"O Congresso é quase uma Disney World. Acho fascinante trabalhar lá” — Aloysio Nunes Ferreira, senador (PSDB-SP), em entrevista para o primeiro número da revista Congresso em Foco! |
Quando passou pela Casa na condição de representante do Rio de Janeiro, Darcy Ribeiro definiu o Senado como o "céu". Com uma vantagem: "Não é preciso morrer para estar nele." A tirada de Darcy entrou para o folclore e passou a constar da lista de frases do antropólogo. Só não se podia imaginar que, tempos depois, parlamentares e funcionários da instituição dariam uma interpretação muito própria ao que seria "céu", e passaram a patrocinar uma série de desmandos, talvez os mais graves da história centenária do Senado.
Percebe-se que, para alguns, o paraíso do Senado é aquele lugar onde existem impunidade, farto dinheiro público para gastos privados e empregos abundantes para parentes e amigos. Talvez por isso uma casa legislativa com 81 parlamentares tenha 10 mil funcionários.
Parte dessa crônica de irregularidades veio à tona, incluindo a inacreditável edição de atos secretos a favor da corporação de funcionários da Casa, amigos e parentes de senadores. E ontem o senador José
Sarney, presidente da Casa, um dos personagens centrais do drama, subiu à tribuna para se defender e tentar jogar a culpa para longe: "A crise é do Senado”.
Frase infeliz é esta do tucano paulista que chegou outro dia ao senado e já está deslumbrado. Gozem, podem gozar do povo brasileiro!
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