Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
A imprensa, cúmplice de Demóstenes, o inflou e o abandonou. |
A cassação do jaz senador Demóstenes Torres é emblemática, porque se trata de um político que foi festejado pela direita partidária, bem como pela mídia empresarial, além da imprensa compromissada com os interesses das classes dominantes e dos países de vocação imperialista, aqueles considerados ricos e também “civilizados” por um sistema midiático hegemônico e, irremediavelmente, golpista e, portanto, corrupto.
Demóstenes Torres é o exemplo do fracasso político da direita e de todos seus tentáculos. A cassação do “catão” de Goiás, que adotado pela Veja, O Globo, Estadão, Folha de S. Paulo, Zero Hora, Época, Correio Braziliense e tevês Globo e Bandeirantes, entre outros veículos comerciais e privados foi uma derrota ímpar de um segmento conservador e refratário às mudanças e reformas necessárias para que o Brasil se desenvolva e seu povo tenha acesso a uma vida de melhor qualidade.
Inflado pela vaidade e com uma língua cortante e de discursos inflamados na tribuna do Senado e principalmente quando dava entrevistas para a imprensa pertencente à direita empresarial, Demóstenes Torres durantes anos atacou, sistematicamente, os governos trabalhistas de Lula e de Dilma e pedia, como se fosse o político defensor da ética, da moral e dos bons costumes, a queda de ministros, de executivos de estatais, de empresários e até de juízes que resistiam a atender seus interesses também vinculados aos propósitos do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que não media limites para influenciar nas esferas de poder republicanas.
Comprovou-se, então, por intermédios de centenas de gravações da Polícia Federal que o “leão” de conduta e princípios austeros e sempre procurado e ouvido pela imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?) não passava de um “rato” político, boy de luxo de um criminoso, que dava recados na tribuna do Senado para fazer acusações, chantagear e ameaçar autoridades, que, pressionadas pela velha imprensa, sua cúmplice em ações ilegais e irregulares, não conseguiam se defender adequadamente das acusações e por isso foram demitidos ou pediram demissão de seus cargos. Atualmente, muitas autoridades que praticamente foram imoladas processam veículos da imprensa de negócios privados. Contudo, o caldo já foi derramado.
Eles desejam, não disputam eleições e tentam pautar o País. |
O jaz senador de Goiás se tornou um cadáver político e a imprensa burguesa rapidamente se afastou para salvar o seu próprio “rabo”. Quem tem rabo preso teme, mesmo sabendo que tem poder, mas pouca credibilidade jornalística por se tornar oposição aos governos trabalhistas, pois percebeu que seus cúmplices, aliados e candidatos a cargos principalmente majoritários perderam a força e por isso estão entregues ao deus dará, por não oferecerem ao povo brasileiro projetos e programas de governo viáveis, porque simplesmente o PSDB e seus apêndices (DEM, PV, PPS e às vezes até o PSOL) não têm propostas exequíveis.
A verdade é que esses partidos são compromissados historicamente com as elites econômicas deste País e com os interesses do capitalismo internacional. Não foi à toa que essa turba vendeu o País, além ter ido ao FMI três vezes, de joelhos e com o pires na mão. Os tucanos e seus cúmplices, notadamente os paulistas da “elite” branca separatista herdeira de 1932, detestam o Brasil e desprezam o seu povo ao tempo que são mentalmente colonizados e com um enorme complexo de vira-lata. Os tucanos e sua porta-voz, a imprensa burguesa, são a parte intrínseca, inerente de uns dos piores segmentos sociais do planeta: os ricos do Brasil e os governantes e funcionários públicos de alto escalão, a exemplo do juiz do STF, Gilmar Mendes, que tentam manter os interesses da classe dominante intactos.
Mas não vai ser possível para eles manter indefinidamente as coisas como eles queriam que estivessem, porque, fundamentalmente, governantes trabalhistas distribuem renda e riqueza. É histórico em toda a América Latina e no mundo. Contudo, é necessário e imperativo que o Governo Dilma Rousseff efetive o marco regulatório das mídias, porque deixar um setor econômico privado sem regulamentação é a mesma coisa que o dono de uma granja colocar lobos ou chacais ou coiotes para vigiar suas galinhas. Falcões e gaviões também não são recomendáveis.
Ministro das Comunicações Paulo Bernardo, cadê o projeto de regulamentação das mídias do jornalista Franklin Martins? O senhor não sabe? Então, pergunte à ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ou à presidenta Dilma Rousseff. Em alguma gaveta jaz o projeto. Lembre-se dos golpes no Paraguai e em Honduras! Lugo e Zelaya! Os dois caíram e foram eleitos democraticamente! A imprensa de ambos países e seus barões são golpistas iguais os daqui. Não respeitam as leis e desprezam a Constituição! Eles contratam seus sabujos de penas mentirosas e manipuladoras a peso de ouro! Quem avisa amigo é. Não esqueça que a imprensa privada brasileira capitaneada por seus barões até hoje tem um vínculo histórico e indelevelmente nostálgico com a escravidão.
Cúmplices para derrubar autoridades do governo. Golpistas. |
O jaz senador Demóstenes Torres, o catão, e o bicheiro Carlinhos Cachoeira são quase a mesma pessoa no que tange a derrubar autoridades ou tentar derrubá-las, como fizeram com o governador do DF, Agnelo Queiroz, que prestou depoimento de forma segura e franca e não satisfeito abriu suas contas bancárias, telefônicas e fiscais. Foi um cala-boca que fez a imprensa golpista esquecê-lo. Porém, os barões da imprensa também se calaram quanto ao governador de Goiás, Marconi Perillo, que, ao que parece, está envolvido até a medula com tal “empresário”, como gosta de falar e publicar a Folha de S. Paulo quando se reporta ao banqueiro... banqueiro do jogo do bicho, é claro.
A imprensa ataca o Governo e Lula e tenta pautar os juízes do STF. Os burgueses, os direitistas da imprensa precisam do “Mensalão”, que até hoje não foi juridicamente comprovado e negado pelo seu pivô, o senhor Roberto Jefferson. A verdade é que Jefferson tentou, junto a seus cúmplices do segmento empresarial e de setores do DEM e do PSDB dar um golpe “branco” de estado contra Lula, em 2005.
Os empresários e os jornalistas de confiança do sistema midiático fazem enorme pressão e manipulam as noticias com o propósito de o Mensalão ser julgado em agosto, porque precisam que esse evento aconteça antes das eleições de outubro. Eles querem condenar o José Dirceu e com isso condenar o Lula moralmente e manchar o governo de Dilma Rousseff. Essa é a estratégia, porque sabem que os candidatos que eles apoiam perdem as eleições ou tem muita chance de perdê-las.
Uma derrota do PSDB em São Paulo seria considerada um retumbante fracasso, e deixaria a direita política brasileira ainda mais fraca para lutar nas eleições presidenciais. Além disso, os negócios das Organizações(?) Globo e de grupos econômicos como a Folha, o Estadão e a Abril(Veja) seriam, certamente, investigados e contratos poderiam ser anulados. É público e notório que essas corporações privadas e de ideologia colonialista formalizaram há muito tempo contratos milionários com o poder público, especialmente com a prefeitura e o governo estadual de São Paulo. A imprensa burguesa e privatista detesta o estado, o que é público e do público, mas adora mamar em suas tetas. E há mais de cem anos os barões da imprensa fazem isso. Eles deveriam se desestatizar se tivessem um pingo de vergonha, por causa de suas contradições oportunistas.
Tucanos superaram o DEM como pior partido do mundo. |
Até as eleições, o sistema de mídias nas mãos de homens e mulheres de direita e confessadamente elitistas e colonizados inventarão fatos e criarão notícias dúbias com a finalidade de confundir o público. Mentirão também em razão de seus interesses serem concretizados. A CPMI da Veja-Época-Cachoeira-Demóstenes comprovará a aliança e a cumplicidade entre o crime organizado e a imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?) brasileira. Demóstenes que jaz, Cachoeira preso. Eumano Silva, diretor da revista Época(Globo) demitido, e Policarpo Jr., diretor da Veja, escondido pelo seu patrão, são a prova incontestável que a imprensa se torna bandida por si mesma. Cumplicidade e má fé. Jaz! É isso aí.
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