Pilhado utilizando helecóptero da PM do Maranhão para viagens de passeio à ilha de Curupu, de sua propriedade, Sarney reagiu como autêntico incomum.
Absteve-se de dizer se sabia que, numa de suas viagens, o desembarque da bagagem retardou o socorro de um pedreiro com traumatismo craniano e fratura na clavícula.
“Não prejudicou ninguém”, limitou-se a dizer. Em seguida, acrescentou: "Eu estou como chefe do Poder Legislativo…”
Sim, e daí? “Eu tenho direito a transporte e segurança em todo o país; de representação, não somente a serviço."
Heimm!?!?! "O presidente [da República] não é chefe de um poder? Aonde ele vai, ele não tem direito a transporte, segurança pública? Eu também sou chefe."
Político há cinco décadas, Sarney amealhou fortuna. Dinheiro para o aluguel de helicópteros não lhe falta. Sobrevoa o bolso do contribuinte por convicção.
Acha que os brasileiros comuns têm a obrigação de proporcionar-lhe todos os prazeres que o dinheiro público puder proporcionar.
Sarney, por incomum, é 100% bancado pelo deficit público.
- Foto de Fábio Pozzebom, da Agência Brasil e Coluna do Josias.
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