quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Como a velha UDN, os tucanos jogam sujo sonhando um dia chegar à presidência!


       A última eleição lembra aquelas épocas da UDN, então PSDB de hoje. As semelhanças são perfeitas. A UDN, a leite arrogante, dona da verdade, apontava o dedo contra os oponentes, o PSD e o PTB, e os acusava daquilo que ela mais praticava: A CORRUPÇÃO!
      E para as similitudes ficarem ainda mais reais, a corrupta UDN contava com um fortíssimo aliado: A MÍDIA!
      Nada a estranhar, a UDN e a MÍDIA queriam a todo custo manter a estrutura social carcomida do Brasil de então: A CASA GRANDE e a SENZALA. E a pobre classe média, de espírito e de bens, sempre manobrada pelos endinheirados, servia de atíete manietado a atacar as cidadelas das forças das vanguardas sociais.
      A era dos avanços veram com o fim da República Belha, começando com Getúlio Vargas e findando com João Goulart, defenestrado da presidência pelo golpe militar de 1964, fortemente apoiado pela UDN que sonhava em vão assim chegar à presidência.
Com a derrocada da ditadura e o advento da democraia, a UDN de hoje, que atende pelo nome de PSDB, conseguiram chegar à cadeira presidencial com a eleição do tucano Fernando Henrique Cardoso que realizou um governo eivado de toas as ilicitudes que se possa imaginar: desde do vilipêndio do patrimônio público, com a famigerada PRIVATARIA TUCANA, até a escabrosa compra de votos de parlamentares para a aprovação da emenda constitucional da reeleição!
            Com alguma chance de chegar ao Paláco do Planalto, os crocodilos da oposição se ouricaram e encetaram a campanha política mais suja desta nova fase democrática. O risível é que com o apoio da mídia atacava o PT acusando-o de baixarias, enquanto pratica as piores possíveis. Mas a verdade se impôs à mentira com candidata Dilma rousseff mostrando o trabalho profícuo do seu governo.
           A baixaria chegou ao auge com a Revista Veja, ou melhor um pasquim na verdade, que sem apresentar nenhuma prova concreta faz uma "reportagem" tentanto vincular às vésperas da eleição, a Presidente Dilma e o ex-presidente Lula aos episódios da Petrobrás, atitude escusa que sempre moveu a revista chinfrim contra o governo sem nenhum apego ao bom jornalismo.
      







segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Flá-flu político impede avanços na economia, diz diretor do FMI

Folha de São Paulo
MARCELO NINIO
DE WASHINGTONA nomeação de Nelson Barbosa para o lugar de Joaquim Levy no comando do ministério da Fazenda gerou temores no mercado de um retorno à chamada "nova matriz econômica", implementada no primeiro governo de Dilma Rousseff, de expansão fiscal e crédito barato.
A possibilidade de uma ruptura com a política defendida por Levy fez o dólar disparar e derrubou a Bolsa. Mas "o temor é infundado", afirma Otaviano Canuto, representante do Brasil e de outros dez países no FMI. Segundo ele, Barbosa dará continuidade a Levy. "A experiência mostra que o atalho não deu certo".
Ex-secretário de Assuntos Internacionais do ministério da Fazenda e ex-vice-presidente do Banco Mundial, Canuto foi um dos nomes lembrados para substituir Levy. Embora veja a economia brasileira sob um "choque brutal", acredita que a recuperação possa ter início no segundo semestre de 2016, caso o "flá-flu político" não impeça a aprovação no Congresso de medidas como a CPMF. A seguir trechos da entrevista:
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Folha - O mercado reagiu mal à nomeação de Nelson Barbosa. Como é possível recuperar a confiança?
Otaviano Canuto - Vai depender de passos concretos. É natural que haja desconfiança por conta da mudança. Quanto mais rapidamente o governo vier com propostas, mais forte será a percepção de que a política é a de colocar as contas em ordem. O Joaquim [Levy] deixa um legado importante graças às medidas que tomou.
Houve progresso em várias áreas, mas por causa do flá-flu político e também pela profundidade do choque que a economia está atravessando, as pessoas e a mídia não estão prestando atenção. Por exemplo, neste ano houve o maior corte discricionário de gastos desde a promulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Não foi o suficiente porque houve uma queda brutal da produção e na arrecadação. O retorno da CPMF, que espera-se, será aprovado no início do ano, dará resultado no segundo semestre. O Nelson é um cara extremamente preparado. Eu vejo muito mais continuidade.
Há risco de uma volta à "nova matriz econômica" do primeiro mandato de Dilma?
O temor é completamente infundado. O contexto em que a nova matriz foi implementada, anos atrás, era diferente do atual. Havia espaço fiscal, a hipótese de um atalho para um novo padrão de crescimento nunca tinha sido testada. Agora, a experiência mostra que o atalho não deu certo e as condições fiscais são opostas.
Na medida em que o governo demonstrar compromisso com o que propõe, a confiança retornará. A magnitude do choque tem sido brutal. O declínio abrupto do PIB não pode ser compreendido somente à luz das variáveis macroeconômicas.
Tem-se aí um processo de contaminação da política sobre a economia, na confiança do setor privado, e um desarranjo nas estruturas de mercado em todos os setores em que há relação com o setor público. O efeito imediato foi a paralisia dos investimentos diretamente ligados e um compasso de espera pelos candidatos a entrar nesse mercado. Mas tem um lado econômico positivo, que é a prevalência da lei. É um fator importante para o investimento privado.
É razoável concluir que os benefícios só serão sentidos no próximo governo?
As coisas tendem a melhorar na segunda metade de 2016. Tem uma transmissão estatística que vai fazer com que as cifras no ano que vem sejam muito ruins. Mas quero crer que a confiança voltará, na medida em que o Congresso aprove medidas, como a CPMF, que servirão como uma ponte na arrecadação. O flá-flu político dificulta.
Sou um profundo crente do pragmatismo brasileiro, inclusive do Congresso. Os congressistas sabem que, independentemente do resultado do processo político, o país também é deles. Não creio na tese do quanto pior, melhor.
Há risco de um desequilíbrio fiscal a ponto de forçar o Brasil a recorrer ao FMI?
Não creio. Existem dificuldades com horizonte de largo prazo, em decorrência da dívida, mas nenhuma parada súbita e movimento abrupto de saída de capital. Os ajustes de fluxo de capitais para o Brasil têm sido na margem, é um fenômeno que ocorre com todos os emergentes. Não há por que buscar o FMI.
Até há algum tempo o governo atribuía a crise a fatores externos. Essa narrativa está ultrapassada?
Não é coincidência que o mundo emergente esteja em desaceleração desde 2010. Há vários fatores externos em comum. A transição da China a um padrão de crescimento mais estável e menos exuberante é um deles. Isso afeta principalmente os exportadores de commodities.
As políticas de afrouxamento quantitativo não poderiam continuar para sempre. As economias emergentes puderam se defender por um tempo mediante instrumentos anticíclicos. Mas eles são "one shot"; servem para responder a um choque, mas não dão conta quando a desaceleração é muito mais estrutural e prolongada.
Para entender as dificuldades brasileiras, há sim um componente externo inegável. O que não dá, e isso também faz parte do flá-flu político, é atribuir só a um ou a outro. O resultado final é a combinação do quadro externo com uma certa demora no quadro doméstico a reagir à nova realidade. A presidente Dilma reconheceu que o manejo contracíclico no caso brasileiro se prolongou por um tempo além de sua eficácia.
O Brasil tem uma das economias mais fechadas do mundo. Qual o peso disso e o que pode ser feito para mudar?
Se engajar mais ativamente nas negociações para ajudar a economia brasileira a se abrir mais. É preciso ter uma postura mais ativa, uma diplomacia comercial mais propensa a dar para poder receber. Ficamos muito restritos com a indisposição de parceiros do Mercosul, mas as coisas estão mudando.
A mudança na Argentina é importante. A própria presidente tem mencionado que é preciso avançar na negociação Mercosul-UE. E devemos resistir à tentação do uso de medidas de proteção, que acabam servindo apenas para aumentar as rendas dos beneficiários, mas com custos para todos os outros. A economia brasileira ainda é muito protecionista.
Com atraso de cinco anos, o Congresso dos EUA destravou a reforma do FMI, que aumenta o voto dos emergentes. Qual o significado prático?
Aumenta a legitimidade do FMI, porque a governança passa a refletir melhor o mundo como é hoje. Um Fundo maior significa uma rede de segurança financeira global. Sem um FMI da magnitude necessária, os países passam a ter reservas muito maiores por precaução, o que significa imobilização de recursos. Assuntos importantes para países emergentes ganharão mais atenção. Um exemplo: as economias emergentes estão mais sujeitas que as avançadas à volatilidade de entrada e saída de capitais. Isso era meio tabu e já está ganhando mais atenção. Os emergentes passam a ter maior poder para definir o foco.
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Raio X

Otaviano Canuto

Idade
60
Formação
Doutor em economia pela Unicamp

Carreira
Diretor-executivo do FMI, representante do Brasil e outros dez países; vice-presidente do Banco Mundial; assessor para assuntos internacionais do Ministério da Fazenda 








sábado, 26 de dezembro de 2015

O dia da infâmia

FERNANDO MORAIS, 69, é jornalista e escritor. É autor, entre outros, dos livros "Chatô, o Rei do Brasil" e "Olga"

Minha geração testemunhou o que eu acreditava ter sido o episódio mais infame da história do Congresso. Na madrugada de 2 de abril de 1964, o senador Auro de Moura Andrade declarou vaga a Presidência da República, sob o falso pretexto de que João Goulart teria deixado o país, consumando o golpe que nos levou a 21 anos de ditadura.

Indignado, o polido deputado Tancredo Neves surpreendeu o plenário aos gritos de "Canalha! Canalha!".

No crepúsculo deste 2 de dezembro, um patético descendente dos golpistas de 64 deu início ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.





A natureza do golpe é a mesma, embora os interesses, no caso os do deputado Eduardo Cunha, sejam ainda mais torpes. E no mesmo plenário onde antes o avô enfrentara o usurpador, o senador Aécio Neves celebrou com os golpistas este segundo Dia da Infâmia.

Jamais imaginei que pudéssemos chegar à lama em que o gangsterismo de uns e o oportunismo de outros mergulharam o país. O Brasil passou um ano emparedado entre a chantagem de Eduardo Cunha –que abusa do cargo para escapar ao julgamento de seus delitos– e a hipocrisia da oposição, que vem namorando o golpe desde que perdeu as eleições presidenciais para o PT, pela quarta vez consecutiva.


Pediram uma ridícula recontagem de votos; entraram com ações para anular a eleição; ocuparam os meios de comunicação para divulgar delações inexistentes; compraram pareceres no balcão de juristas de ocasião e, escondidos atrás de siglas desconhecidas, botaram seus exércitos nas ruas, sempre magnificados nas contas da imprensa.





Nada conseguiram, a não ser tumultuar a vida política e agravar irresponsavelmente a situação da economia, sabotando o país com suas pautas-bomba.

Nada conseguiram por duas singelas razões: Dilma é uma mulher honesta e o povo sabe que, mesmo com todos os problemas, a oposição foi incapaz de apresentar um projeto de país alternativo aos avanços dos governos Lula e Dilma.

Aos inconformados com as urnas restou o comparsa que eles plantaram na presidência da Câmara. Dono de "capivara" policial mais extensa que a biografia, Cunha disparou a arma colocada em suas mãos por Hélio Bicudo.

O triste de tudo isso é saber que o ódio de Bicudo ao PT não vem de divergências políticas e ideológicas, mas por ter-lhe escapado das mãos uma sinecura –ou, como ele declarou aos jornais, "um alto cargo, provavelmente fora do país".

Dilma não será processada por ter roubado, desviado, mentido, acobertado ou ameaçado. Será processada porque tomou decisões para manter em dia pagamentos de compromissos sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.

O TCU viu crimes nessas decisões, embora não os visse em atos semelhantes de outros governos. Mas é o relator das contas do governo, o ministro Augusto Nardes, e não Dilma, que é investigado na Operação Zelotes, junto com o sobrinho. E é o presidente do TCU, Aroldo Cedraz, e não Dilma, que é citado na Lava Jato, junto com o filho. Todos suspeitos de tráfico de influência. Provoca náusea, mas não surpreende.

"Claras las cosas, oscuro el chocolate", dizem os portenhos. Agora a linha divisória está clara. Vamos ver quem está do lado da lei, do Estado democrático de Direito, da democracia e do respeito ao voto do povo.

E veremos quem se alia ao oportunismo, ao gangsterismo, ao vale-tudo pelo poder. Não tenho dúvidas: a presidente Dilma sairá maior dessa guerra, mais uma entre tantas que enfrentou, sem jamais ter se ajoelhado diante de seus algozes. 








quinta-feira, 2 de julho de 2015

Até onde irá Eduardo Cunha?, por Guilherme Boulos (Folha de São Paulo)

O declínio da democracia brasileira teve uma noite promissora. Trucidando o regimento, cortando microfones e deixando de lado os ritos mais elementares do Parlamento, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reverteu em menos de 24 horas a votação sobre a redução da maioridade penal.

Não foi a primeira vez. No fim de maio, havia aplicado a mesma manobra para reverter a derrota da PEC (Proposta de Emenda Constitucional), que enxerta o financiamento empresarial de campanha na Constituição. Isso em meio ao escândalo das "doações" das empreiteiras na Lava Jato. Não houve grande alarde. Por que então não tentar de novo?

Dessa vez seria até mais fácil. A construção midiática de que a violência deve ser combatida com maior endurecimento penal cimentou uma ampla opinião social em favor da redução. Tipos como Datena e Marcelo Resende fizeram sua parte.

Mesmo considerando que a reincidência no sistema prisional é três vezes maior que nas instituições para adolescentes. Mesmo sabendo que o Brasil está abaixo da média mundial no que se refere a crimes praticados por menores.

Ao contrário, o Brasil é um dos países em que se mata mais jovens. O Mapa da Violência, divulgado esta semana, mostrou que o número de homicídios contra jovens de 16 e 17 anos ultrapassou 10 por dia. Mas, nada disso importa. Era preciso reduzir a maioridade penal. Assim como era preciso aprovar o financiamento das campanhas por empresas. Assim como será preciso rever o modelo de partilha do pré-sal. Vox Cunha, Vox Dei.

Se perderem as votações, vota-se de novo. Simples assim, até ganhar. Ele é o dono da bola e faz questão de deixar isso claro. Conduz as sessões com seu sorriso cínico, deixa a votação correr até assegurar a maioria, telefona da cadeira de presidente para os deputados faltantes, convocando-os. Sem nenhum pudor impõe suas regras ao processo democrático.

Aprovará o que quiser naquela Casa. Sua meta de longo prazo é o parlamentarismo. Daremos um doce aos que acertarem quem ele imagina como primeiro-ministro. Um belo atalho ao poder máximo da República para alguém que não o conseguiria pelo voto popular.

Cunha é bom de bastidores, de lidar com deputados sedentos por pequenas vantagens. Mas uma eleição presidencial é menos recomendada para quem tem telhado de vidro. Talvez alguém resolva falar do escândalo da Telerj, ou da corrupção na Cehab (companhia de habitação do Rio), do flat luxuoso pago por um doleiro, ou ainda dos negócios escandalosos de Furnas. Talvez alguém se recorde que ele é hoje um dos principais investigados na Lava Jato.

Por enquanto, ele conta com o silêncio complacente da mídia. Nenhuma palavra sobre seu passado e seus procedimentos abusivos. Em relação a Lava Jato é como se seu nome não estivesse lá. Afinal, está prestando bons serviços aos conservadores de plantão. E segue como um trator, desmoralizando a democracia brasileira.

Aos que aplaudem, não custa lembrar o poema de Bertolt Brecht: "Primeiro levaram os negros/ Mas não me importei com isso / Eu não era negro / Em seguida levaram alguns operários / Mas não me importei com isso / Eu também não era operário / Depois prenderam os miseráveis / Mas não me importei com isso / Porque eu não sou miserável / Depois agarraram uns desempregados / Mas como tenho meu emprego / Também não me importei / Agora estão me levando / Mas já é tarde / Como eu não me importei com ninguém / Ninguém se importa comigo."

Eduardo Cunha avança numa marcha avassaladora. Viola regras democráticas e repete votações a seu gosto. A complacência de hoje poderá ter um preço alto no futuro. Precisa ser barrado, antes que seja tarde para o Brasil.









sábado, 23 de maio de 2015

Escândalos no Governo FHC



Nos oito anos de reinado de FHC o que não faltaram foram escândalos, sempre acobertados e mantidos impunes. Para refrescar a memória, basta lembrar alguns dos casos mais graves:

Sivam: Logo no início da gestão de FHC, denúncias de corrupção e tráfico de influências no contrato de US$ 1,4 bilhão para a criação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) derrubaram um ministro e dois assessores presidenciais. Mas a CPI instalada no Congresso, após intensa pressão,foi esvaziada pelos aliados do governo e resultou apenas num relatório com informações requentadas ao Ministério Público.

Pasta Rosa: Pouco depois, em agosto de 1995, eclodiu a crise dos bancos Econômico (BA), Mercantil (PE) e Comercial (SP). Através do Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro (Proer), FHC beneficiou com R$ 9,6 bilhões o Banco Econômico numa jogada política para favorecer o seu aliado ACM. A CPI instalada não durou cinco meses, justificou o “socorro” aos bancos quebrados e nem sequer averiguou o conteúdo de uma pasta rosa, que trazia o nome de 25 deputados subornados pelo Econômico.

Precatórios: Em novembro de 1996 veio à tona a falcatrua no pagamento de títulos no Departamento de Estradas de Rodagem (Dner). Os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor destes precatórios para a quadrilha que comandava o esquema, resultando num prejuízo à União de quase R$ 3 bilhões. A sujeira resultou na extinção do órgão, mas os aliados de FHC impediram a criação da CPI para investigar o caso.

Compra de votos: Em 1997, gravações telefônicas colocaram sob forte suspeita a aprovação da emenda constitucional que permitiria a reeleição de FHC. Os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do PFL do Acre, teriam recebido R$ 200 mil para votar a favor do projeto do governo. Eles renunciaram ao mandato e foram expulsos do partido, mas o pedido de uma CPI foi bombardeado pelos governistas.

Desvalorização do real: Num nítido estelionato eleitoral, o governo promoveu a desvalorização do real no início de 1999. Para piorar,socorreu com R$ 1,6 bilhão os bancos Marka e FonteCidam – ambos com vínculos com tucanos de alta plumagem. A proposta de criação de uma CPI tramitou durante dois anos na Câmara Federal e foi arquivada por pressão da bancada governista.

Privataria: Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas entre Luis Carlos Mendonça de Barros(*), ministro das Comunicações, e André Lara Resende, dirigente do banco. Eles articulavam o apoio a Previ, caixa de previdência do Banco do Brasil, para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o tucano Pérsio Árida. A negociata teve valor estimado de R$ 24 bilhões. Apesar do escândalo, FHC conseguiu evitar a instalação da CPI.

CPI da Corrupção: Em 2001, chafurdando na lama, o governo ainda bloqueou a abertura de uma CPI para apurar todas as denúncias contra a sua triste gestão. Foram arrolados 28 casos de corrupção na esfera federal, que depois se concentraram nas falcatruas da Sudam, da privatização do sistema Telebrás e no envolvimento do ex-ministro Eduardo Jorge. A imundice no ninho tucano novamente ficou impune.

Eduardo Jorge: Secretário-geral do presidente, Eduardo Jorge foi alvo de várias denúncias no reinado tucano: esquema de liberação de verbas no valor de R$ 169 milhões para o TRT-SP; montagem do caixa-dois para a reeleição de FHC; lobby para favorecer empresas de informática com contratos no valor de R$ 21,1 milhões só para a Montreal; e uso de recursos dos fundos de pensão no processo das privatizações. Nada foi apurado e hoje o sinistro aparece na mídia para criticar a “falta de ética” do governo Lula.

ENGAVETADOR-GERAL
Apesar dos escândalos que marcaram a sua gestão, FHC impediu qualquer apuração e sabotou todas as CPIs. Ele contou ainda com a ajuda do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, que por isso foi batizado de “engavetador-geral”. Dos 626 inquéritos instalados até maio de 2001, 242 foram engavetados e outros 217 foram arquivados. Estes envolviam 194 deputados, 33 senadores, 11 ministros e ex-ministros e em quatro o próprio FHC. Nada foi apurado, a mídia evitou o alarde e os tucanos ficaram intactos. Lula inclusive revelou há pouco que evitou reabrir tais investigações – deve estar arrependido dessa bondade! Diferente do reinado tucano, o que é uma importante marca distintiva do atual governo, hoje existe maior seriedade na apuração das denúncias de corrupção. Tanto que o Ministério da Justiça e sua Polícia Federal surgem nas pesquisas de opinião com alta credibilidade. Nesse curto período foram presas 1.234 pessoas, sendo 819 políticos, empresários, juízes, policiais e servidores acusados de vários esquemas de fraude – desde o superfaturamento na compra de derivados de sangue até a adulteração de leite em pó para escolas e creches. Ações de desvio do dinheiro público foram atacadas em 45 operações especiais da PF.

Já a Controladoria Geral da União, encabeçada pelo ministro Waldir Pires, fiscalizou até agora 681 áreas municipais e promoveu 6 mil auditorias em órgãos federais, que resultaram em 2.461 pedidos de apuração ao Tribunal de Contas da União. Apesar das bravatas de FHC, a Controladoria só passou a funcionar de fato no atual governo, que inclusive já efetivou 450 concursados para o trabalho de investigação.”A ação do governo do presidente Lula na luta decidida contra a corrupção marca uma nova fase na história da administração pública no país, porque ela é uma luta aberta contra a impunidade”, garante Waldir Pires.

Diante de fatos irretocáveis, fica patente que a atual investida do PSDB-PFL não tem nada de ética. FHC, que orquestrou a recente eleição de Severino Cavalcanti para presidente da Câmara, tem interesses menos nobres nesse embate. Através da CPI dos Correios, o tucanato visa imobilizar o governo Lula e desgastar sua imagem, preparando o clima para a sucessão presidencial. De quebra, pode ainda ter como subproduto a privatização dos Correios, acelerando a tramitação do projeto de lei 1.491/99, interrompida pelo atual governo, que acaba com o monopólio estatal dos serviços postais. O jogo é sujo, pesado e hipócrita!

Altamiro Borges é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e autor do livro “Encruzilhadas do sindicalismo” (Editora Anita Garibaldi, 2005).

— Uma das revistas mais chiques (papel especial) e raivosas contra o governo Lula é a Primeiras Leituras da turma do PSDB. Compre uma e veja seu conteúdo e quem está à frente da mesma. E pensar um dia eu achei que o PSDB era honesto e podia se aliar com o PT.







sábado, 9 de maio de 2015

Dieta da atriz Juliana Paes tem baixo consumo de glúten e exclui lactose

Juliana é acompanhada pela médica ortomolecular Dra. Heloísa Rocha, que também atende outras famosas como Marina Ruy Barbosa e Deborah Secco. A atriz recebe sachês de chá verde e faz a suplementação vitamínica, que Juliana toma duas vezes por dia. "Mas cada pessoa tem uma fórmula, tem que fazer exame de sangue... É algo sério", esclareceu. "Fiz food detective, um exame para detectar quais os tipos de alimento são mais compatíveis com você. Descobri que cerveja, para mim, é mortal, não posso com levedura, queijo, tudo isso é uma bomba no meu estômago. Já o glúten, tenho um nível pequeno de intolerância, porque existem os níveis leve, moderado e alto", detalhou.
Para ajudar no processo de emagrecimento, Juliana cortou alguns itens da alimentação, que ela garante seguir com rigor. "Tirei a lactose do meu cardápio e diminuí drasticamente a ingestão de glúten. Tem um cardápio que eu tento seguir, mas basicamente tomo suco verde no café da manhã. E é aquele suco que tem tudo, sabe? Couve, gengibre... não abro mão de botar goji berry e cacau gourmet. O goji berry é altamente antioxidante. Tomo esse suco todo santo dia", contou.
"Meu almoço é feito em casa. Tenho uma cozinheira maravilhosa que ajuda a deixar minha alimentação bem regradinha. Quando não posso almoçar em casa, levo minha quentinha, com quinoa, arroz integral... Não é nenhum esforço comer comida integral, eu adoro. Também como arroz, feijão e muito peixe e salada. No lanche, bebo bastante suco. As pessoas acham que suco não mata a fome, mas mata, sim", detalhou. "E é bom frisar que não entrei em nenhuma dieta maluca. Não abro mão de jantar com meu marido. Claro que meu prato não é igual ao pratão dele", completou Juliana.
Juliana pratica hot ioga e TRX para secar e tonificar os músculos´~
Suco verde completo: 2 folhas de couve, 2 talos de aipo, 1 fatia de gengibre, 1 maçã e 1/2 pepino batido com 150 ml de água de coco. Juliana Paes não abre mão de acrescentar 1 colher (sopa) de goji berry e 1 colher (sopa) de cacau gourmet.
Café da manhã:
1) 1 fatia de pão sem glúten + azeite + 2 fatias de queijo de minas de baixa lactose ou 1 colher (sopa) de ricota + 1 pera + 1 copo de chá-verde, branco ou vermelho
2) 1/2 papaia com 1 colher (sobremesa) de farinha de linhaça + omelete de 1 clara de ovo + 1 copo de chá-verde, branco ou vermelho
3) 1 xícara (chá) de cereal de milho sem açúcar com 5 morangos e leite de baixa lactose
4) 1 copo de leite desnatado batido com 1 colher (sopa) de albumina em pó sem sabor e 8 morangos congelados
5) 1 fatia de pão sem glúten com pasta de soja + 1 omelete de 1 clara de ovo + 1 fatia média de melão + 1 copo de chá-verde, branco ou vermelho
Intervalo da manhã:
1) 1 fatia média de melancia
2) Punhado de castanhas-do-pará (aproximadamente 5 unidades)
3) 1 pera ou 8 morangos
4) 2 barrinhas finas de semente de linhaça ou gergelim
Almoço:
1) 3 colheres (sopa) de arroz integral com 1 concha de caldo de feijão + 1 concha de carne moída com pedacinhos de chuchu e tomate + 1 prato de folhas com palmito, pepino e brocólis cozidos a gosto e 1 colher (sopa) de azeite
2) 2 batatas médias assadas + 1 posta média de peixe grelhada + 1 prato de folhas com tomates e brócolis cozidos a gosto e 1 colher (sopa) de azeite (uma vez por semana)
3) 3 colheres de sopa de tabule sem glúten (substitui trigo por quinoa) + 1 filé médio de peito de frango grelhado + abobrinha cozida a gosto
4) 3 colheres (sopa) de arroz com cenoura ralada + 1 filé médio de peito de frango grelhado + brócolis cozido a gosto
5) 3 colheres (sopa) de arroz integral com 1 concha de caldo de feijão coado + 1 filé médio de peito de frango grelhado + couve mineira cozida a gosto
Intervalo da tarde (com 1 copo de chá-verde, branco ou vermelho):
1) 1/2 sanduíche de pão sem glúten com mostarda
2) 3 fatias de blanquet de peru ou frango com 1 colher (sobremesa) de azeite
3) 2 fatias de presunto magro + 1 pera ou 1 fatia média de melão ou 8 morangos
Jantar:
1) 3 colheres (sopa) de arroz com brócolis + 1 filé de frango médio grelhado + 1 prato de folhas com palmito, pepino e brocólis cozidos a gosto e 1 colher (sopa) de azeite
2) 1 berinjela média recheada com frango desfiado + 3 colheres (sopa) de arroz integral com champingnons a gosto + couve mineira cozida a gosto
3) 1 fatia média de lasanha de abobrinha e berinjela + 1 prato de folhas com palmito, pepino, 1 colher de milho e 1 colher (sopa) de azeite
4) 2 colheres (sopa) de arroz integral com couve-flor cozida e picada a gosto com 1 concha de estrogonofe sem glúten (sem farinha de trigo e substituindo creme de leite comum por creme de leite de soja) + abobrinha cozida com tomates picados a gosto (uma vez por semana)
5) 1/2 espiga de milho grande cozida + 1 posta média de peixe grelhada + 1 prato de folhas com tomates, rabanetes e brócolis cozido com 1 colher (sopa) de azeite a gosto
Ceia:
1) 8 morangos
2) Punhado de castanhas-do-pará (aproximadamente 8 unidades)
3) 1 fatia média de melão
4) 1 pera







quarta-feira, 22 de abril de 2015

Estudo inédito relaciona Bolsa Família com a redução da incidência de hanseníase no Brasil

 Quanto maior a cobertura do programa federal de transferência de renda, menor é a incidência da doença

Brasília, 20 – Um grupo de cientistas brasileiros encontrou evidências de que a redução da ocorrência da hanseníase está relacionada à melhoria das condições de vida da população proporcionada por programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e de atenção primária à saúde. O estudo foi publicado em novembro de 2014 na revista PLoS Neglected Tropical Disease, a primeira de acesso aberto no mundo dedicada às doenças tropicais negligenciadas.

Os pesquisadores concluíram que quanto maior a cobertura do programa federal Bolsa Família nos municípios, menor é a incidência da hanseníase. A pesquisa foi realizada em 1.358 municípios, aqueles com as maiores incidências da doença e que reúnem mais de 50% de todos os novos casos diagnosticados anualmente no país. Nesses municípios, o número de casos novos de hanseníase passou de 30 mil novos casos, em 2004, para 19 mil casos, em 2011.

É fato que o número de novos casos da hanseníase no Brasil vem diminuindo ao longo dos anos devido à melhoria das condições socioeconômicas da população, segundo atesta a pesquisa, ao longo de oito anos estudados (2004-2011).

O Brasil tem o mais alto índice de hanseníase no continente americano. O país contribuiu com 16% de todos os casos novos detectados mundialmente, sendo que a doença se concentra nas regiões mais pobres do país, especialmente no Nordeste, onde há a maior número de beneficiários do Bolsa Família, além das regiões Norte e Centro-Oeste.

Em 2012, foram diagnosticados 33.303 casos novos de hanseníase no país, número que corresponde à detecção de 17,2 casos por 100 mil habitantes.

Segundo o estudo, a Estratégia de Saúde da Família contribuiu para aumentar a identificação de novos casos de hanseníase. Já o Bolsa Família, direcionado às pessoas mais pobres do país, foi associado pelos pesquisadores à redução de novos casos, uma vez que a transferência de renda pode aumentar o consumo de alimentos e reduzir a insegurança alimentar e a fome, fatores que contribuem para a ocorrência da doença.

O Bolsa Família, o maior programa de transferência de renda do mundo, vem contribuindo para reduzir as desigualdades no país ao tirar da extrema pobreza 36 milhões de pessoas. Já o Saúde da Família, com suas equipes de médicos, enfermeiros, agentes de saúde e dentistas, atende a população, especialmente nas áreas mais carentes, e isso foi fundamental para o aumento na detecção da hanseníase, favorecendo o início do tratamento e prevenção de novas contaminações.

De acordo com a pesquisadora Joilda Nery, doutoranda em Saúde Coletiva na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e uma das autoras do estudo, “são claras as evidências de que os dois programas contribuem para reduzir a incidência da hanseníase no país e quanto mais consolidados nos municípios melhores são os resultados, mas não é possível dizer que somente os dois programas sejam os responsáveis pela diminuição da doença no Brasil”. 
Por ser uma doença associada à pobreza, os fatores de risco para sua expansão são: ambientes com muitas pessoas, baixa escolaridade, falta de higiene, desigualdade social, escassez de alimentos e desnutrição.

Os pesquisadores concluíram que os programas voltados para a melhoria das condições socioeconômicas e de saúde da população, em longo prazo, podem ter impactos no controle da transmissão e ocorrência da hanseníase e outras doenças ligadas à pobreza. A literatura científica para respaldar o vínculo entre programas de melhoria social e a redução da doença é escassa. Sabe-se, no entanto, que, em países como Noruega, Espanha e Japão, o recuo da doença está associado ao aumento das condições socioeconômicas da população.

A pesquisa levou em conta alguns indicadores associados com a incidência de novos casos da doença, como urbanização, pobreza, analfabetismo, desemprego, número de pessoas na família e de jovens com menos de 15 anos de idade, além do índice de Gini – medida internacional de desigualdade socioeconômica. Quanto menor o índice de Gini, mais próximo o país está da distribuição mais igualitária de sua riqueza.

Ao final de oito anos de estudo, todos os índices apresentam melhorias nos municípios estudados: urbanização (61,3%, em 2011); percentual da população pobre (de 43,8 para 29,8%), analfabetismo (de 23,1 para 19,6%); desemprego (9,0 para 6,9%), número de pessoas na família (3,9 para 3,5), proporção de jovens com menos de 15 anos (34,7 para 28,3%) e índice de Gini (de 0,56 para 0,53).

O estudo “Efeitos dos programas brasileiros de transferência de renda condicional e atenção primária à saúde no coeficiente de detecção de casos novos de hanseníase” é assinado pelos pesquisadores Joilda Silva Nery, Susan Martins Pereira, Davide Rasella, Maria Lúcia Fernandes Penna, Rosana Aquino, Laura Cunha Rodrigues, Maurício Lima Barreto e Gerson Oliveira Penna.