sábado, 31 de maio de 2014

TRANSPOSIÇÃO DO S. FRANCISCO FAZ CIDADES RENASCEREM NO INTERIOR DE PE


Umãs (PE) localizada numa região que já foi quilombo, a cidade hoje vive dias de pujança econômica



Aumento de empregos e circulação de dinheiro amplia o comércio, valoriza terrenos e muda a vocação de cidades inteiras em Pernambuco, como Umãs.


Uma localidade sem desemprego, com circulação de dinheiro e um povo sempre feliz parece impossível, mas a Vila Umãs é assim. Localizada em uma área que no século passado foi quilombo, o distrito de Salgueiro é hoje uma região que vive um de seus melhores momentos, desde sua instalação, em dezembro de 1948.

Muitos moradores do local, que antes viviam procurando trabalho, tornaram-se funcionários das empresas que atuam nas obras do Projeto São Francisco, e os pequenos armazéns se tornaram mercados agitados. Isso mudou o comportamento dos habitantes, agora sempre sorridentes. Mas para que tudo seja perfeito, só falta chover. Só assim os poucos agricultores locais possam plantar cebola, a cultura regional.



Antonio leva produtos que cultiva na zona rural para vender na cidade


Logo nas primeiras horas das manhãs, Antônio Augusto Ribeiro, de 66 anos, deixa seu sítio em direção a Umãs, em cima de uma bicicleta com um cesto na garupa cheio de verduras para vender. Mas, nem sempre, o produto chega a Salgueiro. “Vendo tudo pelo caminho. O povo está comprando muito”, conta Antônio.

“Se tivesse mais, com certeza tinha vendido”, acrescenta o aposentado, que lamenta não poder trabalhar nas obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco, onde tem amigos, sobrinhos, primos, e outros parentes empregados.

Durante o dia, a vila fica parcialmente vazia, apenas algumas pessoas andam pelas ruas de paralelepípedos, principalmente as mulheres. A maior parte delas saem de comércios espalhados pela praça onde fica a pequena capela de Bom Jesus, onde começou o distrito.
Margareth comanda o caixa de um dos supermercados de Umãs: “muito movimento”.


E lá que centenas de pessoas se reúnem em mesas para ver a atração do Umãs Clube, o local da diversão dos moradores aos sábados. A sorridente Marta Margarete Ferreira, de 28 anos, parece ser o retrato da vida nova na vila. Caixa de um supermercado, ele conta que tudo mudou a partir das obras.

A morena conta que seu namorado, vizinhos e vários parentes foram contratados pelas empreiteiras e as vendas de seu patrão vão muito bem. “Ele ampliou o mercado em dezembro passado”, conta Marta.

Ela explica que, até então, só negociavam com funcionários públicos que trabalhavam em Umãs. O resto da clientela era formada por moradores das áreas rurais. Com o aumento do fluxo de dinheiro na região, o comércio adotou mais uma novidade: aceita cartões de crédito, débito e vale-alimentação, a mais nova moeda circulante nos armazéns da vila.
Helenilde faz compras enquanto o marido trabalha no projeto São Francisco. “É bom demais”, diz





O supermercado fica lotado pela manhã e no final do dia, quando o movimento aumenta com a chegada dos trabalhadores. Uma das clientes é Helenilde Gonçalves Pereira Angelim, cujo marido trabalha na transposição.

“Ave, Maria, foi bom demais”, comemora a mulher, se referindo à contratação do esposo.

Com o dinheiro dos salários, o casal já começou a construir uma casa. O material é adquirido na loja onde trabalha Rafaela Souza Lima Torres, que quase não tem tempo de atender o telefone de pedidos, já que o balcão está sempre cheio de clientes a espera de atendimento.

Ela conta que os materiais mais vendidos são o cimento, cerâmica e tinta. “Há muitas construções, mas o pessoal está reformando também”, diz Rafaela, enquanto atende Valdenir Pereira Vasconcelos, um dos pedreiros disputados em Umãs.

“O dinheiro está circulando bastante e tem melhorado muito a vida”, afirma o pedreiro, apressado em direção ao trabalho.

Cruzando a mesma rua passa em uma moto Antônio Soares Ferreira, carregando uma grande caixa de isopor com tilápias e tambaqui, trazidos da Paraíba. Sem abaixar o preço, ele conseguiu aumentar as vendas e conquistar novos fregueses por causa da circulação de mais renda na vila.

“Antes, vendia 50 quilos por semana. Agora, vendo 100”, conta orgulhoso.

“A obra do Projeto São Francisco tinha que ser feita antes, demoraram muito para isso acontecer”, lamenta o vendedor, exibindo o mesmo sorriso no rosto que seus conterrâneos.

Antônio dobrou a venda semanal de peixes. “Antes, vendia 50 quilos. Agora, vendo cem!”.





Com 2,1 mil habitantes e a pouco mais de 27 quilômetros de Salgueiro, o Distrito de Umãs, assim como a região, virou um canteiro de obras. São loteamentos que no futuro serão condomínios. Com isso, o preço da terra se valorizou.

Edvaldo José dos Reis, que nasceu em Umãs, há 60 anos, que o diga. Ele tinha uma área que valia R$ 4 mil. Um ano e meio depois, vendeu por R$ 20 mil. “Tudo graças ao Projeto São Francisco”, comemora.

Moradores que não foram para o canteiro de obras continuam tentando a vida na roça, como Antônio Ribeiro. O aposentado gosta mesmo é da lavoura, de plantar cebola, tomate e verdura, mas está impedido enquanto a chuva não chega.

“As águas foram poucas nos últimos anos, mas deve melhorar”, conclui o aposentado que espera por dias melhores, como os que vivem os moradores de Umãs.






sexta-feira, 30 de maio de 2014

Vidro do observatório da Willis Tower, 2o prédio mais alto do mundo, racha com família em cima

Foto: Gawker/Divulgação
A Willis Tower, em Chicago, é o segundo prédio mais alto do mundo com 510 metros de altura. O observatório da torre, com 412 metros de altura, é uma das atrações turísticas da cidade: um espaço de vidro onde é possível olhar para baixo e vislumbrar a bela paisagem da terceira maior cidade norte-americana. Mas se você tem medo de altura, pode parar de ler o post aqui!

Segundo informações do Gawker, o vidro do chão do observatório da Willis Tower rachou quando quatro integrantes de uma família californiana estava em cima dele. "Uma experiência e sensação assustadoras", disse Alejandro Garibay, em entrevista à NBC. A ironia é que antes da família subir no vidro, os seguranças do prédio brincavam dizendo que o vidro era inquebrável.
"Os funcionários ficaram assustados, pediram para que nós descêssemos e chamaram os técnicos responsáveis pelo observatório", concluiu Garibay. O observatório é feito com três camadas de vidro e cada uma das lâminas tem cerca de 1,25cm. Segundo a Willis Tower, o espaço é capaz de suportar um peso de até cinco toneladas. Muito assustador! Você teria coragem de subir no deck e olhar os 103 andares abaixo?






quinta-feira, 29 de maio de 2014

Imprensa escondeu pesquisa Ibope com apoio a Jango


jango ok Imprensa escondeu pesquisa Ibope com apoio a Jango
O caro leitor sabia que, ao contrário do que nos foi vendido ao longo de todos estes anos, João Goulart, o Jango, presidente deposto por um golpe militar, civil e midiático, em 1964, tinha amplo apoio popular e seria reeleito, segundo pesquisas do Ibope feitas nos dias que antecederam a sua derrubada, e que nunca haviam sido divulgadas pela imprensa? Pois é, nem eu.
Em São Paulo, que era um dos principais redutos de oposição ao seu governo, segundo uma das pesquisas Jango tinha 69% de aprovação, com rejeição de apenas 16%. Em outra, na qual o Ibope entrevistou eleitores de oito capitais, entre os dias 9 e 26 de março de 1964, quase a metade (49,8%) respondeu que votaria em Jango caso ele pudesse se candidatar à reeleição. Ninguém ficou sabendo disso na época.
A pergunta que fica: a divulgação destas pesquisas pela imprensa poderia ter alterado o rumo dos acontecimentos, já que para derrubar Jango um dos principais argumentos utilizados pelos golpistas foi a fragilidade do presidente e do seu governo diante do "perigo comunista" que ameaçava o país? Acontece que todos os principais veículos da mídia brasileira, com exceção da "Última Hora", estavam não só apoiando os militares como engajados no movimento que levou à sua deposição.
Só agora ficamos sabendo também que, segundo o Ibope, havia amplo apoio popular às reformas (59% dos entrevistados) propostas por Jango no famoso Comício da Central do Brasil, duas semanas antes do golpe, em que ele defendia a reforma agrária, com a desapropriação de terras às margens de rodovias e ferrovias, e a encampação das refinarias estrangeiras, outro argumento utilizado para justificar o golpe. Não por acaso, certamente, a Petrobras está novamente no centro do debate político neste ano de eleições presidenciais.
No momento em que mais uma vez discutimos o papel da imprensa e das pesquisas na política nacional, após o mesmo Ibope, no prazo de apenas uma semana, divulgar dois levantamentos sobre a presidente Dilma Rousseff, com resultados bastante discrepantes, valeria a pena investigar a origem e o destino dos levantamentos inéditos que estão sendo catalogados no Arquivo Edgard Leuenroth, da Unicamp, em Campinas.
Já se sabe, por exemplo, que a pesquisa feita em três cidades paulistas, entre os dias 20 e 30 de março de 1964, ouviu 950 eleitores e foi encomendada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo, uma das entidades envolvidas na derrubada de Jango.
O Ibope entregou estas pesquisas aos arquivos da Unicamp em 2003 e só agora, quando o golpe completa meio século, os seus resultados foram revelados. Marcia Cavallari, diretora do Ibope Opinião, disse a Paulo Reda, da "Folha", que "os critérios aplicados nestes levantamentos da década de 60 são semelhantes à metodologia das pesquisas recentes do instituto e são perfeitamente confiáveis". Falta Cavallari explicar porque estes mesmos critérios levaram a resultados tão diferentes nas recentes pesquisas do Ibope sobre Dilma e por quais razões os levantamentos de 1964 permaneceram secretos por tanto tempo.
Não basta agora a mídia publicar caudalosos cadernos especiais sobre o golpe de 1964, com pencas de entrevistas e artigos tentando explicar o que aconteceu, se nada for feito no Congresso Nacional para evitar que aquela tragédia se repita e os meios de comunicação, incluindo os institutos de pesquisa, não tenham regras claras definidas na legislação para evitar que os eleitores sejam manipulados e a nossa jovem democracia novamente ameaçada.
 blog Balaio do Kotscho






terça-feira, 27 de maio de 2014

Vamos ter Copa, sim, e protestos agora ficaram patéticos

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Com apenas um protesto contra a Copa marcado para esta terça-feira, em Brasília, a onda de manifestações vai-se esvaziando, a cada dia de forma mais melancólica, mostrando que a maioria da população brasileira, que ama o futebol e não mistura seleção com política, não quer mais saber de baderna.
Vamos ter Copa do Mundo no Brasil, sim, apesar da urubuzada que sobrevoou o país nestes últimos meses e infernizou a vida de quem mora nas grandes cidades. Felipão e seus 23 convocados já estão concentrados na Granja Comary, em Teresópolis, só esperando o início jogo de estreia do Brasil contra a Croácia, no Itaquerão, daqui a 16 dias.
Foram patéticos os últimos protestos organizados pela turma do quanto pior, melhor, cada vez menores e mais radicais, a ponto de tentarem impedir a saída do ônibus da seleção que seguiu ontem do Rio para Teresópolis e, depois, a sua entrada na Granja Comari.
Empunhando bandeiras do Sindicato dos Profissionais de Educação e de partidos radicais da esquerda sem votos, um grupo de 200 professores xingou os jogadores que saiam do hotel próximo ao Galeão e chutaram o ônibus aos gritos de "pode acreditar, educador vale mais do que o Neymar". O que tem uma coisa a ver com a outra? Que direito estes vândalos travestidos de educadores têm de impedir a passagem de quem quer que seja? Outros 30 gatos pingados e irados se postaram diante dos portões da concentração em Teresópolis.
No último final de semana, em São Paulo, tivemos duas marchas que, mais uma vez, fecharam a avenida Paulista. Não são mais necessárias multidões nem grandes causas populares para interditar a principal via da maior cidade do país. De manhã, no sábado, foi a vez da autodenominada "marcha das vadias", em que mulheres desfilaram com os seios nus apesar do frio e da garoa; à tarde, apareceu um bando contra a Copa e contra tudo, que fez o mesmo trajeto, interditando ruas em direção ao centro. Em cada uma, não havia mais do que 300 "protestantes" nesta cidade de mais de 10 milhões de habitantes. Quem essa gente representa?
Diante do fracasso das manifestações anunciadas em larga escala pela mídia grande, ficamos sabendo que, há duas semanas, veio até um reforço do exterior. "Um grupo de cerca de cem ativistas, entre eles barbudos, mocinhas universitárias, skatistas e até rapazes com cara de advogado assistiam sem piscar à palestra do moço magrinho que tentava ensinar como mudar o mundo", relata Silas Martí, da "Folha".
O moço magrinho era um tal de Sean Dagohoy, do coletivo americano Yes Man, que deu uma "oficina de ativismo" no  Centro Cultural de São Paulo, para ensinar os nativos, durante três horas, a "pensar em ações de protesto contra o Mundial de futebol". Dagohoy ainda advertiu seus alunos que não poderia se responsabilizar pela "eventual brutalidade daqueles que estão no poder".
Era preciso informar ao ativista gringo que as maiores brutalidades a que assistimos nos últimos meses não partiram dos que estão no poder, mas de grupos de black blocs e outros celerados que se aproveitavam das "manifestações pacíficas" para afrontar a polícia, depredar patrimônio público e privado, saquear lojas, tacar fogo em ônibus.
Derrotados, eles podem voltar a qualquer momento, e todo cuidado é pouco. Que a bola comece logo a rolar para a gente poder mudar de assunto. Os nobres parlamentares brasileiros, por exemplo, já estão dando sua contribuição, ao anunciar que só vão trabalhar durante seis dias durante toda a Copa. Menos mal.

Agora é com você, Felipão!
blog Balaio do Kotscho












segunda-feira, 26 de maio de 2014

Verdadeiro e falso sobre a berinjela

Seu suco é capaz de reduzir o colesterol

Verdadeiro. O suco extraído é capaz de diminuir a absorção do colesterol total no intestino, quando algum produto de origem animal for ingerido durante as refeições. Entretanto, com relação à Lipoproteína de Baixa Densidade (LDL), conhecida como colesterol ruim, o suco não oferece o mesmo efeito. Vale lembrar que o LDL é apenas uma espécie de “carregador” do colesterol, que, quando em excesso, se deposita nas artérias e causa vários problemas circulatórios.


Sua farinha provoca a redução de peso

Falso. A farinha é obtida pela desidratação da berinjela, garantindo assim a concentração de todos os nutrientes e minerais. A berinjela desidratada em pó cria uma sensação de saciedade, o que favorece a menor ingestão de alimentos. No entanto, quem quer emagrecer com saúde não pode ter uma dieta à base de farinha de berinjela e de qualquer outra (tendo em vista que não existe um alimento milagroso). Quem faz alguma dieta se beneficiando de apenas um alimento está cometendo um grande erro e pode causar danos à sua saúde. Uma dieta saudável se faz com variedade de alimentos e, de preferência, com o acompanhamento de um nutricionista ou nutrólogo.


Não pode ser consumida crua


Verdadeiro. A berinjela crua contém quantidade significativa de solanina, uma substância que pode provocar graves distúrbios intestinais. Mas esse perigo desaparece rapidamente por meio do cozimento. Caso decida por assar a berinjela, ocorrerá a desidratação parcial do vegetal, o que não acrescentará calorias à sua dieta, já que 100 g representam 20 kcal. No caso da fritura, em que o óleo é incorporado nesse legume, ocorre uma adição significativa de calorias: 100 g do alimento fornecerá 220 kcal.


 Deve ser deixada de molho antes do preparo

Verdadeiro. Quando entra em contato com o ar, a berinjela escurece rapidamente. Para evitar esse processo, recomenda-se utilizar faca inoxidável para cortá-la e deixá-la de molho em água e vinagre enquanto não for preparada. Também é necessário ficar atento ao escolher a berinjela; opte sempre pelas mais escuras, firmes e brilhantes.


Pessoas com gastrite não devem consumi-la frita

Verdadeiro. Quem tem gastrite deve sempre evitar frituras e preparações muito temperadas, pois nessas condições o estômago sofre muitas irritações, agravando assim os sintomas e dificultando o tratamento da doença. O que acontece é que muitas das receitas feitas com berinjela utilizam fritura no preparo, em razão disso é bom evitar.


Traz benefícios para quem tem reumatismo


Falso. Existem relatos que associam a berinjela ao tratamento de reumatismo e gota. Acredita-se que ela ajuda a reduzir a concentração de ácido úrico no organismo, que, em excesso no sangue, se acumula em forma de cristal e gera dores nas articulações. Embora muitos admitam esse benefício, não há estudos que comprovem sua indicação para essa finalidade.





Saque, medo, vergonha e punição

Por Francisco Frassales Cartaxo
Trabalhadores rurais costumavam invadir cidades a procura de comida e trabalho, em tempo de seca braba. Levas de gente de chapéu de palha vinham dos sítios com seus bisacos na esperança de enchê-los para matar a própria fome, a da mulher e filhos. Quase sempre, o prefeito dava um jeito com a ajuda de comerciantes. Então os “invasores” regressavam a suas casas, à espera da abertura das “frentes de emergência” do governo, como eram chamados os serviços em estradas, açudes, ruas e praças, para socorrer as massas famintas do Nordeste. Aqui e acolá, porém, a assistência não chegava logo. Aí ocorriam saques a depósitos oficiais de alimentos ou a armazéns e bodegas particulares. Mas isso era raro. E hoje é coisa do passado. Mecanismos de transferência social de renda, como o Bolsa Família, sopraram para longe essa prática assistencialista rudimentar.
O que se deu em Abreu e Lima, e outros lugares da Região Metropolitana do Recife, em nada se parece com as antigas investidas de matutos famintos, acossados pela seca. E também não possui as carac-terísticas das revoltas urbanas, expressas em quebra-quebra, de trens, estações do metrô e ônibus, em cenas vistas quase diariamente na televisão. As imagens chocantes do saque em Abreu e Lima correram o mundo. A mídia, no entanto, não exibiu com igual intensidade o que sucedeu nos dias seguintes: a devolução de uma ruma de objetos furtados. Dezenas de pessoas, arrependidas, a entregar em lojas e delegacias de polícia geladeira, fogão, bebidas, alimentos, colchões, computadores etc. que haviam carregado do comércio. A maioria dos saqueadores, nos dois dias da greve da Polícia Militar, era gente comum. Idosos e jovens, mulheres e crianças iguais aos moradores de qualquer lugar. Não eram delinquentes. Nem integrantes de grupos criminosos ou partido político. Nada disso. Era gente que tem medo e vergonha. Medo de ser presa, diante da ágil e competente ação da Polícia, ajudada pelas imagens da tevê e pelos olhos eletrônicos espalhados em ruas e praças das cidades saqueadas.
Todavia, a 25 quilômetros de Abreu e Lima, no distrito de Cavaleiro, quase não houve devolução. Lá as redes de televisão não cobriram ao vivo a ação delituosa dos moradores... Restou à Polícia a investigação criminal envolvendo saqueadores e receptadores.
Como explicar tal comportamento coletivo?

A mídia está cheia de palpites, “eu acho isso, eu acho aquilo”... O governador de Pernambuco inovou ao contratar profissionais para analisar com profundidade o assunto. Pesquisadores vão ouvir participantes e moradores dos locais onde os saques foram mais fortes. Depois do exame do contexto econômico, social e político, de cruzamentos de dados, da interpretação das respostas etc. os especialistas esperam ter uma avaliação real das raízes e nuanças do fenômeno, marcado pela inusitada devolução de produtos em alguns lugares. Palmas para o governo. Agiu rápido na greve, que durou dois dias apenas, e agora quer razões consistentes para agir na paz. E haverá punição? As autoridades dizem que sim. Quem devolveu será perdoado? Dizem que não. As penas podem diminuir na forma da lei, como disse um delegado de polícia: “Se o crime é cometido sem violência e o bem devolvido, a pena pode ser reduzida de um a dois terços”. Que sirva de lição. 







A Igreja Católica reage às loucuras e irresponsabilidades do Ministro Joaquim Barbosa

domingo, 25 de maio de 2014

Os segredos da vinagreira

 

FRUTOS

NO DICIONÁRIO, mandinga é sinônimo de feitiço, bruxaria ou descarrego. Já na linguagem popular o termo bem que poderia significar “vinagreira”. Ô plantinha mandingueira danada! Hortaliça da família das malváceas, que responde cientificamente pelo nome de Hibiscus sabdariffa L., ela corre o mundo fazendo fama e enfeitiçando os que dela usufruem. Apesar de uma aparência simples, é de uma versatilidade e propriedades vitamínicas que os laboratórios sozinhos não dão conta de comprovar. Tanto que a prova dos nove dos seus benefícios vem sendo feita há pelo menos dois séculos, só que na mesa. E o resultado final dessa equação... só provando para saber.
Vinagreira, azedinha, quiabo-azedo, quiabo-deangola, rosela, groselha ou caruru-da-guiné. Não importa muito a denominação que a Hibiscus sabdariffa L. recebe por onde passa. Ao encontrar essa planta de cálice vermelho e sentir o seu característico sabor azedo, não há quem resista à tentação de usá-la na cozinha. Muito há de controvérsia na origem da vinagreira. Apesar dos que acreditam que ela se origina do continente asiático, as mais fortes teorias são que a África seja mesmo a sua terra natal. Planta de fácil cultivo, é encontrada freqüentemente em regiões de altas temperaturas, não exige solo muito fértil e não sucumbe facilmente aos ataques de insetos. É a típica planta que só precisa de sol e um terreno úmido para ser bem cultivada.
Segundo a fitoterapeuta Terezinha Rego, no alto dos seus mais de 50 anos dedicados ao estudo da Botânica, a vinagreira é de tão fácil cultivo que é preciso ter cautela para que ela não invada plantações vizinhas. Da vinagreira tudo se aproveita. Compõem pratos de saladas ou podem ser consumidas cruas, como acompanhamento – mas são refogadas que suas folhas ganham um sabor todo especial. Do cálice, que possui o sabor azedo característico da vinagreira, pode-se obter suco, da planta crua ou cozida. A geléia e o doce são feitos a partir do cálice triturado ou em pedaços, cozido com açúcar até alcançar o ponto de fervura ideal para o preparo desejado. O chá vem da simples infusão do cálice seco. Além do vinho e do vinagre, faz-se também picles, a partir da compressão de camadas alternadas do cálice com sal.
Mas é no Maranhão que a vinagreira, quando chega à cozinha, ocupa a cena de rainha do cardápio regional. Conhecida em terras maranhenses também como “joão-gome”, ela é o ingrediente básico do principal prato da culinária maranhense: o cuxá.
Das especulações feitas sobre as origens e nomes que recebe a vinagreira, uma das histórias mais interessantes consta nos estudos do pesquisador norte-americano Walter Wawthorne. Segundo ele, foi lá pelos idos do século 18, quando o Marquês de Pombal enviou para a capitania do Grão-Pará e do Maranhão uma mão-de-obra escrava vinda da Guiné, que se deu início à popularização do consumo da vinagreira nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Esse grupo de negros, chamado Mandinga, passou a trabalhar nas lavouras de arroz, onde cultivava e consumia a tal vinagreira, que em suas origens africanas era chamada kutxá.
Dizem ainda os estudos de Wawthorne que foi nesse período que o kutxá, plantado em regiões ribeirinhas da baixada maranhense, passou a ser consumido pelos negros como acompanhamento de peixe frito ou assado. Com o passar do tempo, tanto o camarão como o arroz começaram a acompanhar os pratos de kutxá, transformando-se cada vez mais no tradicional cuxá maranhense. A culinarista Raimunda Menezes de Aguiar, conhecida popularmente como Dona Diquinha, aprendeu em sua cidade natal, Codó, a receita de cuxá que faz há mais de 50 anos, para o deleite de quem procura na capital maranhense os encantos da culinária regional. Coincidência ou não, Codó (distante cerca de 300 km de São Luís) é famosa por ser a cidade onde a magia dos rituais africanos está mais presente do que em qualquer outra cidade do Maranhão. Talvez isso justifique o feitiço a mais que o cuxá de Dona Diquinha tem comparado com os outros pratos do cardápio do seu modesto restaurante.
“Você coloca a vinagreira para cozinhar, escorre, soca o gergelim no pilão e mistura com a pimenta cheirosa”, dispara a culinarista com aquela desenvoltura de quem já comemorou bodas de ouro com a cozinha e tem a receita “de cabeça”. Ela pára, ri e percebe que para os cozinheiros de primeira viagem é preciso dizer o bê-á-bá, para que o encanto final do cuxá seja o mesmo. “Você põe a vinagreira para cozinhar, sempre colocando mais água ou mais vinagreira para que não fique muito azeda”, observa. “Para cada 30 maços de vinagreira, você compra 1/2 kg de camarão seco, 1/2 kg de tomate e 'uma quarta' (expressão usada regionalmente para designar 250 g) de cebola e pimenta. Vai ainda cinco pimentas-de-cheiro e cheiro-verde a gosto”, completa Dona Diquinha. Segundo ela, basta a vinagreira estar bem cozida e escorrida para batê-la no liquidificador com os outros ingredientes. “Mas não vai sal!”, adverte. “O camarão seco já é salgado o suficiente.” Dona Diquinha diz para misturar em separado 'uma quarta' de gergelim torrado e socado no pilão com a mesma medida de farinha seca. “Numa panela, você faz o 'refugo' com óleo e massa de tomate – mas é só o biquinho da colher, para não ficar com muito gosto da massa”, observa.
Mistura-se a massa batida no liquidificador com o refogado e vai acrescentando aos poucos o gergelim e a farinha seca. “Fica sempre mexendo para o cuxá ficar liguento. Pode colocar também um pouco de camarão seco inteiro para cozinhar junto. Quando o camarão estiver cozido é porque já está pronto”, conclui, lembrando do toque final: “Só é para tampar a panela quando a massa estiver fria, senão o cuxá murcha”. Quebrando todas as tradições de se comer o prato acompanhado de camarão ou peixe frito, Dona Diquinha conta que sua freguesia é tão fascinada pelo cuxá que come o prato com qualquer tipo de comida. “Eles comem até com mocotó”, diverte-se. “Na minha casa, inclusive, pedem para servir o cuxá antes mesmo do almoço, para comer puro. Aí, sim, depois eles almoçam.”
O melhor de tudo é que no Maranhão ainda se faz o arroz de cuxá, um arroz temperado com a massa da vinagreira cozida, misturada apenas com uma paçoca de camarão seco e gergelim. “Misturo essa massa num refogado com arroz e também um pouco de camarão seco inteiro. Coloco ainda um toicinho branco cortado bem miudinho e depois jogo a água quente. O ponto é o mesmo de um arroz normal”, conclui Dona Diquinha, como quem saboreia a iguaria enquanto fala.
A mandinga da vinagreira enfeitiçou a tantos que o cuxá, a sua mais famosa derivação, está, desde 2000, entre os Bens Imateriais do Patrimônio Cultural Brasileiro. Sua imortalização assegura que as futuras gerações comerão do autêntico cuxá maranhense e que aquela plantinha tão despretensiosa realmente tinha algo a mais para oferecer.







O Nabo benefícios

O Nabo alivia a artrite reumatóide

Se está preocupado com artrite reumatóide, os nabos são um bom alimento para adicionar à sua lista de compras. 
O beta-caroteno das folhas de nabo é importante porque os baixos níveis de vitamina A, que pode ser formada no organismo a partir de beta-caroteno, são associados com artrite reumatóide.
A Vitamina A suporta o funcionamento adequado do sistema imunológico, assim como ajuda o corpo a produzir e manter as membranas saudáveis, incluindo a membrana sinovial que reveste as articulações. 

A vitamina C e a vitamina E, fornecida pelo nabos trabalham em conjunto para eliminar os radicais livres que podem agravar a lesão articular. Desde a artrite reumatóide pode causar perda óssea, aumentando assim o risco de osteoporose, o cálcio fornecido pelo nabo é também um benefício especial. 

E, como é uma excelente fonte de cobre do mineral, o nabo pode novamente ajudar as pessoas com artrite reumatóide, uma vez que o cobre é necessário para a produção de tecido conjuntivo, que é danificado nessa condição.

O Nabo ajuda a dispersar a congestão pulmonar

O nabo é um alimento eficaz para a limpeza e tratamento dos distúrbios do muco brônquico como tosse, bronquite e asma. É dito que comer nabos ajuda a dispersar a congestão pulmonar.
O Nabo ajuda a promover a saúde do colón
O Nabo tem quantidades significativas de cada membro de uma combinação estelar de antioxidantes: vitamina C, vitamina E e beta-caroteno. 

Não só a vitamina C ajuda a diminuir os níveis de radicais livres e pode ajudar a diminuir a incidência de tumores do cólon. 

A maior ingestão de vitamina E reduz a cerca de um terço, o risco de desenvolver câncer comparados com aqueles com o menor consumo deste antioxidante. O Beta-caroteno, que é um poderoso antioxidante e pode ser convertido no organismo em vitamina A, que tem sido demonstrado em alguns estudos capaz de diminuir os riscos de desenvolver, cancro tanto do cólon e como rectal. 

O Nabo também serve como uma excelente fonte de cálcio, e um maior consumo deste importante mineral tem sido associado com uma diminuição significativa no risco de cancro do cólon e recto. 

O teor de fibra dietética dos nabos acrescenta ainda mais a sua capacidade de oferecer proteção contra o cancro colorrectal.

O Nabo protege contra a aterosclerose

O Nabo tem imensos nutrientes antioxidantes que protegem contra a aterosclerose. A vitamina C, vitamina E e beta-caroteno trabalham em conjunto para ajudar a extinguir os níveis de radicais livres, minimizando assim a agregação plaquetária e LDL (colesterol "ruim"), dois mecanismos centrais para o desenvolvimento da aterosclerose. 

Além disso, a ingestão de vitamina E e vitamina C é pensado para ser associado a um composto chamado paraoxonase, uma enzima que inibe a oxidação do LDL e HDL. Como uma excelente fonte de vitamina B6 e ambos folato, os nabos também podem ajudar a prevenir a aterosclerose ou a sua progressão uma vez que ambos estes nutrientes ajudam a manter os níveis baixos de homocisteína, uma molécula potencialmente prejudicial às paredes dos vasos sanguíneos.







sábado, 24 de maio de 2014

Pressão política fez TCE liberar licitação, diz e-mail da Alstom

O Metrô paulista pressionou o TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo para que a corte liberasse uma licitação de interesse da Alstom, aponta e-mail encontrado na multinacional por autoridades federais. Uma semana após a mensagem, o TCE cassou uma decisão que bloqueava a concorrência e deixou que ela prosseguisse.
O tribunal paulista resolveu o caso todo em 15 dias, com rapidez incomum. Em geral, processos como esse demoram de 30 a 60 dias.
Posteriormente, a Alstom venceu a licitação com uma proposta acima do valor do orçamento elaborado pelo Metrô, o que é também inusual em concorrências com livre disputa entre empresas.
O e-mail trata da licitação de 2005 da linha 2-verde do Metrô para implantação dos sistemas de trens do trecho entre as estações Ana Rosa e Alto do Ipiranga, no governo de Geraldo Alckmin (PSDB).
A Alusa, concorrente da Alstom, pediu ao TCE para barrar a concorrência no dia 16 de fevereiro de 2005.
Segundo a empresa, o Metrô colocou em um só pacote da licitação quatro sistemas de equipamentos que podiam ser vendidos separadamente. Esse tipo de concentração, de acordo com a Alusa, violava a Lei de Licitações.
A legislação determina que os fornecimentos devem ser divididos sempre que possível, para aumentar a disputar e reduzir os preços.
Em 19 de fevereiro de 2005, o então conselheiro do TCE Eduardo Bittencourt acolheu o argumento e suspendeu provisoriamente a licitação. Bittencourt chegou a ser afastado do TCE pela Justiça, sob suspeita de enriquecimento ilícito, em ação judicial sem ligação com o Metrô, mas depois reassumiu o cargo.
Três dias depois, o diretor da Alstom Wagner Ribeiro enviou e-mail à colega Stephanie Brun para informar sobre a situação da concorrência.
Disse que a apresentação das propostas da licitação estava bloqueada no TCE em razão da impugnação da Alusa, e que o "cliente" (o Metrô) havia colocado em ação um "esquema político" para liberar a entrega das ofertas.
"A apresentação de propostas foi bloqueada pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo em razão de ação judicial da Alusa (empresa brasileira) contra o processo licitatório. O cliente colocou em prática um esquema político para liberar a apresentação das propostas", afirmou Ribeiro no e-mail.
No dia seguinte, o plenário do TCE confirmou decisão favorável à Alusa. Porém, em 2 de março o plenário cassou a liminar concedida por ele mesmo e liberou a licitação, como queria a Alstom.
O TCE aceitou o argumento técnico do Metrô de que a divisão no fornecimento dos equipamentos poderia comprometer a segurança e a confiabilidade dos sistemas.
A decisão foi unânime. Um dos votos foi o de Robson Marinho, investigado sob suspeita de beneficiar a Alstom em contrato de 1998. Dois meses depois do julgamento, a empresa francesa venceu a licitação em consórcio com a alemã Siemens.
Segundo delação feita pela Siemens em 2013 ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica, ela, a Alstom e outras empresas formaram um cartel para fraudar a licitação da linha 2.
Rivaldo Gomes-20.mar.13/Folhapress
Passageiros esperam para embarcar na estação Paraíso da linha 2-verde
Passageiros esperam para embarcar na estação Paraíso da linha 2-verde
OUTRO LADO
O Metrô e o TCE-SP negam que tenha havido pressão de natureza política no julgamento de 2005 sobre a licitação da linha 2-verde.
Em nota, o Metrô diz que "não adota, não autoriza e desconhece qualquer conduta como a sugerida no e-mail citado pela reportagem".
Ainda segundo a nota, o Metrô "não pode responder pela troca de mensagens entre profissionais de outra empresa, em contexto desconhecido e ambiente externo à sua área administrativa".
A estatal afirma que a impugnação da Alusa não foi bem-sucedida em razão da "indivisibilidade do objeto da concorrência e a possibilidade, prevista no edital e na lei, da formação de consórcios".
O TCE informa que suas decisões "apoiam-se em considerações de ordem técnica e de conveniência do interesse público" e que a licitação da linha 2 não fugiu à regra.
Quanto à rapidez no julgamento, a corte diz que "o prazo de apreciação deste processo não destoa da esmagadora maioria dos feitos da espécie. Nesse contexto, a expressão 'esquema político' soa extravagante".
O advogado de Eduardo Bittencourt, Paulo Sérgio Santo André, afirma que as decisões no caso da licitação da linha 2 "pautaram-se pela estrita legalidade, tanto que posteriormente foram confirmadas pelo Plenário". O defensor diz que há irregularidades na ação judicial contra Bittencourt e a Justiça reconhecerá a inocência dele.
A Alstom afirma que "não concluiu a avaliação do processo" e não se manifestou.

Robson Marinho disse ao plenário do TCE em 14 de maio que nunca recebeu suborno de qualquer empresa






segunda-feira, 19 de maio de 2014

Google vai virar montadora e fabricar carro que dirige sozinho

carro autônomo do Google | Divulgação - Google
Carro com capacidade para duas pessoas não tem volante ou pedais
O Google vai começar a fabricar seus próprios carros que dirigem sozinhos, em vez de adaptar veículos fabricados por outras montadoras.
O carro, com capacidade para apenas duas pessoas, não terá volante ou pedais, contando apenas com um botão de partida e parada.
Fotos divulgadas pelo Google mostram o protótipo do pequeno veículo, que tem uma "cara amigável" com o objetivo de convencer as pessoas a aceitarem mais facilmente a tecnologia da direção autônoma.
O co-fundador da gigante de tecnologia, Sergey Brin, revelou os planos da empresa em uma conferência na Califórnia.
"Estamos muito animados com esse carro. É algo que vai nos permitir ampliar as capacidades da direção autônoma e entender suas limitações", afirmou Chris Urmson, diretor do projeto de autodireção do Google.
Ele acredita que os carros vão "melhorar a vida das pessoas ao transformar a mobilidade".
Mas alguns pesquisadores que atuam nesta área estão investigando os potenciais malefícios deste tipo de tecnologia.
Eles acreditam que os veículos podem piorar o trânsito das cidades à medida que as pessoas decidem fazer longos trajetos de carro porque não terão de dirigir.

Para-brisas flexíveis

carro autônomo do Google
A visão de dentro de um carro autônomo e as imagens geradas por seu computador durante testes

A BBC obteve acesso a detalhes do projeto e ao protótipo do veículo.
O design do carro se assemelha ao de um desenho animado, não tem capô na frente e as rodas são mais afastadas para os lados.
Conta com propulsão elétrica e atinge a velocidade máxima de 40km/h.
A característica mais importante do design é o fato de não haver controles, à exceção de um botão de partida e parada.
Segundo o Google, sistemas adicionais serão instalados na fase inicial de testes para que o motorista possa assumir o controle do veículo caso haja um problema.
A dianteira do carro é concebida para oferecer mais segurança aos pedestres, com um material macio semelhante a uma espuma no lugar do tradicional amortecedor, e um para-brisas mais flexível, que pode ajudar a reduzir lesões em caso de acidentes.
Para guiar sozinho, o veículo vai usar uma combinação de sensores de laser e radar, além dos dados captados por um câmera instalada no teto do veículo.

Nas ruas em 1 ano

O Google anunciou recentemente que seus carros já percorreram 700 mil milhas de vias públicas no modo autônomo, e que agora se preparam para enfrentar o trânsito das ruas movimentadas da cidade.
A empresa planeja construir uma frota de cerca de 200 carros autônomos em Detroit, com o objetivo de utilizá-los como uma base de teste para a tecnologia autônoma.
"Vamos ver estes veículos nas ruas dentro de um ano", diz Urmson.
Defensores do projeto afirmam que carros autônomos têm o potencial de revolucionar o transporte, tornando as estradas mais seguras, eliminando ruídos elétricos, e diminuindo o congestionamento e a poluição.
Mas Sven Beiker, diretor-executivo do Centro de Pesquisa Automotiva da Universidade de Stanford, adverte que carros sem motoristas ainda podem requerer intervenção humana em situações extremas e que as pessoas podem esquecer como operar seus veículos se não o fizerem regularmente.
Isso pode ser particularmente perigoso em uma situação de emergência em que o computador não sabe como reagir, e pede intervenção de um ser humano que pode não ter prestado atenção, alertou.
"Você não vai poder perder tempo procurando o manual de instruções no porta-luvas que você nunca olhou antes", disse ele.
Ele compara essa situação à de pessoas que passam a dirigir carros automáticos e depois esquecem como conduzir os com câmbio manual.










quinta-feira, 15 de maio de 2014

Pontífice disse que mídia promove desinformação e calúnias

Papa pediu para os meios de comunicação fugirem do sensacionalismo (foto: ANSA)
Papa pediu para os meios de comunicação fugirem do sensacionalismo (foto: ANSA)
22 Março, 15:13•CIDADE DO VATICANO•ZLR
(ANSA) - O papa Francisco fez neste sábado (22) um duro discurso voltado à mídia, a quem acusou de promover desinformação, calúnia e difamação. Em uma audiência para as rádios e televisões católicas da rede Corallo, o Pontífice pediu para a imprensa fugir desses "pecados" e dar mais importância a "temas importantes" para a vida das pessoas, da família e da sociedade.
    "Hoje o clima midiático tem suas formas de envenenamento. As pessoas sabem, percebem, mas infelizmente se acostumam a respirar da rádio e da televisão um ar sujo, que não faz bem. É preciso fazer circular um ar mais limpo. Para mim, os maiores pecados são aqueles que vão na estrada da mentira, e são três: a desinformação, a calúnia e a difamação", declarou Francisco.
    Para o papa, o primeiro é o mais perigoso de todos, por fazer com que os meios de comunicação não passem as informações completas para a sociedade. "A desinformação é dizer as coisas pela metade, aquilo que é mais conveniente. Assim, aquele que vê televisão ou ouve rádio não pode ter uma opinião porque não possui os elementos necessários", acrescentou.
    Segundo o pontífice, é preciso tratar de temas importantes para todos, mas com uma "sincera paixão pelo bem comum e pela verdade", sem cair no sensacionalismo. "Nos grandes meios esses assuntos são frequentemente afrontados sem o devido respeito pelas pessoas e valores em questão", completou. (ANSA) http://www.papafrancesconewsapp.com/por/







terça-feira, 13 de maio de 2014

Dilma promete transposição do rio São Francisco concluída em 2015

A presidente ressaltou que houve subestimação da obra e reconheceu atrasos
A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta terça-feira, 13, que a conclusão das obras de transposição do rio São Francisco deve acontecer em 2015. Dilma esteve hoje visitando trechos da obra. No Ceará, ela avaliou os trabalhos no município de Jati, acompanhada do ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, e do governador do Estado, Cid Gomes (Pros).

“Quando iniciamos a obra aqui, éramos bastante inexperientes, porque o Brasil jamais fez uma obra dessa dimensão e dessa proporção (...) Tivemos um conjunto de resistências quanto uso do São Francisco”, ressaltou a presidente. Dilma reconheceu que houve atrasos no processo. “É uma obra complexa (...) Não é pura e simplesmente abrir um canal e sair botando água nele. Implica numa serie de processos que ao longo do tempo foram sendo refeitos”, defendeu.

Ela pontuou ainda que houve uma “subestimação da obra” e disse não acreditar que uma construção do porte da transposição, em outro lugar do mundo, levaria dois ou três anos para ser feita.

Discurso
Durante discurso em palanque, a presidente defendeu as melhorias para o Nordeste. “Antes, as pessoas que passavam aqui eram retirantes, que iam para o Sudeste. Essa obra traz os nordestinos que saíram daqui de volta para as suas terras. Vai garantir que nós consigamos passar por qualquer período de seca”, disse Dilma.


Redação O POVO Online
com informações do repórter Bruno Pontes (enviado a Jati)





Este é da torcida fervorosa contra o Projeto da Transposição!


A presidente Dilma visita hoje as obras da Transposição do Rio São Francisco em Jati, no Ceará. A obra parece um fantasma de concreto, pois até agora não conseguiu levar uma gota de água a lugar algum. Promessa de Lula, a transposição deveria ter sido concluída em 2010. Até hoje, porém, apenas metade das construções estão prontas. O custo da obra já pulou de R$ 4,5 bilhões para R$ 12,2 bilhões. 

Senador José Agripino, ex-arena, ex-PDS, ex-PFL, e hoje DEM, risos!
Clique na imagem acima e veja a postagem do senador Agripino no Facebook






sábado, 10 de maio de 2014

Demora da Justiça livra Luiz Estevão de duas condenações

FLÁVIO FERREIRA
FREDERICO VASCONCELOS
DE SÃO PAULO 


A demora da Justiça livrou o ex-senador e empresário Luiz Estevão da condenação pelos crimes de formação de quadrilha e uso de documento falso no caso dos desvios na construção do fórum trabalhista de São Paulo.
No sábado passado terminou o prazo legal que o Judiciário tinha para encerrar definitivamente a causa contra Estevão em relação aos dois delitos, segundo o Ministério Público Federal.
Esse tipo de situação recebe o nome de prescrição na linguagem técnica do direito. Os crimes prescreveram mesmo após o caso entrar na lista de prioridades do Judiciário nacional em 2012.
Luiz Estevão aguarda em liberdade a conclusão do processo sobre outros crimes, como corrupção ativa, enquanto outro condenado célebre do processo, o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, já cumpre pena em uma penitenciária no interior de São Paulo.
Desde o início do caso, em 1997, o ex-senador ficou dois dias na prisão, sob a acusação de falsificar livros contábeis de suas empresas para esconder os desvios nas obras do fórum.
DESVIOS
As fraudes causaram prejuízos de R$ 1,2 bilhão (valor atualizado) aos cofres públicos, de acordo com o Ministério Público.
Em 2006, Estevão foi condenado pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região a 31 anos de prisão pela prática dos crimes de corrupção ativa, peculato (desvio de recursos), estelionato, formação de quadrilha e uso de documento falso.
Como as punições destes dois últimos delitos prescreveram, a pena dele caiu para 26 anos de reclusão.
Uma das procuradoras da República responsáveis pela ação penal, Maria Luisa Carvalho, qualifica como "calamitosa" a ocorrência das prescrições e diz que isso "indica um problema de morosidade do Poder Judiciário e um abuso no uso de recursos por parte dos advogados dos réus".
Só no STJ (Superior Tribunal de Justiça) o ex-senador já apresentou mais de dez medidas judiciais desde a condenação em 2006, segundo a Procuradoria.
Antes de chegar ao fim, o processo ainda terá que passar pela última instância, o STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo os cálculos da Procuradoria, os próximos prazos de prescrição vencerão em maio de 2018 e referem-se aos crimes de peculato e estelionato.
PRIORIDADE
Carvalho aponta que as prescrições para os delitos de formação de quadrilha e uso de documento falso ocorreram mesmo após o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o órgão de controle externo do Poder Judiciário, ter incluído o caso do fórum trabalhista de São Paulo no programa Justiça Plena em 2012.
O programa do CNJ tem por finalidade monitorar o andamento de processos de grande repercussão social.
A procuradora da República diz também que a Justiça deu tratamento desigual ao ex-senador e ao ex-juiz.
Santos Neto foi para a prisão em 2000, após ficar foragido por 227 dias.
OUTRO LADO
As defesas dos réus do caso do fórum trabalhista de São Paulo negaram abuso no uso de recursos judiciais.
O advogado de Luiz Estevão, Marcelo Luiz Ávila de Bessa, afirmou que "todos os recursos interpostos estão previstos em lei".
O advogado do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, Celmo Pereira, disse que há injustiça na prisão do seu cliente, que não deve ser estendida aos outros réus.
Sepúlveda Pertence, advogado do empresário José Eduardo Ferraz, afirmou que, "ao lidar com penas de mais de 20 anos de prisão, é dever mais que sagrado se defender enquanto puder".
O advogado de Fábio Monteiro de Barros não respondeu à reportagem.
O CNJ afirma que incluiu o processo no programa Justiça Plena em maio de 2012 e o recurso no STJ foi a julgamento no mês seguinte.
O STJ não se manifestou sobre as prescrições no caso do fórum trabalhista de São Paulo