Morador se nega a cumprimentar o candidato Aecio Neves em visita ao Aglomerado da Serra em Belo Horizonte MG, |
O músico Fábio Martins, 39, morador de um conjunto de favelas da zona sul de Belo Horizonte, deixou o presidenciável Aécio Neves (PSDB) de mão abanando em ato de campanha do senador mineiro na comunidade.
O episódio aconteceu quando o tucano caminhava por uma viela do aglomerado da Serra, um dos quatro pontos da capital mineira onde ele fez campanha nesta sexta-feira (3).
O músico estava na varanda de sua casa. Quando Aécio se aproximou e estendeu a mão para cumprimentá-lo, Martins num primeiro instante esticou o braço, mas logo o recolheu, deixando o presidenciável no vácuo.
A cena durou poucos segundos. Diante da recusa, Aécio prosseguiu a caminhada, e Martins entrou em casa. O tucano estava acompanhado dos candidatos do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, e ao Senado, Antonio Anastasia, além de dezenas de militantes, a maioria contratada.
A cena durou poucos segundos. Diante da recusa, Aécio prosseguiu a caminhada, e Martins entrou em casa. O tucano estava acompanhado dos candidatos do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, e ao Senado, Antonio Anastasia, além de dezenas de militantes, a maioria contratada.
Procurado mais tarde pela Folha, o músico disse não ter preferência por nenhum candidato, mas que votará em Luciana Genro (PSOL) por "falta de opção". Segundo ele, o episódio com Aécio foi uma coisa "despretensiosa".
"Eu não tinha intenção", afirmou.
Segundo ele, as pessoas da campanha estavam espalhando santinhos pela rua, o que o desagradou. Depois, uma moça da campanha tentou lhe dar um santinho, e ele recusou.
Quando Aécio passava, essa mesma moça voltou e lhe disse para pegar na mão do Aécio. "Aí, na hora que eu olhei, ele [Aécio] já estava com a mão estendida. Eu estendi a mão para ele e falei: 'Só que não'."
Segundo o músico, alguns moradores da comunidade o chamaram de mal educado.
"Tudo bem, é um direito deles. O mesmo direito que ele [Aécio] tem de vir aqui pegar na mão dessa população humilde e forjar, eu também tenho o direito de não pegar na mão dele", disse Martins.
"A política eu faço ela com você, posso interferir em alguma coisa, posso interceder aqui no aglomerado para algum candidato. Eu não voto na Dilma, eu não voto na Marina, eu não voto em ninguém", disse.
"Mas eu sempre escolho um candidato. Eu vou votar na Luciana Genro, é a minha candidata para essa eleição. Não que ela seja... É por falta de opção. Eu não voto nulo, porque votando nulo eu acho que não estamos fazendo política", completou.
Martins disse que ato político como o ocorrido nesta sexta (3) em seu bairro "não é política, é politicagem".
Na ultima segunda-feira (29), Dilma esteve na mesma favela, onde fez campanha.
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