O apresentador Jorge Kajuru afirmou à revista “Placar” deste mês que a entrevista com o goleiro Bruno Souza –que está preso acusado de matar sua ex-amante Eliza Samudio, em 2010– nunca existiu.
A informação sobre a suposta entrevista foi divulgada pelo site da Folha, o F5, em setembro do ano passado. A entrevista nunca foi ao ar. Na época, o ex-advogado do goleiro, Ércio Quarema, negou que a conversa tivesse acontecido. “Essa entrevista nunca ocorreu. Eu jamais negociei entrevista alguma, não tenho contrato nenhum e não estou para receber R$ 150 mil de quem quer que seja”, disse ao UOL na época.
Segundo Kajuru, Quaresma negociou a entrevista e depois a cancelou, pois teria recebido da Record “uma proposta milionária” –o que a emissora nega.
“Foi uma mancha nos meus 35 anos de carreira”, afirma Kajuru à revista.
A informação sobre a suposta entrevista foi divulgada pelo site da Folha, o F5, em setembro do ano passado. A entrevista nunca foi ao ar. Na época, o ex-advogado do goleiro, Ércio Quarema, negou que a conversa tivesse acontecido. “Essa entrevista nunca ocorreu. Eu jamais negociei entrevista alguma, não tenho contrato nenhum e não estou para receber R$ 150 mil de quem quer que seja”, disse ao UOL na época.
Segundo Kajuru, Quaresma negociou a entrevista e depois a cancelou, pois teria recebido da Record “uma proposta milionária” –o que a emissora nega.
“Foi uma mancha nos meus 35 anos de carreira”, afirma Kajuru à revista.
Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais concluíram que o goleiro Bruno Souza está envolvido na morte da ex-namorada, Eliza Samudio.
Segundo o inquérito, ele nunca aceitou pagar pensão ao bebê que era dele. Por isso, propôs um acordo para atraí-la ao cárcere privado e depois, à morte. O atleta nega as acusações. Entenda que provas a polícia tem contra o goleiro nos quadrinhos a seguirUm dos primeiros passos da polícia foi a quebra de sigilo telefônico de Eliza. Ainda no Rio de Janeiro, ela telefone para a advogada e diz que está indo falar com Bruno sobre a pensão do bebê. Segundo a defensora, desde então, o celular da ex do goleiro permaneceu desligado.
Um telefonema é registrado no RJ.
No momento da ligação, Eliza está no Hotel Transamérica, na Barra da Tijuca, pago por Bruno; o amigo do goleiro, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, está na rua do hotel, na Range Rover do goleiro, conforme registro das antenas de telefonia locais.
Segundo a polícia, Macarrão convenceu Eliza a ir com o filho para o sítio de Bruno, em Contagem (MG)
O registro de ligações telefônicas de Bruno também mostrou contato com outros acusados. Segundo um deles, que foi anexado como prova pela Polícia de MG no inquérito, Bruno falou ao telefone com o primo adolescente enquanto o menor e Macarrão iam buscar Eliza no hotel. Com base na cobertura da antena de telefonia, a polícia traçou o roteiro de onde estava o veículo que ocupavam.
Ainda segundo a polícia, Eliza relatou a um amigo que se encontraria com Bruno para resolver seu problema; a ligação foi registrada ainda do Hotel Transamérica e confirmada pelo amigo em depoimento nas investigações
Do caminho do hotel ao apartamento de Bruno no Recreio dos Bandeirantes, é registrada uma infração de trânsito do veículo Range Rover, pertencente ao goleiro. Nesse momento, Eliza é golpeada com três coronhadas, segundo relatou o adolescente à polícia.
Laudo revelou que o sangue encontrado no carro pertencia a Eliza e ao adolescente
A polícia também acredita que Fernanda Castro, ex-amante do goleiro, tenha ajudado a manter Eliza em cárcere privado no apartamento do goleiro.
Registros telefônicos comprovam seu contato com Bruno e o menor, e o condomínio registrou sua entrada na noite em que Eliza teria sido sequestrada
Quebra de sigilo telefônico do goleiro mostra também que Bruno telefonou para o menor e, em seguida, para o administrador de seu sítio em Esmeraldas (MG), Elenílson Vitor da Silva.
A polícia acredita que o telefonema seria um aviso ao caseiro de que Eliza seria levada para o local
Segundo a polícia, Fernanda Castro cuidava do bebê de Eliza no apartamento de Bruno, no Recreio dos Bandeirantes. A entrada da ex-amante foi registrada pelo condomínio, e o menor relatou a situação de cárcere em depoimento
Nova ligação foi registrada do aparelho do adolescente, primo de Bruno. O cruzamento dos dados comprovou que Eliza utilizava o aparelho para falar com um amigo. Mais tarde, ele confirmou ter recebido o telefonema, em que Eliza dizia já estar em Minas Gerais resolvendo problemas com o goleiro
A entrada de Bruno em seu condomínio com uma BMW preta é registrada na portaria.
Às 23h42, o veículo comete uma infração de trânsito na Linha Vermelha (RJ), traçando o roteiro do início da viagem dos acusados a Minas Gerais
A Range Rover onde estão Macarrão, Eliza, o adolescente e o bebê comete uma infração de trânsito em Esmeraldas (MG).
A polícia incluiu a prova no inquérito para comprovar que o veículo deixou o Rio de Janeiro neste dia e horário
- Registro telefônico de Bruno mostra ligação para Macarrão, no momento em que ambos estão na BR 040, estrada que vai do Rio a Belo Horizonte
O trajeto do veículo usado por Bruno é remontado com base nas infrações de trânsito; outra delas é registrada já em Ribeirão das Neves (MG), cidade natal do goleiro, às 5h36
Fernanda também falava ao celular com o adolescente, segundo quebra de sigilo telefônico.
Após um dos telefonemas, os dois carros entram em um motel em Contagem (MG). Para a polícia, Fernanda combinava a entrada no local com o menor
A polícia anexou ao inquérito depoimentos de camareiras do motel e o recibo do cartão de débito de Bruno, usado para pagar pelas duas suítes
Para a polícia, o grupo deixou Eliza e seu bebê no sítio, sob a vigilância do caseiro Elenílson. Depois, foram para Ribeirão das Neves (MG), onde haveria um jogo do time de futebol do goleiro, chamado 100%.
Testemunhas confirmaram que Bruno chegou com Fernanda a um bar na cidade naquela noite
Segundo depoimento à polícia prestado por Dayanne Souza, mulher de Bruno, o bebê era chamado por todos no sítio de Ryan, e o goleiro afirmou que sua mãe o havia abandonado. A versão também é corroborada por Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno que colabora desde o início com as investigações
Bruno é visto por testemunhas em uma lanchonete em Ribeirão das Neves (MG) com Fernanda, para encontrar o time 100%. Em seguida, chegaram na Range Rover Macarrão, Cleiton Gonçalves, motorista do goleiro, e Elenílson. Eles permaneceram no local até as 3h30, segundo o dono do bar, e o diálogo da cena é presenciado por Sérgio
O trajeto da BMW de Bruno mais uma vez é traçado por meio de uma nova infração, cometida na estrada em Esmeraldas (MG). A bordo, estão Fernanda e Macarrão, indo para o RJ devolver o veículo emprestado. Às 21h do mesmo dia, Macarrão volta a BH de avião
A Range Rover é apreendida em uma blitz com a documentação atrasada na estrada próxima ao sítio de Bruno. No veículo, estavam Sérgio, o menor e Cleiton Gonçalves, conforme o relato dos policiais e registro da apreensão
O cárcere privado de Eliza continuava. Segundo o testemunho de amigos de Bruno, os acusados jogaram futebol no sítio e fizeram um churrasco, enquanto Eliza estaria trancada em um dos quartos. Os convidados, por ordem do goleiro, não tinham acesso à casa, como normalmente era permitido
Segundo Cleiton Gonçalves afirmou à polícia, Bruno o impediu de entrar na casa do sítio, à qual normalmente ele tinha acesso livre; Cleiton dirigia a Range Rover do goleiro quando o veículo foi apreendido em uma blitz por irregularidades
Dayanne afirmou à polícia que retornou ao sítio, onde ouviu música alta, o que não era habitual. Insistiu em entrar, mas Bruno a impediu. Com a insistência, ele a arrastou para dentro, onde viu Sérgio segurando o bebê de Eliza, a ex de Bruno, o menor, Coxinha, Elenílson e Macarrão. As informações foram prestadas em depoimento
Bruno e Macarrão vão até a casa da avó do goleiro, em Ribeirão das Neves, com o bebê de Eliza; a avó de Bruno, no entanto, negou que tivesse visto o neto neste dia. A informação é baseada em depoimentos de outras testemunhas no caso
A quebra do sigilo telefônico de Eliza mostra que ela conversou ao telefone com uma amiga, que confirmou a ligação. Segundo o depoimento dela, Eliza disse que estava em Minas Gerais, que iria morar lá e que Bruno havia levado seu bebê para conhecer o restante da família
A polícia baseia a saída dos réus do sítio em depoimento de Sérgio, primo de Bruno; segundo ele, Elenílson deixou o local com Coxinha, e Eliza, Macarrão e Bruno permaneceram no sítio
O adolescente disse ter presenciado uma discussão no sítio entre Macarrão e a mulher. Em seguida, Macarrão teria dito para Bruno que "estava na hora". Eliza e o bebê são colocados na EcoSport e levados por Macarrão e o menor para Vespasiano. Bruno continua no sítio
A mesma antena em Vespasiano (MG) capta ligações entre Bola, o menor e Macarrão, evidências que comprovariam que eles chegaram ao local na EcoSport de Bruno, mas que o goleiro não estava presente. Também com base na narração do adolescente, a polícia concluiu que Eliza foi morta por asfixia
Ainda segundo o adolescente e Sérgio, Eliza teria pedido para não apanhar mais. A forma como Eliza teria sido morta é baseada nos dois depoimentos, já que o corpo nunca foi encontrado para ser examinado pelo IML (Instituto Médico Legal)
Sérgio diz ainda à polícia que ele, Macarrão e o menor voltaram ao sítio com o bebê e a mala vermelha de Eliza após a morte. Depois, Bruno pediu para Dayanne cuidar do bebê até o dia 14 de junho, porque teria um jogo marcado no RJ. Sobre a ausência de Eliza, o goleiro disse à mulher que a ex voltou a São Paulo para buscar suas roupas
Sérgio, Macarrão e o menor queimam a mala vermelha de Eliza no sítio, junto com um álbum de bebê; a polícia não encontrou a mala, mas um repórter do jornal 'Folha de S. Paulo' encontrou partes queimadas de fotos de criança em um local próximo ao sítio de Bruno -provas entregues posteriormente aos responsáveis pelas investigações
Testemunhas dizem à polícia que Bruno e Macarrão chegaram juntos na EcoSport, veículo supostamente usado para levar Eliza à morte, a Ribeirão das Neves (MG), de onde partiriam com o time do goleiro, o 100%, para o Rio de Janeiro. Ambos foram vistos por mais de um dos ocupantes do veículo
Após uma denúncia anônima, de que uma mulher com um bebê teria sido espancada no sítio do goleiro, a polícia vai até o local.
A essa altura, uma amiga já havia dado parte do desaparecimento de Eliza. Ao receber os policiais, o caseiro José Roberto Machado confirma a presença de uma criança dias antes, mas Elenílson nega. Diante da contradição, ele é conduzido à Delegacia de Homicídios de BH
A polícia tenta encontrar o bebê de Eliza quando Dayanne Souza, mulher de Bruno, comparece espontaneamente à delegacia em Contagem (MG), acompanhada por Flavio Caetano de Araújo e Wemerson de Souza, o Coxinha. Ela confessa que entregou o bebê a Coxinha. A criança é encontrada na casa de uma mulher chamada Lúcia, a quem teria sido entregue por Flávio, com base em depoimentos
Na casa de Bola, a polícia afirma que o menor descreveu com detalhes os ambientes e o bairro. O menor também conta como Eliza foi morta, embora a polícia não tenha encontrado evidências concretas, como sangue. Enquanto isso, a prisão dos acusados é decretada, e Dayanne e Sérgio são presos temporariamente
De posse das informações do adolescente, a polícia chega ao ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Depois, o menor alterou seus depoimentos, dizendo que desconhecia o acusado
Bruno, Macarrão, Flávio, Coxinha e Elenílson são presos e levados à penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG); a Justiça mineira recebeu a denúncia do Ministério Público, tornando todos réus em ação penal por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, mediante meio cruel e sem chance de defesa da vítima), cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. O corpo de Eliza não foi encontrado
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