Na cidade de pouco mais de 20 mil habitantes, ninguém paga por ônibus.
Serviço foi criado em 2011 e funciona de segunda a sexta-feira.
A insatisfação com o serviço e o preço cobrado pela passagem do transporte público tem sido o principal alvo dos manifestantes em todo o Brasil. Mas, pelo menos em Muzambinho (MG), esse não foi o motivo dos protestos na cidade. Isso porque no município ninguém paga para andar de ônibus.
A cidade de pouco mais de 20 mil habitantes tem transporte coletivo desde outubro de 2011. A cada viagem, os veículos percorrem 28 quilômetros de ruas e avenidas, passando por vários bairros. Nos ônibus, há roletas, mas não existem cobradores. Basta passar e seguir viagem sem nenhum gasto. Diferente de cidades onde o transporte público é complicado e superlotado, em Muzambinho, geralmente, todos os passageiros ficam sentados.
"Pra mim, pra ir trabalhar, é de grande ajuda já que eu sou autônomo, não tenho carro. Facilitou muito para mim, para minha esposa, minha família", diz o desenhista Paulo de Melo.
O serviço é oferecido de segunda a sexta-feira nos horários de maior movimento: de manhã, no fim da tarde e na hora do almoço. Mesmo sendo de graça, alguns moradores acreditam que o serviço ainda pode melhorar. Uma das principais reclamações é de que faltam mais horários.
"Após o almoço não tem horários. Mas o serviço é bom, antes o povo tinha que ir de táxi, andar a pé", diz a babá Talita Vasconcelos.
Segundo o prefeito Ivan de Freitas, a demanda ainda não justifica um aumento no número de horários. Ele explica que apesar do município conseguir manter o transporte de graça, a possibilidade de cobrança da tarifa não é descartada.
"Para manter este trabalho, outros serviços têm que ser sacrificados. Obras, recuperação de ruas, de estradas. Nós vamos assegurar esse transporte gratuito enquanto nós pudermos", diz o prefeito, que não informou quanto o município gasta atualmente para arcar com o serviço à população.
Alguns moradores dizem que até aceitariam se o serviço fosse cobrado. "Pode até cobrar um pouquinho, é até certo, mas o que nós desejaríamos é que isso (serviço de graça) não parasse, já que é uma ajuda muito grande", completou a manicure Mirian da Silva.
Fonte: G1
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