segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

As chalaças que correm na internet

É imensurável o poder da Internet como meio de comunicação social. Ela não tem dono, não é como os nossos meios de comunicações midiáticos, controlados por menos de uma dezena de privilegiadas famílias, que dita os paradigmas brasileiros.
E não é raro, corre na Net ideias sutilmente imposta pela mídia. Este e-mail é engraçado, mas que aborda irresponsavelmente o sério problema do nosso injusto sistema tributário. Diz a broma que um sujeito ao declarar seu imposto coloca milhões de brasileiros como seus dependentes. Verdade parcial, afinal termina proporcionalmente a classe média bancando os inúmeros processos de distribuição de renda aos mais miseráveis do país. Injusto, sim; mas não podemos esquecer os milhões de brasileiros que vivem na marginalidade ou na miséria.
Ora não estão  nos desvalidos a culpa pelos altos impostos que sofre a classe média. Mas no fundo que financiam  a sua ne- cessária manuntenção, eis  o problema. Enquanto os grandes conglomerados em- presariais e financeiros no- minalmente recolhem mui- to mais do que o imposto de renda descontado no holerite da classe média, mas em termos percentuais é irrisório. Ou seja, pesa para a classe média e é uma pluma para os mais abastados da nação.
Um funcionário que ganhe um salário robusto sofre a penalização de um desconto do imposto de renda por volta de 27,5% do seu ganho bruto, que re- presenta boa parte do sa- lário. Enquanto um bi- lionário ou uma grande em- presa é taxado no máximo nos mesmos 27,5% dos seus ganhos ou lucros. É um valor bem mais alto, o que sobra é muito. É um tabu, ou mesmo é simplesmente censurado ou mal visto, pela grande mídia que vive somente apregoando a injustiça que sofre a classe média, sem jamais propor as verdadeiras soluções que seriam a elevação da alíquota do imposto de renda à patamares que chegassem pelo menos a 50% dos mais afortunados e redução das alíquotas dos pequenos “marajás”. Ou então a regulamentação do IGV – Imposto sobre as Grandes Fortunas – que mofa na Constituição desde 1988 sem jamais ser devidamente implantado por leis complementares como foi previsto.
Ora e porque culpa somente a mídia? Qualquer governo sabe que a grita seria grande com argumentos sofísticos e derrubados por um congresso em que impera o interesse dos privilegiados.
E nós simples mortais servimos de bucha de canhão, abordamos o problema sem enxergar a solução olvidando totalmente a implantação do IGV. Alguém se lembra da última vez que ouviu falar deste imposto.

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