servimos de bucha de canhão, abordamos o problema sem
enxergar a solução olvidando totalmente a implantação do IGV. Alguém se lembra
da última vez que ouviu falar deste imposto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário