quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Motorista De Transporte Escolar É Flagrado Se Masturbando Para Estudantes

Um motorista de transporte escolar de Paulista, no Grande Recife, foi denunciado à polícia nessa terça-feira (29), após ser flagrado se masturbando na frente de estudantes, dentro da Kombi que dirigia. A denúncia no Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) de Paulista foi feita pela mãe de uma adolescente de 15 anos que filmou o ato obsceno. Segundo outras alunas, isso ocorria com frequência. O acusado também trabalhava como professor de matemática, religião e educação física, além de ser marido da diretora do colégio onde os alunos estudam, na Mirueira, em Paulista.

A adolescente resolveu usar a câmera do próprio celular para fazer o flagra. No momento do ocorrido, outros três alunos estavam na Kombi. Na delegacia, a jovem contou que mostrou as imagens a dois professores, que encaminharam a gravação para a diretora do colégio onde estudam, no bairro de Mirueira. Segundo a jovem, a resposta que obteve foi de que ela deveria esquecer o caso.

Segundo a polícia, o homem pode ser indiciado por diversos crimes, entre eles ato libidinoso praticado na frente de menores e atentado ao pudor. Já a esposa dele pode ser autuada por participação no crime praticado pelo marido. Até agora, ninguém foi preso, mas a polícia já está investigando o caso. 
TV Jornal/SBT


terça-feira, 29 de outubro de 2013

No Maranhão: Rio Itapecuru está com nível de água baixo por causa da seca

Há trecho do rio que corta Caxias em que a parte mais profunda cobre somente até a panturrilha de um adulto.
Rio Itapecuru atinge o menor nível desde a década de 80
Caxias - A seca no Leste Maranhense é considerada a maior dos últimos 30 anos. O Itapecuru, que corta a cidade de Caxias, está com o nível da água tão baixo que é possível andar até o meio do rio. Uma cena que há muito tempo o caxiense não via.
O Itapecuru está com o menor nível desde a década de 1980, quando houve uma das maiores secas na região. Hoje, em mais de 100 metros de água a dentro do rio, o nível chega até a panturrilha de um adulto.
No povoado Altos, a cerca de 10 km do centro da cidade, o pedaço de floresta mais parece uma caatinga de tão seco que está. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caxias (STR), Benedito Moura, afirmou que a situação é preocupante.
"Nós estamos com dois anos de inverno ruim. No ano passado, houve até mortalidade de animais na região. Em 2012 não formou pasto, por isso, este ano, alguns produtores estão enfrentando grandes dificuldades por causa da baixa precipitação", explicou o sindicalista.
Devido a grande seca, focos de incêndios
surgem a todo instante
O lavrador Josemar Silva, que mora no povoado há 48 anos, diz que fazia tempo que não vivenciava uma situação tão difícil. O poço, de 23 metros de profundidade, que abastece a casa dele está praticamente vazio. "Em 1981 foi a última estiagem grave. Na época, eu perdi uma roça de arroz inteira", lembrou o lavrador.
Além de represas, açudes também estão com o nível baixo. A água está barrenta e ruim para o gado beber. Muitos animais já apresentam perda de peso e outros morreram pela falta da água.
Donos de propriedades estão utilizando alimentação alternativa para não deixar os animais morrerem de fome e sede. O período de seca seguirá até dezembro, segundo a Meteorologia. A previsão é de que o nível dos rios, riachos e igarapés ainda diminua mais.

Pescadores têm dificuldade em encontrar pescado no meio do lamaçal
Mais

Em setembro, 70 municípios maranhenses decretaram situação de emergência por causa da estiagem. Sem chuva, os açudes secaram e o pasto desapareceu. Alguns animais já não têm forças para ficar em pé e outros morreram de seca. De janeiro até agora, choveu apenas a metade do previsto pelos meteorologistas.


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Educação em guerra

O estado do Rio, assim como São Paulo, desenterrou leis de segurança nacional da ditadura para tratar estudantes e professores como prototerroristas

Milhares de professores no Rio de Janeiro se revoltam contra um plano de carreira que, se implementado, destruiria de vez as profissões do magistério
"Mais escolas, menos estádios.” Esta foi uma das frases mais ouvidas nas manifestações de junho. Ela indicava a consciência clara de que as prioridades de desenvolvimento estavam completamente invertidas. Mais do que isso. Que esta frase tenha sido enunciada em um contexto de revolta, eis algo a demonstrar como a população esperava mais ações e menos retórica em relação à educação. Pois esse é um tópico pitoresco da política brasileira. Não há partido ou programa que coloque a educação como a “mais prioritária das prioridades”. No entanto, vivemos atualmente um vácuo completo de propostas públicas educacionais.



Alguém poderia acreditar ser isso o resultado de conflitos intermináveis a respeito do que devemos fazer. Ledo engano. Afora alguns liberais completamente desconectados da realidade concreta das escolas, o prognóstico sobre o que deve ser feito é consensual em relação aos profissionais da educação. Ele passa pela valorização da carreira de professor a fim de atrair nossos melhores alunos para o magistério. Ela contempla também a implementação de escolas integrais e de inspetorias federais para garantir a qualidade do ensino. Não se faz nada nesse sentido porque a realização desses pontos é cara. Mas a ignorância é mais cara ainda.


Bem, o que vemos então depois de junho? Milhares de professores no Rio de Janeiro a se voltar contra um plano de carreira que, se implementado, destruiria de vez as profissões do magistério. Só mesmo alguém que nunca pisou em uma sala de aula pode apresentar à sociedade um plano como esse. Ele cria uma situação de não garantia para professores se fixarem em suas matérias específicas, o que tem um impacto decisivo na qualidade, tão debilitada, do ensino. Seu privilégio aos profissionais com dedicação de 40 horas semanais não garante que, dentro desse período, o número real de horas-aula necessárias para a pesquisa, para a preparação de aula, correção de trabalhos e outras atividades fundamentais à docência será respeitado. Ao contrário, vemos atualmente vários Estados à procura de meios para burlar o período computado fora da sala de aula, mas que faz parte do trabalho de todo e qualquer professor.


Em vez de discutir os problemas do plano em questão, o estado do Rio, assim como São Paulo, partiu para a criminalização brutal de manifestantes. Leis de segurança nacional da época da ditadura foram desenterradas para tratar estudantes e professores como prototerroristas. Setores da opinião pública conservadora recuperaram o velho mantra do corporativismo dos professores, mostrando que, no fundo, temem ver o Estado gastar o necessário com educação, em lugar de subsidiar empreiteiras e empresários com negócios da China. Ou seja, sempre vemos a mesma estratégia: quando as demandas da educação pública são colocadas na mesa, tudo o que ouvimos é a desqualificação das exigências dos professores. Talvez isso explique um pouco a razão pela qual nossa qualidade de ensino continue problemática.


Alguns desses “formadores” da opinião pública que se insurgem contra os professores gostam de falar sobre o salto educacional da Coreia ou da qualidade das escolas da Finlândia. Perguntem então quantas horas em sala de aula passam os professores finlandeses e qual o salário de um professor coreano. É algo em torno de 4 mil dólares.


É sintomático que o oferecido pelos governos para uma das pautas mais citadas das manifestações de junho seja algo para conseguir apenas acirrar os ânimos dos profissionais da educação. Isso demonstra claramente como o poder público continua a governar de costas para aqueles que têm o verdadeiro diagnóstico das situações e das dificuldades em nossas escolas. Na última greve de professores universitários, a mesma estratégia foi colocada em circulação. Tivemos de ouvir que professores seriam a “classe abastada” do serviço público. Esta é a única frase que o poder público tem a dizer quando confrontado com a inanição de suas políticas de educação.


domingo, 27 de outubro de 2013

Sem apoio do Ministério Público Paulista, Suíça arquiva parte do caso Alstom

FLÁVIO FERREIRA

MARIO CESAR CARVALHO

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO

DE SÃO PAULO



    Cansados de esperar pela cooperação de seus colegas brasileiros, procuradores da Suíça que investigam negócios feitos pela multinacional francesa Alstom com o governo do Estado de São Paulo arquivaram as investigações sobre três acusados de distribuir propina a funcionários públicos e políticos do PSDB.
Em fevereiro de 2011, a Suíça pediu que o Ministério Público Federal brasileiro interrogasse quatro suspeitos do caso, analisasse sua movimentação financeira no país e fizesse buscas na casa de João Roberto Zaniboni, um ex-diretor da estatal CPTM.
Como nenhum pedido foi atendido, nesta semana autoridades brasileiras foram informadas de que o Ministério Público da Suíça desistiu de contar com a colaboração do Brasil e decidiu arquivar parte das suas investigações.
Segundo o procurador da República Rodrigo de Grandis, responsável pelas investigações sobre os negócios da Alstom no Brasil, houve uma "falha administrativa": o pedido da Suíça foi arquivado numa pasta errada e isso só foi descoberto anteontem.
O Ministério Público da Suíça havia pedido que Grandis fizesse buscas na casa de Zaniboni porque ele é acusado de receber US$ 836 mil (equivalentes a R$ 1,84 milhão) da Alstom na Suíça.
A procuradoria suíça também pediu que fossem interrogados os consultores Arthur Teixeira, Sérgio Teixeira e José Amaro Pinto Ramos, suspeitos de atuar como intermediários de pagamento de propina pela Alstom.
     Segundo os procuradores da Suíça, Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira foram os responsáveis pelos repasses ao ex-diretor da CPTM.
O Ministério Público estadual paulista, que também investiga os negócios da Alstom, soube da existência do pedido da Suíça e solicitou cópias da documentação ao órgão federal responsável pela cooperação com autoridades estrangeiras, o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional).
Indagado sobre a situação, o gabinete de Grandis afirmou só ter encontrado o pedido suíço anteontem.
A Procuradoria da República em São Paulo informou que o gabinete cometeu uma "falha administrativa" ao deixar de anexar a solicitação a outro pedido de cooperação da Suíça, e o documento acabou indo para uma pasta de arquivo de papéis do caso.
Fora do processo correto, o pedido suíço ficou sem qualquer providência no gabinete por dois anos e oito meses.
O Ministério Público Federal afirmou que já comunicou o DRCI sobre o problema. Segundo a procuradoria, as autoridades suíças deverão ser indagadas se ainda têm interesse na adoção das medidas quanto aos suspeitos.
Porém, nesta semana autoridades brasileiras receberam a informação de que os suíços cansaram de esperar e arquivaram as investigações sobre Zaniboni, Ramos e Sérgio Teixeira, morto em 2012.
Eles haviam sido indiciados pelas autoridades suíças por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro. O único que continua sendo investigado é Arthur Teixeira, controlador da empresa Gantown, sediada no Uruguai, que teria feito repasses da Alstom para Zaniboni entre 1999 e 2002. Zaniboni afirma que o dinheiro se referia a serviços de consultoria prestados antes de sua chegada à CPTM.



quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Procuradoria da Suíça envia mais documentos comprovando a corrupção dos tucanos no metrôduto!

Novos documentos enviados pela Procuradoria da Suíça ao Brasil há 20 dias reforçam, segundo investigadores do caso Alstom, suspeitas de corrupção e pagamento de propina em contratos da multinacional francesa no setor de transportes públicos em São Paulo. Em e-mail de 18 de novembro de 2004, o então presidente da Alstom no Brasil, engenheiro José Luiz Alquéres, "recomenda enfaticamente"a diretores da empresa que utilizem os serviços do consultor Arthur Gomes Teixeira, apontado pelo Ministério Público como lobista e pagador de propinas a servidores de estatais do setor metroferroviário do governo paulista, entre 1998 e 2003.
Alquéres, que não está mais no comando da Alstom, destaca o "bom relacionamento" com governantes paulistas. Teixeira, segundo as investigações em curso, era o elo da multinacional com estatais do setor de transporte público de massa.
   Temos um longo histó- rico de coopera- ção com as au- toridades do Es- tado de São Paulo, onde fica localizada nossa planta", escre- veu. "O novo prefeito recém-eleito participa das negociações que vão nos permitir a reabertura da Mafersa como Alstom Lapa. O atual governador também participa."
Na época, José Serra acabara de vencer o pleito municipal e o Palácio dos Bandeirantes estava sob gestão de Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. A unidade Alstom Lapa claudicava, em 2004. Com uma carteira minguada de contratos públicos e reduzidos investimentos, aquele setor da empresa, na zona oeste da capital, esteve na iminência de cerrar as portas.

Ao pedir empenho a seus comandados, Alquéres assinala a importância de conquistar novos contratos com o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Cita vagamente quatro empreendimentos das estatais. "Tais projetos representam um total de cerca de 250 milhões de euros", observa. "Nesse período de mudanças sofremos duas grandes derrotas em leilões públicos, coisa que não ocorria há anos. Mas ainda podemos ter sucesso nos 4 projetos que o Estado de São Paulo vai negociar ou leiloar nas próximas semanas."
O então presidente da Alstom cita os "amigos políticos do governo" e diz confiar na recuperação da empresa. "O processo está avançando, começo a receber mensagens de parceiros em potencial, e, principalmente, dos amigos políticos do governo que apoiei pessoalmente. A Alstom deve estar presente, como no passado."
Um dos projetos que Alquéres mirava foi conquistado por um consórcio liderado pela Alstom, em 2005 - aditamento a um contrato firmado originalmente em 1995, no valor de R$ 223,5 milhões, que resultou na compra de 12 trens para a CPTM. O negócio tornou-se alvo de ação por improbidade movida pela promotoria de São Paulo, que identificou "grave irregularidade no sexto aditamento, verdadeira fraude à licitação e desvirtuamento total do contrato inicial". A investigação mostrou aumento de 73,69% no valor da compra.
Propina. O e-mail do engenheiro, endereçado aos diretores de quatro áreas, com cópia para os mandatários mundiais da Alstom, na França, foi captado pela Procuradoria da Suíça em meio à investigação de polícia criminal que cita João Roberto Zaniboni - ex-diretor de operações e manutenção da CPTM entre 1998 e 2003 - como recebedor de propinas do esquema Alstom.
Há 20 dias chegaram ao Brasil cópias de documentos bancários que mostram depósitos de US$ 836 mil na conta Milmar, alojada no Credit Suisse de Zurique, de titularidade de Zaniboni. Os extratos revelam que Teixeira transferiu US$ 103,5 mil, em maio de 2000, para Zaniboni, por meio da offshore Gantown Consulting. Em dezembro daquele ano, um sócio de Teixeira enviou mais US$ 113,3 mil para o ex-diretor da CPTM. O Ministério Público suíço diz que é dinheiro de propina.

A Procuradoria da Suíça mandou para o Ministério Público cópia do e-mail de Alquéres, que governou a Alstom/Brasil entre os anos de 2000 e 2006. O dossiê faz referência a outra mensagem do engenheiro, que teria sido enviada três dias depois da primeira, para Philippe Mellier, presidente mundial do setor de transporte da Alstom. A Procuradoria assinalou: "E-mail Alquéres para Mellier de 18 de novembro de 2004, com possíveis indícios de atos de corrupção no contexto de projetos de transporte no Brasil".
No e-mail, Alquéres cita que cinco dirigentes, "pessoas chave bem conhecidas", haviam deixado o setor de transportes da Alstom. E fala das relações com o poder. "Três das cinco pessoas que foram dispensadas recentemente, como Carlos Alberto (diretor-geral) e Reynaldo Goulart (Desenvolvimento de Negócios) ou transferidas como Reynaldo Benitez (diretor financeiro) desenvolveram fortes e robustos relacionamentos pessoais com membros da CPTM e do Metrô-SP." Sugere aos pares que busquem os serviços de Teixeira e da empresa dele, a Procint, "que demonstra grande competência em condições 'favoráveis ou desfavoráveis'".


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

MULHERES TIRAM A ROUPA E POUSAM PARA FOTOS EM RUAS E PRAÇAS DE SÃO LUÍS

Blog do Luis Pablo recebeu, por e-mail, uma denúncia que um grupo de mulheres, não identificadas, estão tirando fotos peladas nas ruas e praças de São Luís-MA.
As imagens das mulheres nuas estão se espalhando pelas redes sociais e pelo Whatsap.
Pessoas com comportamentos como este devem responder pelo crime de ato obsceno. É uma ofensa ficar nu em local público e isto corresponde ao ato obsceno.
Praça Gonçalves Dias

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Praça do Pescador – Litorânea
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Centro Histórico – Reviver
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Mirante da Lagoa da Jansen
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domingo, 20 de outubro de 2013

Mensalão tucano: Outra fonte do valerioduto

O esquema do publicitário condenado no Ministério do Esporte durante o governo FHC
O ex-publicitário Marcos Valério, condenado
no esquema do chamado "mensalão"
Em 18 de setembro, uma decisão burocrá- tica do plenário do Tribunal de Contas da União levantou a ponta de um novelo escondido desde 2005. Por una-nimidade, os nove ministros do TCU acataram o parcelamento de um débito judicial do jornalista Laerte de Lima Rimoli, ex-chefe da Assessoria de Comunicação Social do antigo Ministério do Esporte e do Turismo, no fim do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso. Entre 2001 e 2002, segundo auditoria do tribunal, o ministério, comandado por Carlos Melles (maio de 2000 a março de 2002) e Caio Carvalho (março de 2002 a 1º de janeiro de 2003), desviou 10,6 milhões de reais para a SMP&B Comunicação, uma das agências de publicidade controladas por Marcos Valério de Souza, operador dos “mensalões” tucano e petista.
Naquela época, o publicitário mantinha laços estreitos com o esquema eleitoral do PSDB. Em 1998, ele havia montado a operação de financiamento clandestino da fracassada campanha de reeleição de Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais, gênese do esquema mais tarde replicado pelo PT. O rastro de dinheiro descoberto pelo TCU, graças a uma auditoria feita em 2001, demonstra que o “valerioduto” tucano funcionou até as vésperas das eleições presidenciais de 2002, possivelmente para cobrir compromissos das campanhas de 1998 tanto de Azeredo, hoje deputado federal, quanto de FHC.
No resumo feito pelos auditores a partir da avaliação de contratos firmados pelo ministério, revelou-se um emaranhado de fraudes montadas para financiar a agência do publicitário. Entre as irregularidades, os fiscais do TCU anotaram o pagamento de aditivos desnecessários, utilização de serviços sem respaldo contratual, ausência de fiscalização de contratos, pagamentos feitos sem comprovação da execução do serviço e emissão de notas fiscais frias. Curiosamente, as auditorias foram estimuladas pelas denúncias da CPI dos Correios em 2005, base do processo do “mensalão” petista.
O primeiro contrato analisado, de maio de 2001, tratava de uma licitação de 4,3 milhões de reais para a prestação de serviços de publicidade. Segundo o edital, o objetivo era municiar campanhas na área de esporte, promover o turismo em municípios e incrementar a “comunicação do governo”. Ao todo, 22 empresas concorreram. Em primeiro lugar ficou a SMP&B. Mas, como cautela nunca é demais, a segunda colocada foi a DNA Propaganda, também de Marcos Valério. 


Em 2005, o plenário do TCU, baseado nas auditorias, condenou quatro servidores do ministério a ressarcir os cofres públicos por conta dos pagamentos irregulares. São eles Adeildo Máximo Bezerra, ordenador de despesas da pasta, e os três chefes da Assessoria de Comunicação Social no período, Estanilau da Costa Sá Júnior, Isabel Cristina Tanese e Rimoli.
Rimoli, ocupante do cargo entre julho e dezembro de 2002, foi condenado a pagar 74,6 mil reais. O assessor emitiu sete notas fiscais frias em favor da SMP&B no valor total de 30,6 mil reais por anúncios jamais justificados. Outros 44 mil reais foram pagos à agência pelo “manuseio e expedição de 50 mil correspondências” jamais postadas, de acordo com a auditoria.
A participação de Rimoli nas tramoias auditadas pelo TCU, sobretudo nas operações fraudulentas de emissão de notas para financiar o valerioduto, certamente chocará seus seguidores nas redes sociais. Na arena virtual, principalmente no Facebook, o jornalista é um leão contra os “mensaleiros” do PT. “Eu quero acreditar que o ser humano é intrinsecamente bom. Mas um fato recente abala essa convicção. Zé Genoino, o mensaleiro do PT que teve a indulgência do STF e ficará em prisão domiciliar, ameaça assumir uma cadeira na Câmara”, lamentou o jornalista, no fim do ano passado, em um post no Facebook. “Trata-se de um político que perdeu as cordas vocais depois que assinou, em nome do PT, empréstimos fraudulentos quando presidente do partido”, acusou, logo ele,  responsável por notas fraudulentas em favor do mesmo Marcos Valério.
O jornalista também se mostrou indignado por causa de críticas do ex-ministro José Dirceu à ex-ministra Marina Silva, hoje no PSB, segundo mensagem postada no Twitter em 5 de outubro:



Laerte Rimoli@RimoliLaerte 

Zé Dirceu, chefe da quadrilha do mensalão do PT, condenado pelo STF, cobra humildade da Marina. Escárnio. Vai pra cadeia, cara.


Corrigida, a dívida de Rimoli soma 179 mil reais. Foi justamente para evitar o bloqueio de seus bens pela Justiça que o jornalista entrou com o recurso no TCU para dividir o pagamento em 36 parcelas, a partir do início deste mês.
Procurado por CartaCapital, o ex-assessor do ministério informou ter assinado documentos referentes a pagamentos feitos por gestores que o antecederam no cargo por ordem de Walter Alvarenga, chefe de gabinete do ministro Caio Carvalho. Mas, segundo o TCU, as notas frias foram emitidas para a SMP&B entre julho e dezembro de 2002, período em que Rimoli ocupou a função no ministério. Confrontado com a informação, o atual assessor parlamentar do PSDB alegou ter agido com ingenuidade e ter sido vítima da própria “estupidez” gerencial e administrativa. “Sou jornalista, não burocrata.”
Em um dos contratos, descobriu o TCU, embora os recursos tivessem sido destinados para três “Programas de Trabalho”, apenas dois foram consignados, uma forma de gerar verbas excedentes a serem relocadas em outros contratos. Em seguida, uma série de aditivos foi autorizada de modo a aumentar o valor dos contratos. Em um deles, houve uma prorrogação de maio de 2001 a 30 de setembro de 2002, três dias antes das eleições presidenciais (o tucano José Serra perdeu para Lula).
Entre os artifícios usados no ministério para colocar dinheiro no “valerioduto”, constatou-se até uma excursão a Brasília, em novembro de 2001, de 84 estudantes do curso técnico de turismo de um colégio estadual de São Sebastião do Paraíso (MG), terra do então ministro Melles. O roteiro incluiu passeios pela capital e almoço em uma churrascaria. Para organizar o “evento”, a SMP&B recebeu 45 mil reais. Os auditores descobriram ainda que a empresa subcontratada para organizar a visita dos colegiais, a MultiAction, também pertencia a Marcos Valério.
Os ministros Melles e Carvalho não foram responsabilizados pelo TCU. Melles, atualmente deputado federal pelo DEM de Minas Gerais, pertencia ao antigo PFL quando titular da pasta. Em 2011, então secretário de Transportes e Obras Públicas de Minas, foi condenado por improbidade administrativa, ao lado da mulher, Marilda Melles, ex-prefeita de São Sebastião do Paraíso. Os dois foram denunciados pelo Ministério Público do Estado por usar recursos públicos para promoção pessoal. Em 2012, foi obrigado a deixar o cargo e reassumir sua vaga na Câmara dos Deputados.
Carvalho, último ministro da pasta na era FHC, foi presidente da São Paulo Turismo S.A., órgão de promoção turística e eventos da cidade de São Paulo entre 2005 e 2011, nas administrações de Serra e Gilberto Kassab. Atualmente,  ele é diretor-geral da Enter, empresa de eventos do Grupo Bandeirantes de Comunicação.
Fonte: Revista Carta Capital

sábado, 19 de outubro de 2013

Tarifa zero: transporte público é de graça em Muzambinho, MG

Na cidade de pouco mais de 20 mil habitantes, ninguém paga por ônibus.
Serviço foi criado em 2011 e funciona de segunda a sexta-feira.

A insatisfação com o serviço e o preço cobrado pela passagem do transporte público tem sido o principal alvo dos manifestantes em todo o Brasil. Mas, pelo menos em Muzambinho (MG), esse não foi o motivo dos protestos na cidade. Isso porque no município ninguém paga para andar de ônibus.
A cidade de pouco mais de 20 mil habitantes tem transporte coletivo desde outubro de 2011. A cada viagem, os veículos percorrem 28 quilômetros de ruas e avenidas, passando por vários bairros. Nos ônibus, há roletas, mas não existem cobradores. Basta passar e seguir viagem sem nenhum gasto. Diferente de cidades onde o transporte público é complicado e superlotado, em Muzambinho, geralmente, todos os passageiros ficam sentados.
"Pra mim, pra ir trabalhar, é de grande ajuda já que eu sou autônomo, não tenho carro. Facilitou muito para mim, para minha esposa, minha família", diz o desenhista Paulo de Melo.
O serviço é oferecido de segunda a sexta-feira nos horários de maior movimento: de manhã, no fim da tarde e na hora do almoço. Mesmo sendo de graça, alguns moradores acreditam que o serviço ainda pode melhorar. Uma das principais reclamações é de que faltam mais horários.
"Após o almoço não tem horários. Mas o serviço é bom, antes o povo tinha que ir de táxi, andar a pé", diz a babá Talita Vasconcelos.
Segundo o prefeito Ivan de Freitas, a demanda ainda não justifica um aumento no número de horários. Ele explica que apesar do município conseguir manter o transporte de graça, a possibilidade de cobrança da tarifa não é descartada.
População tem acesso a ônibus de graça em Muzambinho (Foto: Reprodução EPTV)População tem acesso a ônibus de graça em Muzambinho (Foto: Reprodução EPTV)
"Para manter este trabalho, outros serviços têm que ser sacrificados. Obras, recuperação de ruas, de estradas. Nós vamos assegurar esse transporte gratuito enquanto nós pudermos", diz o prefeito, que não informou quanto o município gasta atualmente para arcar com o serviço à população.
Alguns moradores dizem que até aceitariam se o serviço fosse cobrado. "Pode até cobrar um pouquinho, é até certo, mas o que nós desejaríamos é que isso (serviço de graça) não parasse, já que é uma ajuda muito grande", completou a manicure Mirian da Silva.
Fonte: G1

PM que baleou ladrão de moto recebe a honraria mais alta da corporação

O policial militar que deu dois tiros em um assaltante (veja o vídeo) no último sábado (12) na Penha, zona leste de São Paulo, foi condecorado com a medalha Láurea de Mérito Pessoal em 1º Grau. Esse é o grau mais alto de honraria que a PM concede a profissionais que se destacam em atos de bravura. 
O oficial está afastado por alguns dias devido a uma cirurgia que já estava marcada. Ele continua exercendo suas funções na corporação e não sofreu nenhuma punição.
Em nota, a Polícia Militar disse que "as imagens mostram uma ação legítima, praticada segundo o procedimento operacional padrão e a postura do oficial em seu horário de folga, pondo em risco a própria vida, demonstra profissionalismo e devoção à causa pública". 
Em entrevista à rádio Bandeirantes, o oficial que pediu para não ser identificado, disse que a ação foi bem sucedida pois reduziu a possibilidade de resistência do assaltante. O policial disse que só reagiu e atirou no bandido quando "ele resistiu e tentou tirar a arma da cintura". 

O CRIME 

O vigilante se dirigia ao Salão Duas Rodas, que acontecia no Anhembi, zona norte da capital, quando foi abordado por dois homens no cruzamento das Doutor Assis Ribeiro e Gabriela Mistral, na Penha. O crime ocorreu por volta das 15h de sábado (12). 
Leonardo Santos estava na garupa de uma Honda Twister vermelha. No vídeo é possível ver que ele aponta uma arma para a vítima e exige que ele entregue o veículo. 
Em seguida, Santos sobe na moto e guarda a arma na cintura. Segundo a Polícia Civil, um policial militar fardado, que estava parado no sentido oposto da via, dá voz de prisão aos assaltantes. 
Ao ver o policial, o assaltante põe a mão na cintura e aponta o revólver calibre 38 para o PM, que reagiu fazendo dois disparos contra ele. 
Em nota, a Polícia Militar informou que "a análise preliminar do vídeo sugere que a ação do policial militar foi legítima e correta, com a observância das técnicas policiais. No vídeo de 2 minutos e 13 segundos, aos 59 segundos é possível ver nitidamente que o assaltante apontou sua arma em direção ao PM". 
A corporação disse que o policial "demonstrou preparo e compromisso com a causa pública, defendendo a sociedade de criminosos violentos". 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

OLHA ..... O CAFEZINHO !

Dois leões fugiram do Jardim Zoológico.
Na fuga, cada um tomou um rumo diferente.
Um dos leões foi para as matas e o outro foi para o centro da cidade.
Procuraram os leões por todo o lado, mas ninguém os encontrou.
Depois de um mês, para surpresa geral, o leão que voltou foi justamente o que fugira para as matas.
Voltou magro, faminto, alquebrado.
Assim, o leão foi reconduzido à sua jaula.
Passaram-se oito meses e ninguém mais se lembrou do leão que fugira para o centro da cidade, quando um dia, o bicho foi recapturado.
E voltou ao Jardim Zoológico, gordo, sadio, vendendo saúde.
Mal ficaram juntos de novo, o leão que fugira para a floresta perguntou ao colega:
- Como é que conseguiste ficar na cidade esse tempo todo e ainda voltar com saúde? Eu, que fugi para a mata, tive que voltar, porque quase não encontrava o que comer...
O outro leão então explicou:
- Enchi-me de coragem e fui esconder-me numa repartição pública. Cada dia comia um funcionário e ninguém dava por falta dele.
- E por que voltaste então para cá? Tinham-se acabado os funcionários?
- Nada disso. Funcionário público é coisa que nunca se acaba... É que eu cometi um erro gravíssimo. Já tinha comido o diretor geral, dois superintendentes, cinco adjuntos, três coordenadores, dez assessores, doze chefes de seção, quinze chefes de divisão, várias secretárias, dezenas de funcionários e ninguém deu por falta deles! Mas, no dia em que comi o desgraçado que servia o cafezinho... Estraguei tudo!
MORAL DA HISTORIA:
 Nunca mexam com pessoal do cafezinho!!!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

O policial cumpriu seu dever. As redes sociais é que estão fora de si 174


Leonardo Sakamoto


   Um rosário de lei-tores pediu mi-nha opinião so-bre o caso do policial militar que deu voz de prisão a dois bandidos que haviam acabado de roubar uma moto a mão armada. Como um deles esboçou uma reação, o policial atirou duas vezes, ferindo-o na perna e no abdômen. Toda a ação foi gravada por uma câmera da vítima.
Sobre o ato em si, não há muito o que dizer. Na minha opinião, o policial cumpriu seu dever.
Não gosto de assaltos a mão armada e não gosto de pessoas baleadas. Não quero que vítimas sejam abatidas, nem policiais, nem assaltantes. Aliás, não quero ninguém ameaçando a vida de ninguém. Mas não importa do que gostemos, a vida acontece independentemente disso. Diminuir a chance de assaltos e de pessoas baleadas está a nosso alcance, mas isso é outra história.
De qualquer forma, é um caso trágico em todos os sentidos, que não deveria ser comemorado.
         Contudo, o que vi nas redes so-ciais após o ca-so foi uma ca-tarse, com hor-das celebrando que uma pessoa foi abatida. Li gente pedindo sangue, literalmente. E, apesar de  não ser um caso de “justiça com as próprias mãos”, mas sim de ação da força policial, vi quem se aproveitasse da situação para exigir que julgamentos sumários sejam feitos para acabar com a criminalidade.
Chega de julgamentos longos e com chances dos canalhas se safarem ou de “alimentar bandido” em casas de detenção. Execute-os com um tiro, de preferência na nuca para não gastar muita bala, e resolve-se tudo por ali mesmo. Limpem a urbe para os “homens de bem”.
Neste momento do texto, alguém com graves problemas cognitivos dirá: “ah, você já vai começar a defender bandido”" Não vou tentar explicar, novamente, que não, pois perdi a esperança de que esse tipo de pessoa venha a entender esse debate. Estou falando com os outros, que podem discordar desse ponto de vista, mas que absorvem o contraditório e refletem sobre ele.
     O Es- tado – esse cre- tino opressor de uma figa – está aí para impedir uma catástrofe maior – pelo me- nos, enquanto não tivermos consciência o suficiente para tomar o seu papel.
E, como já disse aqui antes, ao criticar esse discurso fácil que defende execuções públicas, não estou do lado do “bandido”, mas sim do pacto que os membros da sociedade fizeram entre si para poderem conviver em harmonia. Em suma, abrimos mão de resolver as coisas por nós mesmos para impedir que nos devoremos. E que, em uma decisão equivocada tomada na solidão emotiva do indivíduo, mandemos para a Glória alguém inocente.
Para muita gente, execuções sumárias são lindas, seja feita pelas mãos da população, seja pelas do próprio Estado, ao caçar traficantes em morros cariocas ou na periferia da capital paulista. Se com o devido processo legal, inocentes amargam anos de cadeia devido a erros, imagine sem ele?
      De tem- pos em tempos, a violência causada pelo crime organizado retorna com força ao noticiário, normalmente no momento em que ela desce o morro ou foge da periferia e no, decorrente, contra-ataque. Neste momento, alguns aproveitam a deixa para pedir a implantação de processos de “limpeza social” e de execuções de bandido.
Mas, como todos nós sabemos, a pena de morte já existe em São Paulo e no Rio de Janeiro, apesar de não institucionalizada, como instrumento de controle policial ou de justiciamento pelo crime organizado. Há também milícias, envolvendo policiais, que se especializaram nisso, inclusive, ao avocar para si o monopólio da violência que, por regra, deveria ser do Estado.
Para contrapor os bandidos, muitos defendem o terrorismo de Estado ao invés de buscar mudanças estruturais (como garantir real qualidade de vida à população para além de força policial dia e noite).
Novamente, para quem desligou o cérebro: ninguém está defendendo o crime, muito menos bandidos e traficantes (defendo a descriminalização das drogas como parte do processo de enfraquecimento dos traficantes e pelas liberdades individuais, mas isso é outra história).
Boa parte da população, apavorada pelo discurso do medo, mais do que pela violência em si, tem adotado a triste opção de ver o Estado de direito com nojo. O que anos de políticos imbecis, apresentadores de TV safados e estruturas conservadoras, como a família, a igreja e a escola, têm pavimentado dificilmente será desconstruído do dia para a noite.
Do meu ponto de vista, Justiça divina não existe. O universo não conspira a favor ou contra nada. Se alguém morre ou alguém vive não é por culpa do capeta ou graças a Deus. Por isso, desejo tanto que nossa Justiça funcione aqui e agora, punindo culpados, de acordo com o Código Penal, e prevenindo as origens da criminalidade, de acordo com a Constituição. Ladrões de motos ou empresários que desviam milhões, da mesma forma. O que está em jogo aqui é que tipo de Estado e de sociedade que estamos nos tornando ao defendermos Justiça sem o devido processo legal ou com as próprias mãos.
Lembrando que o poço não tem fundo.


Professor que assumiu homossexualidade é apedrejado até a morte

A hipótese de crime homofóbico está sendo investigada pela polícia.

Aluna contou que o professor era uma pessoa divertida e que amava o que fazia. “Ontem, durante a aula, ele estava tão alegre; falou que iria viajar, é inacreditável”.
Foi encontrado morto no começo da manhã desta sexta-feira, 11, no fundo da Escola de Tempo Integral (ETI) Eurídice de Melo, no Jardim Aureny III, em Palmas, o professor Arione Pereira Leite, de 56 anos. Ele foi apedrejado na cabeça, sofreu afundamento craniano e morreu no local.
O corpo estava próximo ao carro da vítima, na Rua 26. Uma das três filhas de Arione foi até o local e fez a identificação do cadáver, uma vez que não foram encontrados documentos pessoais com o professor. De acordo com a Polícia Militar (PM), a pedra usada no crime tinha cerca de 15 cm de diâmetro.
Professor que assumiu homossexualidade é apedrejado até a morte
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e após a confirmação da morte do professor, o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) da capital. A lideração deve ocorrer nas próximas horas.
Natural da cidade de Novo Acordo, Arione morava na quadra 1.104 sul e dava aulas de português na Escola Municipal Aurélio Buarque, onde trabalhava há 5 anos. Segundo amigos, ele havia assumido a homossexualidade recentemente. A hipótese de crime homofóbico está sendo investigada pela Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Abalada, Bethânya Gabrielle, que era aluna da vítima, contou, em entrevista à REDE TO, que Arione era uma pessoa divertida que amava o que fazia. “Ontem durante a aula, ele estava tão alegre; falou que iria viajar, é inacreditável”, disse.

O presidente do Grupo Ipê Amarelo pela Livre Orientação Sexual, Henrique Ávila, afirmou que só este ano, foram três homicídios motivados por razões homofóbicas na capital tocantinense. “Estamos entristecidos com a notícia e isso só reforça a necessidade do governo em criar medidas emergenciais para o fim da homofobia em nosso estado, pois os crimes de ódio só estão aumentando e o governo não toma uma postura diante de tudo”, afirmou.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Quase 2 milhões de famílias aumentaram renda e abriram mão do Bolsa Família

A turma que deu adeus à ajuda federal equivale a 12% das 13,8 milhões famílias atendidas atualmente. 


Correio Braziliense - Renata Mariz e Étore Medeiros


 (Daniel Ferreira/CB/D.A Press)


Ao unificar e aperfeiçoar diferentes programas sociais, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva abusava da metáfora do peixe para se defender dos que acusavam o então recém-lançado Bolsa Família de projeto meramente assistencialista. Passados 10 anos da iniciativa, 1,7 milhão de famílias conseguiram “aprender a pescar”. Deixaram de receber o repasse mensal, cujo valor médio é de R$ 152,35, porque conseguiram aumentar a própria renda, extrapolando o limite de R$ 70 per capita. A turma que deu adeus à ajuda federal equivale a 12% das 13,8 milhões famílias atendidas atualmente. Sem contar as 6 milhões que saíram do programa por outros motivos, como deixar de cumprir as condicionalidades e fraudes.

Não há resposta exata sobre o que o número significa. Para o professor da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP) Paulo Feldmann, fica claro que o governo não conseguiu ensinar a pescar. “Mas dar o peixe, apenas, também era importante, pois havia gente passando fome no país”, assinala. Ele considera que, passados 10 anos de Bolsa Família, seria necessário investir mais na qualidade da escola. “Talvez criando uma prova nacional, para avaliar o desempenho das crianças, só exigir frequência ajuda, mas não muda a realidade”, afirma Feldmann.


Prêmio na escola

Moradores de Valparaíso (GO), Carlos Espíndola e Regiane Dias de Albuquerque, que recebem R$ 95 mensais do Bolsa Família, contam que já mantinham o cartão de vacinação das crianças sempre atualizado e acompanhavam de perto o desempenho escolar dos três filhos — um garoto e duas meninas. Elas foram inclusive premiadas no colégio pelo comportamento e pelo desempenho exemplares.

“O Bolsa Família serviu como mais uma ajuda para o orçamento, em benefício das crianças. Compramos coisas para a escola e também cuidamos da alimentação. Elas adoram leite, e o biscoito também não pode faltar”, conta o mecânico, que ensina as crianças a regrarem o consumo dos lanches, para não faltar no fim do mês.


Motociclista diz que PM foi "santo homem"

Ação criminosa, que terminou com um bandido baleado, foi registrada por câmera no capacete da vítima


Ao parar em um semáforo com sua motocicleta, a vítima foi abordada por dois criminosos em outra moto, sendo que um deles o ameaçou com um revólver. Quando se preparava para fugir, a dupla foi surpreendida por um cabo da PM que passava pelo local de carro. Fardado, o agente atirou duas vezes contra o bandido armado, que caiu ferido e foi preso. O outro ladrão conseguiu fugir.

"Foi meu salvador. Na hora eu pensei: 'Graças a Deus que apareceu um santo homem na minha frente para resolver a situação' ", disse o motociclista assaltado, que trocou poucas palavras com o policial e apenas teve a chance de agradecê-lo.

A vítima, que teve sua identidade preservada, confessou que teve medo de morrer ao pensar que o bandido poderia ter disparado se tivesse notado a câmera acoplada em seu capacete. "Ele estava com o dedo no gatilho", afirmou.

Em conversa com a BandNews FM, o motociclista disse pode se desfazer do veículo após o susto. "Estou pensado em passar ela para frente, em vender, não desejo isso para ninguém", justificou.

O assaltante ferido levou dois tiros e foi levado para o pronto-socorro do Hospital do Tatuapé, onde foi atendido. Segundo a instituição médica, ele passa bem e não corre risco de morrer.



domingo, 13 de outubro de 2013

Os novos cenários na pesquisa só beneficiam Dilma

 Os novos cenários na pesquisa só beneficiam Dilma
Enganou-se o presidenciável Eduardo Campos ao prever que a sua aliança com Marina Silva provocaria um "terremoto" na campanha presidencial. Por enquanto, pelo menos, isso não aconteceu, como mostra a primeira pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado, com os novos cenários para 2014.
Ao contrário, sem Marina no cenário mais provável, em que Eduardo é o candidato do PSB e, Aécio Neves, o do PSDB, os números só beneficiaram a presidente Dilma Rousseff, que ampliou sua vantagem para vencer já no primeiro turno.
Com o dobro das intenções de voto de Aécio ( 42% a 21%) e 27 pontos à frente de Eduardo, Dilma também venceria em qualquer simulação de segundo turno, quando são incluídos os nomes de Marina e do tucano José Serra, que ainda não desistiu da sua candidatura presidencial. Com 36%, Serra só lidera a tabela dos índices de rejeição.
É preciso lembrar que a pesquisa foi feita após o grande carnaval promovido na mídia com a inesperada aliança da Rede de Marina com o PSB de Eduardo, que ocuparam todos os espaços do noticiário político durante a última semana, e ainda tiveram os 10 minutos de um programa muito bem produzido, levado ao ar na última quinta-feira.
O governador pernambucano Eduardo Campos, que passou a semana administrando os primeiros atritos entre marineiros e socialistas, e adiou para 2014 a decisão sobre quem vai ser candidato a presidente pelo PSB, tem pelo menos um motivo para comemorar. Pela primeira vez, o ex-aliado de Lula aparece com dois dígitos na pesquisa, chegando a 15% em diferentes cenários.
O quadro é ainda mais favorável para o PT na tabela da intenção de voto espontânea, que não chegou a ser destacada na análise da Folha. Sem a apresentação de nomes dos candidatos, Dilma tem 17% e Lula 6%, enquanto Aécio e Marina empatam em 4%, e Serra e Eduardo aparecem com 2% cada um. Com Dilma e Lula (23%), o PT tem quase o dobro das intenções de voto nos demais candidatos (12%) nesta pesquisa.
De toda forma, repito mais uma vez que é muito cedo para se fazer análises definitivas sobre a eleição de 2014, enquanto não forem divulgadas novas pesquisas e não se tiver uma visão mais clara sobre as projeções dos indicadores econômicos do país nos primeiros meses de 2014. Passada a euforia dos que estavam em busca de uma terceira via para enfrentar o favoritismo de Dilma, esta pesquisa do Datafolha recoloca a disputa presidencial praticamente no mesmo patamar daquelas que foram divulgadas no primeiro semestre, sem grandes novidades.
FONTE: Blog do Kotscho