terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Há algo de chocarreiro no reino bretão.

E como custa caro esta
histrionice!
A monarquia foi um sistema de governo que perdurou por séculos e deu sua contribuição à organização estatal. Mas com a complexidade social tornou-se obsoleta e irracional. Hoje na república, o presidencialismo já agoniza, o estado já não suporta calcar-se em cima de uma simples figura humana, o mundo caminha para plenitude do parlamentarismo, sistema impessoal de governo. E este tônica abarca outros setores sociais como as grandes corporações empresariais que já não tem mais um dono. Hoje teima praticamente só a Igreja Católica, e raras exceções inexpressivas, sobrevivem como os últimos estertores monárquicos, com a plenitude dos poderes e não arremedos das monarquias de outrora. Mas cheira démodé, arcaísmo literal.
A exposição denota o ápice da imbecilidade que é a monarquia inglesa. Proclama-se que a rainha é chefe de estado, apenas nominalmente, suas atribuições são literalmente simbólicas. E fica toda uma nação a sustentar um bando de sangues azuis. Nada tão enfático e caricato do que é esta monarquia como a notícia de que a calcinha da Rainha Elizabeth II vai a leilão, bom material para ser largamente explorado nas tiradas cômicas e nas crônicas burlescas.
Só o célebre romance de Shakespeare, Hamlet, para perceber e afirmar que havia “algo de podre no reino da Dinamarca”, nos tempos atuais diria que há algo de chocarreiro no reino bretão.

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