Refrigerante tem alta concentração do elemento conhecido como 4-MI, de uso controlado nos EUA
O governo da Califórnia ameaçou rotular o refrigerante local com selos
de alerta contra o câncer / Imagem: Montagem-Reprodução
A Coca-Cola vendida no Brasil é a mais contaminada no mundo com o elemento carcinogênico 4- metilimidazol (4-MI), divulgou nesta terça-feira (26), o Centro para a Ciência de Interesse Público, sediado nos Estados Unidos.
A substância cancerígena tem relação com o corante caramelo produzido industrialmente utilizado em “colas”.
Segundo a publicação, a Coca-Cola passou a utilizar corante menos contaminante no início de 2012, na Califórnia, após o governo local exigir um rótulo de alerta contra o câncer em bebidas leves com níveis excessivos de 4-MI.
A amostra de Coca-Cola do Brasil apontou 267 microgramas do elemento a cada 355 ml (uma lata) de refrigerante. A lei que obrigou a Coca a diminuir a quantidade do cancerígeno na Califórnia visa assegurar que um ser humano não ingira 30 mcg de 4-MI por dia. Isso porque estima-se que essa quantidade seja suficiente para causar câncer em uma a cada 100 mil pessoas. A Coca brasileira tem 8,9 vezes esta proporção.
No Quênia, a quantidade é de 177 microgramas. Menores são as proporções encontradas no Canadá, Reino Unido, Emirados Árabes e México: de 144 a 160 microgramas (mcg) por 355 ml. Na China, a presença de 4-MI despenca para 56 mcg, enquanto no Japão não passa de 72 mcg. Mas o menor índice é encontrado no Estado da Califórnia: apenas 4 microgramas por 355 ml.
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